terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Fim Sem Fim do Capitalismo: de novo, a lanterna na pôpa

Às vezes, quando demonstro admiração pelo trabalho e legado de Roberto Campos, jocosamente apelidado pela esquerda festiva de "Bobby Fields", as pessoas me olham com desconfiança e espanto.

Sua obra possue a habilidade e discernimento para pensar o presente e o futuro que os fãs atribuem à Karla Marx. Não obstante, até o presente momento nenhuma das "previsões" de Marx chegou à ocorrer, relegando-se este à mera categoria de poeta - enquanto colega de Nostradamus - ou ainda de pensador social. Como Economista, fracassou fragorosamente, fato que seus adeptos negam-se à aceitar.

Como forma, talvez, de auto-afirmação, à cada crise do capitalismo, surgem de novo os Profetas do Apocalipse, às gritas de que, finalmente, o Messias tenha acertado: é o fim do Capitalismo. E o sem fim, na verdade, do fim.

"Poucas coisas têm sido mais profetizadas que o fim do capitalismo. Parafraseando Mark Twain, pode-se dizer que as notícias de sua morte são algo exageradas. Se duas lições a história nos ensina é, primeiro, que a história não é dialética: “o socialismo não sucedeu ao capitalismo”, para usar a expressão de Daniel Bell. E, segundo, que a crise do socialismo parece hoje mais séria que a do capitalismo."

Acerta em cheio, Campos, ao colocar que a crise do Socialismo é mais séria do que a do Capitalismo, eis que o Estado do Bem Estar Social europeu está entrando em colapso, fruto exatamente deste monolitismo e da falta de sistemas de incentivos que pudessem dinamizar as economias européias.

"Nenhum dos dois sistemas hoje existe, obviamente, em sua forma pura, o que torna os termos “capitalismo” e “socialismo” simplificações duvidosas. Mas não se deve exagerar a convergência dos dois sistemas. As “economias de mercado” são perfeitamente diferenciáveis das “economias de comando”, ainda que as primeiras tenham absorvido graus intensos de intervenção governamentais e as segundas comecem a admitir os sinais do mercado no tocante a preços incentivos. Isso é dramaticamente perceptível nas zonas de confrontação: Alemanha Ocidental versus Alemanha Oriental, Coréia do Norte versus Coréia do Sul, China Continental versus Taiwan, e assim por diante."
Da mesma forma, é comum ver por aí análises simplificadoras do tipo "preto e branco", ignorando a existência de matizes de cinza. A China Popular não é um estado comunista em estado puro, como os Estados Unidos não são um estado capitalista liberal em estado puro. Mas existem matizes de mercado e estado em ambos.

Enquanto rui o Welfare State europeu, o Espantalho sobrevive: não importam as análises frias, interessa culpar o Capitalismo, o Liberalismo, as Grandes Corporações. Mas nunca o responsável único pela problemática européia: o Estado que gasta demais e que interfere demais na economia.

Novamente, neste artigo de 1981, Roberto Campos mostra característica que permearia sua obra, e que consolidaria no seu livro "A lanterna na pôpa". Escolhido à dedo o nome do livro, Campos alegaria que de todos os seus trabalhos consideraria-se uma "lanterna na pôpa", incapaz de iluminar o caminho à frente, sempre iluminando o caminho já percorrido, sem conseguir mobilizar suas idéias.

Para o bem do país, que possamos, ao menos, aprender com os caminhos iluminados pela Lanterna na Pôpa...

domingo, 27 de novembro de 2011

Lamborghini Murcielago SV: veja como são feitos...

Todos, ou quase todos, adoram super carros. Cada fábrica desperta nos seus fãs os mais carnais desejos, e a fé absoluta de que eles são, de fato, os melhores.

Uma das fábricas que chega próxima de permitir aos seus fãs o acerto em sua fé é a Automobili Lamborghini S.p.A., de onde saem alguns dos mais desejados modelos de superesportivos do mundo. Um deles, o Lamborhini LP 670-4 SuperVeloce Murcielago SV, foi matéria do programa Mega Fábricas, do National Geografic Chanel.

