sábado, 26 de maio de 2012

The Rolling Stones: 50 Anos Na Estrada

Quando lhe perguntam sua idade e a resposta é 49 anos, algumas pessoas pensam "Puxa vida, só mais um tiozão". Agora, experimente aguardar um ano e responder "Tenho meio século de vida". Instintivamente, as pessoas lhe terão como exemplo de sabedoria (mesmo que seja aquela de boteco).

Rolling Stones nos primeiros anos.

Ainda mais quando se chega à plenitude de cinco décadas bem vividas com saúde e uma vida ativa. Ser cinqüentão não é para qualquer um. Mas é para eles. Há 50 anos atrás, aos vinte e cinco dias do mês de maio, na Londres de 1962, estava criada aquela que seria uma das mais célebres e longevas bandas dos primórdios do Rock mundial: Os Rolling Stones, com Mick Jagger, Keith Richards, Ian Stewart, Brian Jones e Bill Wyman.



Mixed Emotions - Steel Wheel (1989)

A competição com os garotos de Liverpool foi dura - talvez a única competição real em termos de vendagem com os Beatles foi dos Beach Boys, e por um efêmero espaço de tempo -, mas os Stones estavam preparados, pelo próprio mérito musical, à ombreá-los na história do Rock and Roll. Enquanto os Beatles surfaram nas ondas do Rock and Roll e do Rockabilly dos anos 50, os Stones pegaram aquele som e o recrudesceram: as vertentes do Blues e do R&B era mais claras e profundas, fazendo um som mais áspero. 


Play With Fire - Out Of Our Hads (1965)

Daqueles gloriosos anos 60, quando o Rock chegava à sua Era de Ouro, poucas bandas sobraram (The Who, The Doors, The Beatles e Led Zeppelin já acabaram...), e Stones é uma delas. O que mais impressiona é o gigantismo do trabalho deles. São 24 álbuns de estúdio, totalizando mais de 100 Singles lançados, e mais de 200 milhões de álbuns vendidos. E eles não pararam de produzir música de qualidade. Dos anos 80 paracá, pelo menos um bom apanhado de hits. "Start Me Up", de 1981, "Undercover of The Night", de 1983, "Mixed Emotions", de 1989, "Love Is Strong", de 1994, "Anybody Seen My Baby", de 1997, e "Streets of Love", de 2005, além de "Don't Stop", do álbum comemorativo "Forty Licks", dos 40 anos da banda.



Love Is Strong - Voodoo Lounge (1994)

Aliás, um espetacular disco duplo, com nada menos do que 36 grandes clássicos da banda, além de quatro faixas inéditas, "Keys do Your Love", "Stealing My Heart" e "Losing My Touch", além da mais famosa, "Don't Stop".



Don't Stop - Forty Licks (2002)

Bom, com estes cinqüenta anos nas costas, não me atreverei à contar a história deles. Este post é uma reverência. Confira algumas curiosidades sobre a banda:

- O nome da banda surgiu de uma música de Muddy Waters, um dos precursores do Rock, chamada "Rollin' Stone". Veja aqui;

- Jagger conta no livro "Sexo, Drogas e Rolling Stones" que sua experiência na Bahia, onde viu o batuque e tradicional lavagem das escadarias da Igreja do Bonfim, serviram de base percussiva e rítmica para a famosíssima "Simpathy for the Devil", tocada também por Guns n' Roses para o filme "Entrevista com o Vampiro";

- Em 1969, os Stones tocaram em Altamont, local onde muita confusão ocorreu, incluido a morte de um espectador pelos Hell's Angels, e o pagamento pelo show era inusitado: cerveja. Toda a cerveja que pudessem beber;

- Em 1963, assinaram seu primeiro contrato com a Decca Records, que tinha se transformado na piada do ano por recusarem um contrato com os Beatles;

- Bill Wyman era já experiente tocando na vida noturna de Londres, mas foi aceito na banda por um motivo inusitado: ele tinha mais de um amplificador;

- Muitos acreditam que a canção "Let it Bleed", de 1969, seja uma referência ou até satirização de "Let it Be", dos Beatles, mas embora a música dos Beatles tenha sido gravada antes, só foi lançada alguns poucos meses depois de "Let it Bleed".

- Jagger e Richards são os dois grandes parceiros de criação das músicas nos Stones, mas nem tudo começou assim. O primeiro single da banda foi um cover de "Come On", de Chuck Berry, e o segundo, uma gravação original de uma música escrita por Lennon e McCartney, "I Wanna Be Your Man".

- Os Stones foram homenageados em pelo menos duas canções famosíssimas. "Like a Rolling Stone", de 1966, de Bob Dylan (regravada pelo grupo em 1995, inclusa no álbum Stripped, e que os recolocou no topo das paradas), e também "C'era un ragazzo che come me", do italiano Gianni Morandi, de 1966, regravada em português pela banda da Jovem Guarda, Os Incríveis, e muitos anos depois pelos Engenheiros do Hawaii.