Não é preciso dizer muito sobre ele. Um superesportivo que substituiu, com sucesso, o Diablo, que usa o lendário V12 da Lamborghini, que é produzido artesanalmente por alguns dos melhores "artesãos automotivos" do mundo, só poderia ter uma legião de fãs fiéis.

Em 2011, este modelo foi descontinuado em favor do Lamborghini Aventador.

Assista então ao documentário. Se gostar, comente.

sábado, 26 de novembro de 2011

O Pé da Galinha!

De tempos em tempos, o mundo da música é sacudido impiedosamente pela formação de algum SuperGrupo de Rock.

Mantendo a tradição que os antecederam, Chad Smith (do Red Hot Chili Peppers) e Joe Satriani (aclamado como um dos mais virtuosos guitarristas da sua geração, e quiçá da história) juntaram-se à Sammy Haggar e Michael Anthony, ambos ex-Van Halen, para formarem um grupo de inusitado nome: Chickenfoot. Enquanto o símbolo da banda faz referência ao símbolo da paz, descrito por alguns como uma "pata de galinha", a origem real do nome trás referência às palavras de Smith durante as jam sessions com Hagar e Anthony (Satriani entraria para o grupo posteriormente, antes da gravação do álbum de estréia): "there are three talons on a chicken’s foot and there [were] three of us." Em tradução livre, "há três garras num pé de galinha, e aqui temos nós três". De toda sorte, o nome seria provisório, mas acabou tornando-se permanente.

A banda namora o Hard Rock, usando o que há de melhor nos elementos do conjunto, e flertando com Blues Rock. Para conhecermos melhor o som, posterei faixa do álbum "Chickenfoot III", sugerida pelo amigo Felipe Fonseca. Com vocês, "Come Closer".

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dilma, o Ego, a Auto-Afirmação e o pobre Português.

O blog Radar Online (sim, da revista Veja, e azar o seu se tu não lê) trás no dia de hoje uma surpreendente notícia.

Está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara um Projeto de Lei que torna obrigatória a flexão de gênero para "nomear profissões pou graus de diploma". Ou seja, assassinar o português usando o termo "Presidenta" será obrigatório.

E tudo porque? Porque nossa gloriosa "Presidenta" quer afagar seu próprio ego e o ego das mulheres. Chega à ser acintoso que além de propôr uma Lei grotesca destas, nossos deputados e senadores percam tempo com mesquinharias tão grandes quanto esta. O projeto é da ex-Senadora Serys Slhessarenko, do PT do Mato Grosso.

Adivinhem quem será o relator? Sim, senhores, ele mesmo, Paulo Maluf.

Como no caso da reforma ortográfica, este blogueiro continuará usando da desobediência civil, escrevendo CORRETAMENTE, independente do que diga a lei.

Os 13 anos de Corinthians 0x2 Grêmio

Completaram 13 anos, dia 21 de novembro, de uma das partidas mais épicas que o futebol brasileiro e mundial já viu.

Após uma das arrancadas mais espetaculares da história, saindo da última posição, para uma épica classificação na última rodada. Após tal exaustiva campanha, chegavam os comandados de Juarez à última rodada, precisando vencer e dependendo de resultados paralelos para estar entre os oito clubes que disputariam as Oitavas de Final. Minuto à minuto, os resultados alteravam a classificaços. Num minuto o Grêmio estava classificado, e no outro não estava mais. E de novo, repetidas vezes. Estávamos com um olho no Olímpico, e outro nos jogos de Cruzeiro e Juventude, Goiás e Vasco, Paraná e Flamengo, Coritiba e Internacional. O Grêmio ainda sai na frente, sofre a virada, mas consegue forças para reagir, virar a partida e terminar com o placar de 4x2. Veja como foi, minuto à minuto.