- O álbum de inéditas e a turnê dos 50 anos dos Stones ficaram sériamente ameaçadas pelo estremecimento da complicada relação entre Jagger e Richards. Isso porque no livro "Life", autobiográfico, Keith alega que era quase impossível conviver com Mick, que seu ega era muito grande. Apesar disso, a alegação formal é que Charlie Watts só entrou para a banda em 1963, e que esse seria o verdadeiro marco-zero dos Stones. Porém, os 40 anos foram comemorados em 2002, não em 2003.

- Segundo relatos, a reputação de "bad boys" dos Stones foi um acaso. Em 1966, eles foram indenizados em US$ 4 Mi, uma quantia significativa na época, de 40 hotéis que se recusaram à hospedá-los pelo cartaz de "garotos problema". Seu agente já utilizava na época como um slogan oficioso "Você deixaria sua filha sair com um Stone?"


- O símbolo da banda, a famosa "Língua e Boca", foi criado somente em 1971, por John Pasch.


"Tongue and Lips Design"

Como prova da longevidade e criatividade quase infindáveis da banda (certa vez, um médico especialista em dependência química disse que pela quantidade de cocaína cheirada por Richards, ele já deveria estar morto há 30 anos, e uma lenda urbana reza que nos anos 80 Richards trocou todo seu sangue para se livrar dos efeitos da droga), em 2011 o álbum de 1978, Some Girls, foi remasterizado e lançado novamente, com uma bonus track, "No Spare Parts", inédita, e que alçou à segunda posição do Billboard Hot Tracks.



No Spare Parts - Some Girls (Rerelease 2011)

Tentei não colocar só as músicas óbvias, como "(I Can't Get No) Satisfaction", "Brown Sugar", "Start Me Up", "Paint It Black", "It's Only Rock and Roll" e "Gimme Shelter". Faltou espaço para as excelentes, mas menos conhecidas "Streets of Love", "You Can't Always Get What You Want", "Keys To Your Love", "Beast of Burden" e "Any Body Seen My Baby". Mereceção post futuros. Espero que tenham gostado.

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terça-feira, 15 de maio de 2012

She Drive's Me Crazy: O Ocaso dos anos 80

Os anos 80 foram fortemente influenciados e marcados pelo rock pesado, o Heavy Metal de Iron Maiden, Judas Priest, Mettalica e Slayer e o Hard Rock de Bon Jovi, Van Halen e Whitesnake (representantes legítimos do Metal Faroca), pelo New Wave e Synthpop e a emergente música eletrônica representada pelo A-Ha, Alphaville, Depeche Mode, The Human League e New Order, e pelo Pop de Michael e Madonna. Dessa mistura satânica emergeria a pitoresca música da década de 80.

Na segunda metade da década, o Pop Rock fortemente influenciado pelo New Wave daria as caras naquele que seria o Ocaso dos anos 90, quando o Grunge de Nirvana e Pearl Jam e o Funk Rock de Red Hot Chili Peppers suplantariam o que restava da década que os precederam.

Talvez até esta música seja um fiel retrato de sua época. A introdução remente às músicas de Depeche Mode ou The Human League, e as guitarras oscilam entre New Sensation de INXS e pegadas mais pesadas de Bon Jovi.

Como seus pares, o clipe é recheado de coreografias e filmagens alternativas O fato é que trata-se do maior sucesso da banda, que também alcançaria o topo das paradas mundiais com "Good Things", mas sua música mais lembrada continua sendo "She Drive's Me Crazy". 


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sábado, 12 de maio de 2012

Gauchão e Futebol do Interior: Alternativas, Parte 3

Reservamos esta terceira parte para comentar algumas possibilidades de remodelagem do Campeonato Gaúcho.

Baseado nas premissas que analisamos nas partes 1 e 2, quais sejam, rentabilidade, atratividade e redução de datas, analisaremos, elencaremos algumas possibilidades, que não são obviamente idéias estanques e acabadas, mas que ossam, quem sabe, serem postas em discussão. A fórmula atual do Gauchão conta com 23 datas, o que torna a pré-temporada mais apertada.

Opção 1: Classificatória em até Dezembro com Fase Quente à partir de Fevereiro

As 14 equipes (todas da Série A, menos a Dupla Gre-Nal) disputariam uma Fase Classificatória, até meados de Dezembro. Destas, classificaram um número arbitrário de equipes. Poderiam ser seis, perfazendo oito equipes para uma "fase quente". Com estas oito equipes, é possível pensar numa classificatória todos contra todos, ida e volta, com final entre os 4 melhores. Isso seriam cerca de 16 ou 18 datas.

Opção 2: Fase de Classificação e Enchaveamento Olímpico

As 16 equipes jogariam entre si, em turno único, e as quatro melhores enfrentariam-se em enchaveamento olímpico, em jogos de ida e volta. Seriam 19 datas

Claro, existem outras tantas opções, nossa premissa é apenas enriquecer o debate. Uma idéia interessante seria fazer uma Final em jogo único. Além de eliminar uma data, poderia-se adotar uma "Jornada", com a disputa do terceiro lugar como "jogo preliminar", no mesmo estádio da grande final, valorizando a transmissão agregando valor aos jogos decisivos.

Como fizemos questão de salientar, tudo o aqui exposto, neste artigo em três partes, são idéias de caráter geral, cujo intento é enriquecer o debate. Se você concorda, conte-nos o porque. Se discorda, comente, mande-nos suas idéias que faremos questão de postá-las no blog.

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terça-feira, 8 de maio de 2012

Grêmio, Tetracampeão Gaúcho de 1958.

A data de 8 de maio reservou ao Grêmio uma conquista distinta. Nesta data, o Grêmio sagraria-se Tetra-Campeão Gaúcho, com 100% de aproveitamento, e de forma antecipada ao derrotar a equipe do Santa Cruz, fora de casa, pelo placar mínimo.

A curiosidade fica por conta do calendário. Sim, porque o 8 de maio em questão teve lugar em 1960. Sim, não enlouqueci. Não que não fosse comum, as finais do Gauchão de 1958 foram jogadas em março de 1959. Mas nesse caso, o torneio iniciou-se em abril e terminou em maio do ano seguinte.

Para chegar ao título com máximo aproveitamento, o Grêmio enfrentou a seguinte campanha:

10/04/1960 Cruzeiro 0x3 Grêmio
14/04/1960 Grêmio 2x1 Santa Cruz
24/04/1960 Grêmio 3x2 Farroupilha
01/04/1960 Grêmio 4x0 Cruzeiro
08/04/1960 Santa Cruz 0x1 Grêmio
15/04/1960 Farroupilha 2x3 Grêmio

Vale lembrar que na época, a vitória valia 2 pontos, e que o estadual era regionalizado, portanto as equipes participantes foram o Grêmio Atlético Farroupilha (ex Grêmio Atlético 9º Regimento, campeão Gaúcho em 1935), de Pelotas, o Futebol Clube Santa Cruz, de Santa Cruz do Sul, e o Esporte Clube Cruzeiro, de São Gabriel, hoje extinto.

Eis a equipe que ergueu a taça.


Ainda neste dia, outros dois acontecimentos curiosos ocorreram. Em 1996, o Grêmio eliminava o Botafogo de Túlio Maravilha, Campeão Brasileiro de 1995, vencendo em casa por 2x0, gols de Luciano e Carlos Miguel, após empate no Rio por 1x1.


No ano seguinte, o Grêmio enfrentava o Corinthians pela Semi-Final da Copa do Brasil. O Grêmio venceu dando apenas um chute em gol. O placar foi aberto com gol contra, ampliado com Paulo Nunes, e o Corinthians descontou com Marcelinho Carioca, de falta, que ainda desperdiçaria pênalti mal marcado, batendo na trave.


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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Cover da Semana: "De Música Ligeira", Parte 2

Em janeiro deste anos, demos destaque aos Covers do sucesso "De musica ligera", da dos correntinos do Soda Stereo. Veja o post clicando aqui.

Pois à título de curiosidade, os suecos da Roxette excursionam pela Argentina, e tocaram esta música em seu show, no dia 25 de abril. Veja o vídeo abaixo.


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Dica da Semana: Otimizar o Desempenho do PC

Além da tradicional obsolescência dos computadores (novos programas lançados, exigindo melhor configuração), a coisa mais normal do mundo é que o computador tenha seu rendimento degradado com o tempo.

Para ajudá-los, abaixo vamos listar algumas pequenas dicas e tarefas que deverão otimizar o desempenho do seu computador, à semelhança de um pequeno tutorial que fizemos algum tempo atrás para limpar seu PC. Leia aqui. Com estas dicas, não será necessário formatar seu computador para tê-lo operando com bom desempenho.

Desinstale programas inúteis ou não utilizados

Uma das coisas que mais fazemos é baixar e instalar algum programa inútil, algum joguinho, ou algum de que precisamos somente num momento. Estes aplicativos ocupam espaço no computador e muitas vezes reduzem a capacidade da máquina.

Uma das opções é usar o Painel de Controle/Programas e Recursos, que no Windows 7 é mais fácil de utilizar, porque já lista por data de instalação, tamanho e até versão. Quem prefere um programa mais avançado, pode usar o Revo Uninstaler, disponível no Baixaki.


Limpando o HD

Em virtude de alguns processos internos, o Windows e alguns Programas criam arquivos temporários que algumas vezes nunca são definitivamente eliminados pelo sistema assim que deixam de ser úteis. Isso, claro, deixa um rastro pelo computador, além de usar o HD inutilmente.

Da mesma forma como a desinstalação, o Windows possui um recurso nativo para isso, que pode ser encontrado clicando com o botão direito do mouse sobre o Disco (o C:, por exemplo), depois clicando em Propriedades, e ainda em "Limpeza de Disco".

Alternativamente, um programa bastante prático é o CCleaner, que pode ser encontrado no Baixaki.


Desfragmentando o Disco

Lembra daquela vez em que você foi organizar seus Documentos? Mexeu um pra cá, recortou pra lá, criou uma pasta aqui, deletou outra ali... Pois é, depois disto, e até com o dia-a-dia, é provável que o disco fique fragmentado. Por isso, desfragmentar o Disco é uma tarefa importante, porém relativamente fácil e rápida. O Windows têm um aplicativo nativo chamado "Desfragmentador de Disco", que pode ser encontrado no Menu Iniciar/Todos os Programas/Acessórios/Ferramentas do Sistema/Desfragmentador


Pessoalmente eu acho o Defrag do Windows suficiente, mas quem quiser uma alternativa, pode adotar o AuslogicDisk Defrag, freeware disponível no Baixaki.