16:07 – Perigo. Cruzeiro faz 1 a 0 no Juventude.
16:08 – Alegria. Grêmio faz 1 a 0. Cruzeiro e Grêmio estão classificados.
16:21 – Goiás faz 1 a 0 no Vasco. Grande vibração no Olímpico.
16:30 – Cruzeiro faz 2 a 0. A vaga dos mineiros está quase garantida.
16:31 – Susto: José Aldo Pinheiro, da Rádio Gaúcha, grita gol da Ponte Preta. O Olímpico treme de felicidade, mas o árbitro anula o gol e o sofrimento volta.
16:37 – Paraná faz 1 a 0 no Flamengo. Tudo dando certo para o Grêmio.
16:50 – Intervalo dos jogos. Cruzeiro e Grêmio seguem classificados.
17:07 – Coritiba faz 1 a 0. A situação do Inter se complica ainda mais. Festa no Olímpico.
17:22 – Paraná amplia. Gremistas festejam mais um gol.
17:25 – Silêncio no Olímpico: Evandro empata o jogo. Grêmio está fora.
17:26 – Vasco empata e segue na luta. Tudo ruim para o Grêmio.
17:30 – Pavor. Alexandre faz 2 a 1 para a Portuguesa. Alguns torcedores do Grêmio já deixavam o estádio. Em Minas Gerais, festa da torcida do Galo.
17:36 – Esperança. Gol do Grêmio. Rodrigo Mendes empata o jogo.
17:39 – Goiás faz 2 a 1 no Vasco. A torcida grita “Grêmio, Grêmio”.
17:44 – A torcida pede e Celso Roth coloca Tinga em campo.
17:52 – O Inter encerra sua participação no campeonato.
17:53 – Euforia. Zé Alcino marca o terceiro e coloca o Grêmio mais uma vez entre os classificados.
17:56 – O presidente Cacalo, desesperado, pede o final da partida.
17:57 – Volta a tensão. Luisão empata o jogo e o Vasco só precisa de um gol para se classificar.
17:58 – Fim de jogo em Goiás. O Vasco está fora. O Olímpico enlouquece.
17:59 – Gol do Grêmio. Zé Alcino faz 4 a 2. Gremistas se abraçam e gritam.
18:00 – O Grêmio está classificado para a próxima fase do Campeonato Brasileiro.

Grêmio 4-2 Portuguesa
12 de novembro de 1998

Grêmio: Danrlei, Walmir, Scheidt, Ronaldo Alves e Roger; Otacílio, Fabinho, Goiano (Zé Alcino) e Itaqui (Robert); Rodrigo Mendes e Zé Afonso (Tinga). Técnico: Celso Roth

Portuguesa: Fabiano. Alexandre Chagas, César, Émerson e Augusto; Simão, Ricardo Lopes (Alex), Alexandre (Ricardinho) e Evandro; Evair (Cezinha) e Leandro. Técnico: Candinho

Gols: Augusto (contra) aos 2 minutos do primeiro tempo;, Evandro aos 15, Alexandre aos 20, Rodrigo Mendes aos 26 e Zé Alcino aos 42 e 48 minutos do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Goiano, Otacílio e Rodrigo Mendes (G); Ricardo Lopes e Alex (P)
Árbitro: Luciano Almeida, auxiliado por Rogério Oliveira e Jorge Paulo Gomes (DF)
Público: 11.914 pagantes
Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre


Com este prólogo, o Grêmio receberia, em casa, o então líder do Brasileirão (enchaveamento olímpico, o 8º enfrenta o 1º, o 7º enfrenta o 2º, e assim por diante), o Corinthians e Hicks Muse e Excel Econômico. Perderia a partida por 0x1 e levaria na bagagem, para São Paulo, poucas esperanças de classificar-se, pois era preciso vencer a partida, não importando o escore, para forçar o terceiro jogo, que seria também em São Paulo.


O escrete gremista estraria em campo assim: Danrlei; Walmir, Scheidt, Rodrigo Costa, Roger; Fabinho, Otacílio, Goiano (Robert), Itaqui; Rodrigo Mendes, Zé Alcino (Clóvis). Com todas as dificuldades, o Grêmio enfrentava um adversário poderoso de igual para igual. E com dois golaços, de dois renegados, Itaqui, em cobrança perfeita de falta, e Clóvis, num voleio digno de Bebeto, o Grêmio forçava a terceira partida. Incrédulos os torcedores Corinthianos, para quem um empate garantiria a vaga nas Quartas de Final. Veja o compacto do jogo, abaixo.


Link alternativo.