Destivando inicializações desnecessárias

Vários programas são inicializados juntamente com o Windows, e cada programa rodando em paralelo à mais degrada o desempenho do sistema. Desativar alguns deles pode dar um pelo up na capacidade da máquina. No menu Iniciar, digite "msconfig" (no caso do Windows 7), ou insira esse comando no menu Iniciar/Executar. Na aba "Inicialização de Programas", desmarque aqueles que você não precisará que sejam iniciados junto com a máquina.


Cuidado com o sobrepeso

Quanto mais um HD é usado, mais demorada fica qualquer busca de arquivos pelo sistema. Por este motivo, o interessante é sempre racionalizar seu uso. Uma alternativa bacana é a compra de um HD Externo. Um bom modelo, Samsung de 500GB, pode ser achado por até R$ 250,00. Para descobrir quais pastas/arquivos mais consomem memória, existe um software bem bacana, o WinDirStat.

Festa de ícones na Área de Trabalho

Análogamente ao HD, uma Área de Trabalho poluida com muitos ícones e arquivos prejudica o rendimento do computador. Procure limitar o número de ícones lá. Uma dica é sempre que instalar um programa, desmarcar a caixa de "Criar ícone na área de trabalho", caso isso não seja necessário.

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domingo, 6 de maio de 2012

Blog do Finken Recomenda: Gustavo Vara

Até onde pudemos apurar, Gustavo Vara é um fotógrafo paulista.No seu blog com fotografias, dentre ótimos trabalhos, estão algumas fotos DE FUNDAMENTO, de Porto Alegre, das quais alguns exemplares abaixo. O resto, vocês terão de procurar no site, clicando aqui.






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Grêmio e Guaraní-PAR: O Jogo dos Sete Erros

Poderiam ter sido bem mais, os erros, pois graças ao árbitro da partida, o Guaraní-PAR teve um gol irregular anotado, marcado por jogador em posição de impedimento.

Neste dia, em 6 de Maio de 1997, o Grêmio classificava às Quartas-de-Final. 15 anos atrás

Mas como o alternativismo era regra, na época, o Grêmio chegaria à vitória aos 47min do 2º Tempo, após bola alçada na área, com casquinha do zagueiro e escorada por Paulo Nunes. Rodrigo Gral, entre três zagueiros, conseguiu tocar no canto, marcando a vantagem que levaria para os pênaltis.

Antes disto, em jogada tramada pela esquerda, entre Roger e Carlos Miguel, Paulo Nunes se livrou de dois marcadores para bater de canhota e marcar.

A cereja do bolo estava guardada para o fim do jogo. Decretada a decisão por cobranças penais, Grêmio e Guaraní protagonizaram uma das cobranças de pênaltis mais desastrosas e patéticas da história, talvez só superadas antes pelas cobranças entre Sport e Guarani, encerradas de comum acordo entre os dois times após empate em 11x11, e posteriormente pela malfadada decisão entre Brasil e Paraguai (com direito à famosa cobrança do Elano).

Nesta disputa, a magra vitória por 2x1 foi marcada por nada menos do que SETE COBRANÇAS erradas. Para o Grêmio, converteram Dinho e Arce. Erraram Mauro Galvão, Carlos Miguel e Rodrigo Gral (a cobrança mais patética de todas). Para a equipe paraguaia, somente Sotelo converteu, tendo Romero, Soto, Delgado e Ahumada errado suas cobranças.


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MTV transforma cartões vencidos em palhetas

Muito bacana essa iniciativa da MTV Brasil. Eles criaram uma máquina que transforma cartões vencidos, de crédito, de associado, de lojas, etc., em palhetas, dessas de tocar guitarra e violão.

O nome é chamativo: "Green Picks Recycle Machine", e vai ser instalado em bares, restaurantes e casas noturnas de São Paulo, que sejam referência no seu nicho. Esse digamos "marketing viral" foi criado com a nova estratégia da emissora, traduzida pelo slogan "A música não pára".


A iniciativa chamou tanto a atenção, que foi noticiada até no exterior, nos sites The Inspiration Room, Creativity Online e Ads of the World. O mais curioso é que no exterior usam o termpo "poster 3D".

Antes, dentro do mesmo conceito, a MTV tinha distribuido, em parceria com uma rede de restaurantes japoneses, também em São Paulo, 30 mil jogos americanos estampados como uma Bateria, para que os clientes usassem os Hashis como baquetas. Veja aqui.

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Gauchão e Futebol do Interior: Alternativas, Parte 2

A problemática do Futebol Gaúcho

- Clubes: Os clubes do Interior se deterioram à cada temporada. Não investem em Categorias de Base, não investem em Patrimônio, não solidificam Parcerias Comerciais, não investem na Valorização do Torcedor como base indelével de um clube. Clubes de empresários não dependem de patrocínio ou torcida. Mas os clubes tradicionais não valorizam seu maior patrimônio, sua história, para mobilizaram torcedores antigos e criarem novos. O gigantismo da Dupla acaba fazendo minguar o tamanho das torcidas do Interior, reduzidas praticamente à segundo clube nos corações dos habitantes locais. O resultado são estádios vazios, clubes com quadros sociais reduzidos, e pouca mobilização local.

- FGF: Apesar dos reajustes das cotas de televisão, a FGF não possui nenhum tipo de planejamento para o Futebol Gaúcho. Na incapacidade dos clubes fazerem por si mesmo, a FGF deveria buscar para si essa responsabilidade. Promover cursos e simpósios de Gestão Esportiva, de Marketing Esportivo, estabelecer uma Estratégia com os clubes, e uma Agenda para a mesma, promover o BOM uso dos recursos das Cotas de Televisão, estabelecer tetos de folha de pagamento para clubes do Interior, auxiliar os clubes na aproximação com potenciais parceiros e patrocinadores.

- Gauchão: O principal torneio do estado hoje é a figura do atraso que representa todo o futebol gaúcho. Estabelece muitas datas, até 23 datas/calendário, onerando os clubes, onerando a Dupla Gre-Nal, reduzindo as possibilidades de um clube do Interior vencer o torneio. Adicionalmente, a Segundona Gaúcha e a Copa FGF mereceriam também um redesenho.

Um Rol de Alternativas e Soluções

Para tornar realidade o que apenas podemos sonhar - isto é, um futebol gaúcho pujante e competitivo em nível nacional, eis que sugiro uma estratégia geral que pode, talvez, ser uma alternativa à inexistência de estratégias atualmente vigente.

- Clubes: Mobilização e Atuação Local

Cabe aos clubes montarem estratégias para mobilizar suas torcidas locais e criarem novos torcedores, enfrentando assim o gigantismo da Dupla Gre-Nal, que com o advento da televisão e mais tarde da internet, arregimenta mais e mais torcedores do Interior, esvaziando os clubes locais. Uma idéia é atuar diretamente nas comunidades, mobilizando torcedores antigos, mobilizando escolas, fazendo visitas guiadas aos estádios (e onde houver, Salas de Troféus e Memoriais), aos jogos, formando desde cedo uma paixão. Aproveitar as rivalidades locais é uma forma de intensificar essa paixão. Como conseqüência, a possibilidade de no futuro termos melhores lotações nos estádios, quadros sociais mais cheios, e quem sabe mais atuantes, e com isso fortalecer os clubes nas relações com patrocinadores, fornecedores de material esportivo, empresas de transmissão jornalística.

Os quadros sociais também precisam ser alvo de especial atenção das administrações dos clubes, algo já encarado como prioritário pelos principais clubes do Brasil. Tome-se o exemplo do EC Novo Hamburgo, sediado numa cidade com cerca de 250 mil habitantes. Se o clube lograr êxito em associar 1% dos habitantes da cidade, por exemplo, à uma média de R$ 25/mês, isso representaria uma receita de R$ 62,5 mil, o que certamente garantiria ao menos a cobertura dos custos fixos da entidade.

- Clubes: Gestão e Planejamento

A FGF, em conjunto com os clubes, deve estabelecer metas de desempenho financeiro, com o objetivo de garantir a saúde financeira e a rentabilidade dos clubes, e garantir que parcelas das receitas sejam vinculadas à investimentos em patrimônio, em Categorias de Base.

Cabe à FGF criar mecanismos que permitam e obriguem os clubes à manter o Dpto. de Futebol ativo o ano inteiro, com os benefícios que o Planejamento de Longo Prazo pode trazer para os clubes, não tendo que desmontar e remontar o time à cada temporada. E cabe aos clubes buscarem aperfeiçoamento de seus quadros, no que diz respeito à planejamento e gestão.

Mais uma vez dentro da perspectiva de parceria entre FGF e Clubes, que estes possam ter uma estratégia de valorização conjunta do Gauchão/Clubes. Uma idéia seria lançar um Banco de Oportunidades, ferramenta através da qual a FGF poderia aproximar interessados em investir em Marketing Esportivo dos clubes, em especial os que precisam destes recursos.

Estabelecer também políticas permanentes de investimentos patrimoniais para os clubes, e parcerias comerciais que as viabilizem, modernizando as praças esportivas dos clubes, ou construindo novas (caso de Novo Hamburgo e mais recentemente, Cruzeiro de Porto Alegre), e rentabilizando aqueles espaços comerciais, dentro de estratégias que adotam os clubes o conceito de "Arena".

Também apoiar os clubes à criarem rubricas orçamentárias específicas para o Marketing do clube, dentro ainda da idéia de mobilização das comunidades locais, e promoção e valorização da marca do clube.

Compete à FGF, como órgão executivo do futebol gaúcho, criar formas ou programas através dos quais os clubes possam aperfeiçoar sua Gestão, seus Dptos. de Futebol, Marketing, através de cursos, palestras, simpósios, de forma colaborativa ENTRE os clubes, não competitiva, na forma explicitada nos itens acima.