O Grêmio ainda viria a perder o jogo decisivo, porém não sem fazer um grande jogo e pressionar o Corinthians em busca do empate que lhe daria a vaga.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

10 Dicas para aproveitar melhor a sua cerveja

Confiram: http://1000cervejas.blogspot.com/2011/11/10-dicas-para-aproveitar-melhor-sua.html

Homens que devemos conhecer: Steve McQueen

Ao mesmo tempo em que ícones do nosso tempo foram deixando nosso mundo com níveis mais elevados de estrogênio, ocorreu a ascenção da geração Emo, Metrossexual, dos Almofadinhas. Claro, não estava lá para lhes dar uma lição o nome de hoje: Steve McQueen.


Nascido e criado numa fazenda, lugar próprio para a criação de um homem, passou dois anos no reformatório, até fugir com 15 anos, para fazer bicos como estivador, frentista, marinheiro e outras coisas. Foi apontado como o sucessor de James Dean, o que dá uma idéia do pedigree que acompanharia McQueen até o fim da sua carreira. Sucederia como machão dos cinemas à lendas como Dean e John Wayne, e transmitiria tal honraria à homens do calibre de Clint Eastwood, Sylvester Stallone, Bruce Willis. Isso já dá uma idéia, mesmo que pálida, da relevância dele para o morderno mundo masculino.

Após estrelar a clássica série de TV "Wanted: Dead or Alive", e mais algumas pontas em filmes do estilo Western, foi escolhido para um dos papéis principais no filme "Sete Homens e Um Destino", filme que mais tarde tornaria-se um dos maiores filmes de Faroeste, e que apontaria mais uma lenda para o futuro: Charles Bronson.

McQueen ficou conhecido por rejeitar sempre o estereótipo do galã, mas provou que um homem pode ser considerado bonito e charmoso sem vender sua alma para o Mundo da Moda... Ele mesmo se definia como um "indomável cínico, rebelde e nada bonito", era meio baixinho, e não sabia interpretar outros personagens que não fossem policiais durões e mau encarados. Ficou mundialmente conhecido pelo seu apelido de "King of the Cool". Mas ele tornou-se um icone e não foi por acaso. McQueen era durão por trás das câmeras também. Além de ter feito de tudo nessa vida, de soldado à lenhador, ele recusavaque fosse substituído em suas cenas perigosas por dublês.

Além de ser durão e implacável com os "bad guys" que, invariávelmente, eram seus inimigos nos filmes, Steve era um rebelde e bon vivant. Colecionou carros e mulheres, e isso não é um exagero. Casou-se três vezes, com três mulheres muito desejadas na sua época, a dançarina Neile Adams, a atriz Ali MacGraw e a modelo Barbara Minty, quem finalmente deixou viúva sem se divorciar antes.

Neile Adams:

Ali MacGrew:
 Barbara Minty:

Como dissemos, colecionou carros também, e como herança, deixou cerca de 130 motos e icontáveis Ferraris, Porsches e Jaguares. Largava dias de gravação para pilotar suas belezinhas em pistas de corrida. Seus principais personagens tinham essas paixões como parte integrante da personalidade. O mais clássico foi Frank Bullitt, o policial mais veloz de San Francisco, que caçava implacavelmente seus inimigos à bordo de seu Ford Mustang, no filme "Bullitt". Completam a lista dos indispensáveis filmes de McQueen "Sete Homens e Um Destino", "Crown, o Magnífico" (refilmado em 1999 com Pierce Brosnan), "Os Implacáveis" e "Fugindo do Inferno".

Deixou seu legado também na moda. Sim, o durão sabia se vestir, e soube fazer do seu estilo moda. Por sinal, o Tag Heuer Monaco eternizou-se depois que ele o usou no filme "24 Horas de Le Mans". Mas seu estilo mais clássico era a calça jeans surrada, jaqueta de couro e relógio esportivo.


Mas mesmo sendo durão, McQueen não venceu a maior luta de sua vida. O tal do mesotelioma, ou a "doença do amianto". Morreu com apenas 50 anos, meteóricos mais muito bem vividos, como um dos atores mais bem pagos e mais legendários de Hollywood.

domingo, 20 de novembro de 2011

Fora Roth: a birra sem fim

A campanha do Grêmio em 2011 é pior do que decepcionante. É brochante. A convergência de tudo o que é lamentável no futebol, de tudo o que é errado, resultou num ano perdido, e num 2012 potencialmente perdido por antecipação.