- FGF: Readequar o Calendário do Futebol Gaúcho

Cabe à FGF readequar o calendário gaúcho à nova realidade. Uma das idéias é reduzir datas para o Campeonato Gaúcho, permitindo aos clubes maior rentabilidade. A alternativa é reduzir datas, permitindo aos clubes, especialmente à dupla Gre-Nal, ter uma pré-temporada mais elaborada. Uma das possibilidades é regionalizar o Campeonato Gaúcho, com a Dupla Gre-Nal entrando na fase quente, que seria disputada no início do ano. Outra alternativa seria uma classificatória de todos contra todos, em turno único, os quatro melhores enfrentando-se numa Semifinal Olímpica, ida e volta, e a final, ida e volta. Seriam 19 datas, contra 23 datas do regulamento atual.

A última parte, à ser publicada, tratará de uma nova fórmula para o Campeonato Gaúcho, Copa FGF e demais competições.

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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Gauchão e Futebol do Interior: Alternativas, Parte 1

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Eu já havia rascunhado algumas idéias gerais sobre a decadência, a agonia, do Futebol Gaúcho, ainda em janeiro. Na verdade, era um post sobre o Fim dos Estaduais, apregoado por alguns articulistas Brasil afora, mas adicionalmente, ficaram algumas teses soltas sobre possibilidades de futuro para o Futebol, especialmente do Interior do RS, que está em franca decadência. Para ler, clique aqui.

Embora o Futebol Gaúcho tenha se beneficiado dos reajustes consideráveis das Cotas de Televisão pela FGF, desde 2004, ano em que assumiu a presidência Francisco Noveletto, o Campeonato Gaúcho e os Clubes ainda se ressentem da inexistência total de um PLANO, um NORTE, um PLANEJAMENTO, por parte SUA (os próprios clubes, presos na própria incompetência e inércia) e por parte da FGF, quem na inaptidão e imobilidade dos Clubes teria que chamar para si tal responsabilidade. Os valores da Cota de Televisão hoje superam os R$ 700 mil por clube, conforme site de Hiltor Mombach, aqui, no dia 16 de Maio.

Análise do Futebol do Interior no Cenário Nacional

Usarei esse indicador, porque acho justo que comparemos o desempenho dos clubes gaúchos frente aos clubes de outras Federações. Pois bem, desde 2004, ano que assumiu o Noveletto, o desempenho dos clubes Gaúchos nas séries inferiores do Brasileirão é ridículo e errático.

O Caxias em 2004 não classificou entre os 8 primeiros da Série B. Em 2005, foi rebaixado para a Série C. Em 2006 e 2007, ficamos sem representante na Série B. Em 2008, surge o Juventude, rebaixado da Série A (o que deixou a FGF com apenas dois representantes na principal compecição nacional, igualado à SC e MG, e superado pela última quando o Ipatinga subiu para a Série A), começou bem o torneio, mas vacilou e ficou de fora dos classificados. Em 2009, foi a vez do Juventude cair. Em 2010, 2011 e 2012, permanecemos sem representantes.

Na série C, a situação também é desalentadora. Até 2008, a classificação se dava pelas Federações, mas à partir de 2010, com a criação da Série D, os clubes que não são rebaixados jogam a Série C do ano seguinte. Em 2004, Novo Hamburgo terminou o torneio em 18º, a Ulbra em 20º e o Esportivo em 51º. Em 2005, o Novo Hamburgo pode detalhe não chega à Série B, ficando em último no quadrangular final. Ao menos nesta edição, os três representantes gaúchos passaram de fase, terminando em 4º (Novo Hamburgo), 20º o Glória e em 29º o Gaúcho. Em 2006, foi a vez do Brasil enfrentar a Final, um octogonal, sem sucesso, ficando em penúltimo na chave, e terminando o torneio em 7º, com Ulbra em 27º, e Caxias e Novo Hamburgo não passando da 1ª fase, em 35º e 40º, respectivamente. Em 2007, a melhor posição gaúcha foi da Ulbra, 11º colocada, Esportivo em 16º, e Caxias em 60º. No ano seguinte, em 2008, foi a vez do Brasil fazer fiasco na fase final. Terminou em sexto num grupo de oito clubes, enquanto Caxias ficou com a 19ª posição, e Inter/SM na 34ª. No primeiro ano em que foi disputada com 20 clubes (e com sistema de Acesso e Decesso), a Série C contava com dois representantes gaúchos: Caxias e Brasil, e a participação começava alvisareira. Num grupo de 5 equipes, enfrentando Criciúma, Marcílio Dias e Marília, os dois times chegaram à segunda fase. Esta fase consistia em quatro chaves de dois clubes, sendo que cada vencedor chegaria às semifinais, e consequentemente tinha vaga garantida na Série B de 2010. O Brasil foi batido pelo América/MG, que se sagraria campeão, e o Caxias pelo Guaratinguetá. Ficaram com a 6ª e 5ª posição, respectivamente. No caso do Brasil, era de se considerar um time totalmente remontado após o trágico acidente que vitimou, entre outros, o ídolo Cláudio Milar. Em 2010, a Série C contaria com três gaúchos: o Juventude se juntava à Caxias e Brasil após ser rebaixado. Os três times ocuparam o mesmo grupo, de cinco, onde classificavam dois. Caxias e Brasil ficaram no limbo, e Juventude foi rebaixado, desta vez para a Série D. Em 2011, a várzea chega ao ápice, com o rebaixamento do Brasil, após perder seis pontos por escalação de um atleta irregularmente. Com isso, o Futebol Gaúcho chega à sua mais pobre representação nas Séries Nacionais do Futebol Brasileiro em anos, com Grêmio e Inter na Série A, e o Caxias na Série C, quase sempre tentando mais permanecer ali, do que efetivamente subir para a B.