As explicações são muitas, mas num aspecto geral, o problema é Institucional. O Grêmio simplesmente está à deriva, não sabe para onde quer chegar, e nem como quer chegar. Resume-se à montar plantéis que satisfaçam aos anseios de uma torcida que só quer saber de Grife, de Nome, de Currículo, e pior ainda, de jogadores que destoem completamente da Filosofia de Futebol que históricamente foi parte indelével do clube. Relfexo disso é a contratação de atletas como Souza (conhecido por declarar que "raça é coisa de cachorro"), por € 3 Mi, Carlos Alberto, Kleber Cotovelo, e Vagner Love.

A criteriosidade foi substituída pela grife, pela "faceirice", pelo "miguxismo". Daí conclue-se que o problema não é Celso Roth, mas o descompasso que existe entre a Filosofia de Trabalho de Celso Roth, pautada sempre pela montagem de elencos fortes na defesa, equipe combativa, jogadores de força física e disciplinados táticamente, e a Filosofia de Futebol sob a qual foi montada a equipe do clube e na qual está impregnado o clube enquanto instituição, que é exatamente a filosofia da grife, do medalhão consagrado, do futebol ofensivo e técnico. Não é coincidência, portanto, que à cada temporada as especulações girem em torno de jogadores para o setor ofensivo, apesar da fragilidade absurda por que passa o sistema defensivo do Grêmio. Tampouco que que estejam no elenco do clube pelo menos meia dúzia de medalhões, e que destes, a maioria mais atrapalhe que ajude. Lúcio, Rodolfo, Edcarlos, Gabriel, Rochemback, Douglas. Destes, o único que se salva, às vezes, é Douglas. Lúcio, Rodolfo, Edcarlos e Gabriel perderam a condição de titularidade, e Rochemback sempre que entra mostra que deveria jogar na reserva.

É claro que com Roth nem tudo são flores, e o trabalho dele neste ano é realmente decepcionante. Mas quem dentre os treinadores pode trazer de volta ao clube esta filosofia de futebol que é, ou deveria ser, indelével ao clube? Entendo que, além de Roth, apenas Felipão e Dunga. Sim, Dunga, o colorado, assim como Ênio Andrade, com quem levantamos nosso primeiro caneco de importância. Nos últimos seis anos, pouquíssimos treinadores conseguiram fazer um trabalho consistente, mesmo que deficiente, como o Roth. Dentre eles, cito Mano Menezes, que não volta para o Grêmio, por óbvio, o próprio Renato, que é "verde" e não corresponde à filosofia que o clube precisa, e acho que pára por aí.

Isto posto, desafio qualquer um à sugerir um treinador que possa substituir Roth, de verdade. Sem ser os mesmos fracassados de sempre: Adílson Batista, Caio Jr., Autuori.

Cabe agora, á direção do clube, uma definição de caráter institucional, que ao que tudo indica não ocorrerá. Respaldar Celso Roth, e substituir esta política de futebol acintosa e fracassada que adotamos desde 2009. Substituir o descompasso entre Treinador e Instituição, pela convergência entre o Clube e a sua história.

Helter Skelter: Baixo, Guitarras e Bateria isolados

Hoje é dia de uma curiosidade interessante... No Youtube, achei as trilhas de Baixo, Guitarras e Batria da música Helter Skelter, que é considerada a primeira música de Heavy Metal, isoladas.

Segue abaixo as faixas, e depois a música completa.

Baixo Isolado:

Guitarras Isoladas:

Bateria Isolada:

Música Completa:

O que acharam? Comentem!

sábado, 19 de novembro de 2011

Verdade de quem, cara pálida?!

"Duvide de quem encontrou a verdade. Acredite em quem ainda a está procurando"

Essa frase tem uma autoria, só não recordo quem seja. De qualquer forma, ela tem um significado que corresponde ao momento histórico pelo qual passa o país. No dia de ontem, 18 de novembro, a presidente Dilma sancionou a polêmica lei que cria a "Comissão da Verdade", que seria responsável pela apuração de crimes contra os direitos humanos durante o Regime Militar.