O cenário pintado acima é desanimador porque comprova a pauperização da participação gaúcha nos torneios nacionais, e mostra a decadência do nosso futebol quando cotejado com outras praças, especialmente Santa Catarina e Paraná. Há que se ressaltar que a participação na recém criada Série D não ameniza a situação: a melhor colocação pertence ao Juventude, em 2011, que amarelou nas finais, diante do Mirasol, onde chegou com a melhor campanha da Primeira Fase.

Este ano, a situação parece crítica, com relação à participação gaúcha na Série D: a vaga originalmente pertencia ao Veranópolis, que alegou insuficiência financeira para a disputa da competição. Na seqüência, Novo Hamburgo, São José e Pelotas declinaram, e até agora ninguém sabe quem será o representante do Gauchão no torneio. O motivo alegado é que a FGF proibiu antecipação de cotas do Gauchão de 2012, porque os valores estão sendo usados na construção da nova Sede da FGF. Fonte, Central do Futebol Gaúcho, clique aqui.

Na Parte 2, vamos avaliar as problemáticas que levam o Futebol Gaúcho à este desempenho em nível nacional.

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Roger Waters derruba o Muro em Porto Alegre

Com algum atraso, mais relacionado à preguiça e à falta de criatividade deste que vos escreve, mas também algumas dificuldades para passar arquivos do celular para o computador, eis um post que aguardei plácidamente para escrever quando pudesse deixá-lo, mesmo que apenas levemente, à altura do evento que Porto Alegre recebeu em fins de Março deste ano.

Quando falamos em Rock Progressivo, eles foram referência, e por conta das letras e composições criativas e inovadoras, influenciaram praticamente todas as bandas de rock que os sucederam. Confesso que não sabia exatamente o que esperar, pois o show prometia ser teatral, um grande espetáculo, além de ser a "encenação" de um álbum apenas, ficando de fora uma série de outros sucessos da banda. O motivo é simples, talvez The Wall seja a magnum opus da banda (a concorrência de The Dark Side of The Moon é forte, mas ao menos The Wall encerra a brilhante seqüência de quatro brilhantes álbuns, complementada por Wish You Were Here e Animals), pelo menos no que diz respeito ao intrincado trabalho que exigiu de Waters, e nas adaptações para Teatro e Cinema. Tudo isso torna um show desses diferente de um show tradicional, onde a normalidade é ouvir os principais hits do músico, mas as principais canções do último álbum e deu...

Agraciado por um destes acasos do destino, amealhei dois ingressos de uma colega de trabalho, que sequer conhecia o cidadão, pela metade do preço, e ainda consegui vender um com ágio, no dia do show.


Já estava preparado para enfrenta a boa e velha 116, quando meio que de última hora consegui vaga navan organizada pelo meu padrinho, Júlio, e de quebra, consegui uma vaga pro Fernando, grande colega de Monday Night Poker Club. Obviamente fui "armado", Isopor, Gelo, e dois engradados de Heineken. Chegamos nas redondezas do Estádio Beira-Rio por volta de algo como 17hs e com o sol nos recepcionado calorosamente. E a movimentação era bastante grande, especialmente nos botecos e banheiros que circundam o estádio. A curiosidade fica por conta do expressivo número de catarinas vindos do estado vizinho para o Show.

Entorno do Beira Rio tomado.

Nesse momento as filas já estavam tímidamente formadas. No setor de Pista Premium, simplesmente não havia fila. Era chegar e entrar (claro, no horário de abertura dos portões). Já a fila dos pobres mortais da Pista era um desastre. Algo que deveria ao menos gerar uma preocupação num país que vai sediar a Copa do Mundo. A fila fazia exatas três pernas. Ia da entrada, passando pelo Gigantinho e indo mais uns 200m adiante, depois retornava à altura da entrada, e a última perna passando adiante do Gigantinho mais uma vez. A confusão era geral. Eis que "~le wild Igor appears", hehe... Seguramente, eu e o Fernando queimamos uns 500m de fila, ao ficarmos com Igor e sua turma, mas a situação ainda era crítica. Os portões estavam abertos há certo tempo e a fila mal se movia, e como havia uma confusão com as filas, a preocupação era grande. Foi aí que entrou em ação o espírito selvagem, aventureiro e cara de pau deste humilde e modesto blogueiro. Estávamos ainda na "terceira perna" da fila, e isso não me agradava. Fiz de conta que não era comigo, e me infiltrei no segundo segmento da fila, disfarcei, esperei uns minutos e chamei todo mundo pra lá, hehe... Lika a Boss.

Quando entramos, o sol já estavanos deixando, muita gente transitava pelo gramado, decidi que era hora de pegar os melhores lugares possíveis, e acho que conseguimos. Pegamos as arquibancadas do lado oposto ao show, escapamos às duas torres dos projetores, pegando o palco bem de frente, e apesar da distância pudemos ter uma visão privilegiada do show.

Multidão transita pelo gramado.