Começando pelo nome pretensioso, trata-se de mais uma aberração que só poderia ter vindo da Esquerda Festiva Brasileira. Daí a importância da frase em prólogo. Que tipo de verdade é esta da qual só participa um lado da moeda? A presidente da União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas (Unemfa) externou de forma simples a problemática: “Quando não há participação dos dois lados, para mim, é comissão da meia verdade. Vai ser algo que não visa apurar os fatos como eles realmente aconteceram”, disse. Qual o caráter realmente democrático de um grupo político que, ao tornar-se hegemônico, movimenta a lei ao seu bel prazer? Cabe lembrar: todos os integrantes serão nomeados pela presidente Dilma. Trata-se, de fato, de uma Comissão da Meia-Verdade.

E, cá entre nós, o único objetivo de tal comissão é ampliar as frentes de revanchismo contra os militares. Isso fica claro porque a Comissão não terá poder de punir eventuais violadores dos Direitos Humanos. Tudo por conta do (nem sempre presente) bom senso do STF, em abril de 2010 decidiu que a Lei de Anistia, de 1979, não poderia ser alterada para permitir a punição dos beneficiados pela lei. Para desespero dos revanchistas, "XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu", reza nossa carta régia.

Outra questão diz respeito ao período que será investigado pela comissão. Inicialmente a proposta era bastante clara: seria restrito aos anos entre 1964 e 1985. Qualquer semelhança não é mera coincidência. Agora, o período abrange de 1946 até 1985. A pergunta que não quer calar: porque fica de fora o período da ditadura do Estado Novo, tão adorado por esquerdistas e trabalhistas?! Ou não se cometeram infrações aos Direitos Humanos na Era Vargas?!

No discurso, Dilma agradeceu o apoio de dois personagens, Nelson Jobim, responsável por fraudar a Constituição Federal, e Franklin Martins, jornalista adesista, premiado com o cargo de Ministro por seu trabalho na imprensa marrom de defesa do Governo, e reconhecido por ter sido guerrilheiro de esquerda durante o Regime Militar.

Ora, que isenção há numa Comissão destas?! Na opinião deste blogueiro, se é para fazer a devassa, que façamos em toda a história, e não em parte dela, para que os vencedores saiam, sem qualquer contestação, como os "mocinhos defensores da liberdade e da democracia".

O dia em que a carreira de Senna ficou por uma fita.

Sim, por uma "fita" e não por um fio. Claro, foi sempre assim que Airton Senna conduziu sua carreira: no limite das suas capacidades, mas nunca satisfeito, expandindo esse limite sempre que possível.

Pela Fórmula 3 inglesa, na temporada de 1983, um então aspirante à piloto de Fórmula 1 precisava vencer para ser campeão e aumentar as chances de guiar um bólido da categoria máxima do automobilismo mundial. Usando uma manobra ilegal, a equipe de Senna esperava que ele pudesse bater seu arquirrival, Martin Brundle, que estava um ponto à frente dele no campeonato de pilotos.


O blog Jalopnik Brasil, recomentado por este blogueiro, fez uma ótima matéria sobre o fato. Para ler mais, clique aqui.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

100 Dicas de Fotografia

Recentemente, comprei uma câmera semi-profissional da Cannon, mas não digital, uma analógica.

Sou da opinião que as câmeras digitais, pela instantaneidade da visualização, arruinaram as BOAS fotos. E não, as boas fotos não são as melhores poses, ou os melhores Duck Faces. As melhores fotos são, por paradoxal que possa ser, as PIORES. As que você foi pego desprevenido, as fotos com dedão na frente da lente, as desenquadradas... Enfim, sou - e muitos são - da época em que se tiravam fotos para guardar memórias, não para postar nas redes sociais.

Mesmo assim, se você quer tirar melhores fotos, melhores paisagens, tirar o melhor proveito to teu equipamento, aqui vão algumas dicas que encontrei na net. São 100 dicas, das quais selecionei as que achei melhores. As outras você encontra direto no site, que segue no rodapé.

2. Divirta-se enquanto fotografa.

7. Escreva dicas sobre fotografia, porque ao escrever você também aprende.
16. Faça parte de uma comunidade de fotografia.

22. Faça algo diferente para recuperar criatividade.
39. O melhor equipamento é o que você tem hoje.
 
43. O olho move-se para o ponto de contraste

59. Participe de concursos de fotografia

67. Os erros são permitidos! Quanto mais erros você comete, mais você aprende!
71. Fotografe com a maior freqüência possível.

78. Nunca confie no seu LCD. Normalmente, ele é mais nítido e brilhante que a imagem original.

84. Visite o mesmo lugar com a maior freqüência possível. A luz nunca mostra a mesma montanha.

90. Pergunte a você mesmo: O que quer  expressar em suas imagens?

96.  Henri Cartier-Bresson tinha razão quando disse que “Suas primeiras 10000 fotografias são suas piores”.

100. Escreva uma lista com 100 temas que gostaria de fotografar.

Encontre o restante das dicas em Focus Escola de Fotografia. Menção honrosa ao meu amigo Luciano Lessa, grande fotógrafo, hehe.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Dica da Semana: Como limpar seu Notebook

Boa Noite,

Está chegando o verão, e com ele, o sebo e suor nas nossas mãos, hehe. Como adquiri recentemente um novo Notebook, é hora também de cuidar da limpeza dele, para ele durar tanto quanto o antecessor.

Bom, a primeira dica é: prevenir é melhor que remediar. Portanto, nunca use seu notebook enquanto come ou bebe, evitando acidentes com derramação de líquido ou ainda os farelos que, fatalmente, vão se acumular entre as teclas. Importante lembrar que, diferentemente de um teclado tradicional, as teclas do notebook não são removíveis, portanto mais importante ainda é o cuidado para prevenir a entrada de farelo e poeira.

Para a limpeza em si, é importante ter à mão os seguintes materiais:

- Dois panos bem macios, de preferência de microfibra, pois não soltam fiapos;
- Alguns cotonetes;
- Pincel de cerdas BASTANTE macias;
- Um aspirador de pó portátil, ou na falta deste, um aspirador comum, desde que não seja muito potente;
- Uma lata de ar comprimido, que é bastante prática para ajudar na limpeza.

Para começar, é importante desligar o notebook e tirar a bateria. Geralmente é bem simples, mas em caso de dúvida, basta dar uma lida no manual. Caso não o tenha mais, em geral o fabricante disponibiliza uma versão digital do mesmo.

Para a limpeza externa, na parte trazeira da tela e na parte de baixo do notebook, um pano levemente umedecido dá conta do recado. É importante não pressionar demais, pois as telas de LCD ou LED são bastante sensíveis. Depois do pano úmido, o ideal é passar um pano bem macio seco, para limpar excessos.

Para a tela, em geral basta um pano seco e bem macio para limpar a poeira. Caso existam marcas de dedo, pode-se usar um pano LEVEMENTE umedecido, passando com bastante cuidado para não pressionar a tela, em movimentos bem suaves e lineares. Depois, basta passar com cuidado um pano seco e pronto.

O teclado é uma das partes mais chatas. O ideal é passar um pincel com cerdas bem macias, para "varrer" a sujeira que fica entre as teclas. Antes disto, caso você tenha um tupo de ar comprimido, pode passar, com o teclado e o tupo na posição mais vertical possível, para soltar a poeira e farelos que ficam escondidos debaixo das teclas. Depois do ar comprimido e do pincel, o ideal é passar um aspirador de pó, para sugar tais partículas. Pode-se passar um cotonete, seco, ou em caso de necessidade levemente umedecido, entre as teclas para limpar melhor. Para a parte de cima de cada tecla, e do corpo do notebook, basta um pano seco ou levemente umedecido. O ideal é que cada tecla receba uma limpeza por vez, com movimentos suave e sem pressionar demais. Depois, com um pano seco, arremata-se a limpeza.

Para as entradas de cabos, um pincel e cotonetes servem. Também é interessante usar novamente o ar comprimido, para desalojar poeira e outras partículas. Mas atenção: jamais, em hoipótese alguma, coloque nos contatos panos que soltam fiapos ou materiais umedecidos, pois são partes bastante sensíveis do computador. Novamente, na saída de refrigeração, é importante NUNCA usar o ar compromido, pois pode lançar para dentro partículas que podem danificar os componentes do comutador. O ideal é usar um aspirador de pó.