Local privilegiado, com vista frontal e próximo dos banheiros.
Grandes companhias, Igor Gentil e Fernando Grahl.
O Álbum

The Wall é um álbum conceitual de Rock Progressivo, no estilo clássico de Pink Floyd. Essa Opera Rock conta a história de Pink, um roqueiro cujo pai foi morto em combate na Segunda Guerra, atormentado na infância pela humilhação à que era submetido por escrever poemas e músicas, gerando um sentimento de rebeldia contra o "sistema". Pink cresce e torna-se um astro do rock,mas não supera seus conflitos internos. Confuso, entra em depressão e começa à sofrer com delírios totalitaristas, chegando à ser drogado pelo empresário para subir no palco e tocar. Drogado, suas alucinações e delírios maximizam, chegando ele à manipular as platéias contra o "sistema". Colapsado, seus conflitos internos criam um "julgamento", terminado em catarse ao ser condenado à libertar-se de seu auto-isolamento. Destrói-se o muro.

Todo o conceito do álbum remete à uma discussão de Waters, durante um show da turnê "In The Flesh", quando ele cospe na cara de um espectador, incomodado com a plateia que não parava de gritar e berrar, mesmo nas músicas mais tranqüilas. Percebendo estar apartado e alienado de seu público pelo estrelato e também por circunstâncias pessoais, ele imagina tocar construindo um muro entre si e a plateia. Daí, The Wall. O disco tem mais de 80 minutos, e muitos hits, entre eles Another Brick in the Wall (em três partes, sendo a mais conhecida a segunda), Hey You, Is There Anybody Out There? e Confortably Numb, tido como um dos maiores riff's de guitarra da história do Rock.

Todo o disco é permeado da contestação, política e social, contra governos opressores, imperialistas, autoritários. Esse conceito é amplamente resgatado pelo show, utilizando extensivamente

O Espetáculo

Aguardando o início do Show

Pensado desde o início, nos anos 80, como uma espécie de Opera, um show de alta teatralidade, encenando a história da personagem fictícia, o roqueiro Pink, o espetáculo conta com um telão de quase 140 metros de largura, que se metamorfoseia no aludido muro, além de um telão circular de 9m de diâmetro, pirotecnia e bonecos e avião, compondo o cenário. Veja abaixo.


O Setlist

Confira abaixo o set list do show:

"In the Flesh?"
"The Thin Ice"
"Another Brick in the Wall Part 1"
"The Happiest Days of Our Lives"
"Another Brick in the Wall Part 2"
"Mother"
"Goodbye Blue Sky"
"Empty Spaces"
"What Shall We Do Now?"
"Young Lust"
"One of My Turns"
"Don't Leave Me Now"
"Another Brick in the Wall Part 3"
"The Last Few Bricks"
"Goodbye Cruel World"

Intervalo

"Hey You"
"Is There Anybody Out There?"
"Nobody Home"
"Vera"
"Bring the Boys Back Home"
"Comfortably Numb"
"The Show Must Go On"
"In the Flesh"
"Run Like Hell""
"Waiting for the Worms"
"Stop"
"The Trial"
"Outside the Wall"

O Show

Após cerca de 40 minutos de atraso, Waters iniciou o espetáculo com um discurso dando o tom político que é inerente ao álbum, e homenageando Jean Charles de Menezes, assassinado pela polícia londrina em 2005, confundido com um terrorista.


A galera foi ao delírio quando começou a tocar "In the Flesh?". Começaram à se suceder as músicas, à medida em que o muro era erguido, remontando a trajetória isolacionista da personagem principal. The Thin Ice, seguido de Another Brick in the Wall Parte 1, The Happiest Days of our Lives e Another Brick in The Wall Parte II, seqüência que levantou a platéia gritando em coro o refrão. Nesse momento, as luzes ficaram apagadas, com as imagens do palco projetadas em nuances de preto e vermelho, dando o tom contestador.



Continaram com Mother, com projeções direcionadas aos governos, quando Roger pergunta "devemos confiar nos governos?", respondendo de forma impublicável, Goodbye Blue Sky (com o telão mostrando bombardeiros), Empty Spaces, What Shall We Do Now?, Young Lust, One of my Turns, Don't Leave Me Now, Another Brick in the Wall Part 3, The Last Few Bricks e Goodbye Cruel World, com o muro se fechando por completo, e o telão apresentando a fase decisiva de Pink, encarcerado em seu mundo e lutando com seus dilemas internos.

Last Few Bricks


Após o intervalo de uns 20 minutos, o espetáculo prossegue com banda totalmente apartada do público tocando Hey You.



Is There Anybody Out There? e Nobody Home já assistem alguns tijolos caírem, após Vera e Bring The Boys Back Home, um dos ápices do show com Confortably Numb.



Depois de The Show Must Go On e In The Flesh, veio Run Like Hell, a que filmei por inteiro. A cena clássica dos martelos caminhando.


O show se aproximava do ápice, em Run Like Hell, a multidão manipulada por Pink já criara confusão. Após Waiting for the Warms e Stop, chega o momento do julgamento de Pink.


Para quem não sabia o que esperar, foi um show em que o velhinho se esforçou ao máximo, fez um tremendo show, nesta história quase que auto-biográfica. Daí já era hora de ir pra casa...

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