Se a sujeira for muito grossa, uma opção é usar, com BASTANTE cuidado, álcool isopropílico. Esse material tem como característica mínima percentagem de água, o que vai virtualmente eliminar o risco de oxidação de componentes internos, caso ele venha à penetrar no computador.

Vídeo do Baixaki com dicas.

Mas você certamenteachou bem complicado de achar alguns materiais aqui descritos, certo?! Calma. O aspirador de pó e o pano macio são fáceis. O ar comprimido também não é nenhum bixo de sete cabeças. Pode ser facilmente encontrado no Mercado Livre, à preços que variam de R$ 15,00 até R$ 40,00. O álcool isopropílico também encontra-se no Mercado Livre, por até R$ 9,99.

Com essas dicas, tu está pronto para deixar teu notebook sempre brilhando como novo.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os Reis do New Wave: Tears for Fears

A dupla britânica, um dis símbolos do movimento New Wave, tocou em Outubro em Porto Alegre.

Eles mobilizaram a platéia, e tocaram seus maiores sucessos. Em homenagem à eles, vai um dos maiores clássicos.


A música, ao vivo em Porto Alegre:



Everybody Wants To Rule The World

Tears For Fears

Welcome to your life
There's no turning back
Even while we sleep
We will find you
Acting on your best behaviour
Turn your back on mother nature

Everybody wants to rule the world

It's my own design
It's my own remorse
Help me to decide
Help me make the most of
Freedom and of pleasure
Nothing ever lasts forever

Everybody wants to rule the world

There's a room where the light won't find you
Holding hands while the walls come tumbling down
When they do I'll be right behind you

So glad we've almost made it
So sad they had to fade it

Everybody wants to rule the world

I can't stand this indecision
Married with a lack of vision

Everybody wants to rule the world

Say that you'll never, never, never, never need it
One headline, why believe it?

Everybody wants to rule the world

All for freedom and for pleasure
Nothing ever lasts forever

Everybody wants to rule the world

domingo, 13 de novembro de 2011

Games do Passado: Air Raiders

Quem nunca jogou esse jogo, não sabe a tesão que era jogar no provável primeiro game de simulação de vôo. F-16 Falcon? F-22 Raptor? Flight Simulator?

Duvido que alguém não tenha morrido dez vezes até descobrir que tinha que puxar o manche para trás, para ganhar altitude, hehe. Para os gráficos da época, era bastante real, e muito bom de jogar, tu alvejava pequenas esquadrilhas de três inimigos.

Detalhe: o jogo é de 1982. Dê uma olhada e relembre. Com certeza na net tu acha um emulador fácil de Atari, vai ser divertido jogar de novo...


E aí, curtiu relembrar? Ou nunca jogou? Então baixe um emulador e tente. Gostou? Comente!

Invasão na USP e Movimento Estudantil

Ao desocupar, por força de decisão judicial, a reitoria invadida da USP, o que a PMSP e representantes da universidade encontraram foi um cenário de destruição, desnecessário sob qualquer aspecto. Ainda que fossem legítimos os pleitos dos estudantes, haveria necessidade daquele tipo de depredação? Esta questão suscita uma reflexão sobre a invasão, em um primeiro plano, e sobre o movimento estudantil, em outro.


Os protestos que culminaram na invasão da reitoria começaram porque a PM tentou deter três alunos que fumavam maconha nas dependências da USP. Revoltados, os colegas começaram uma confusão para evitar que os três fossem, de fato, detidos e fichados, isto no dia 27 de Outubro. Daí para a invasão da reitoria, foi um pulo. Cabe lembrar que no fatídico dia 27, o tensionamento e a agressão começaram por parte de estudantes que lançaram cavaletes contra a PM. Mesmo assim, os três estudantes concordaram em assinar um termo circnstanciado, sob a garantia de que não seriam fichados nem teriam aberto contra eles um inquérito. Vale lembrar que ainda foram encontrados na reitoria, após a desocupação, sete coqueteis-molotov e alguns sinalizadores, e que jornalistas foram agredidos por estudantes. Isso ajuda, claro, à formar uma visão mais complexa do contexto em que se desenhou e prosseguiu o movimento.

Daí se pode imaginar que uma das "causas" dos revolucionários é, de fato, a questão da legalização da Maconha. Mas aí a primeira incoerência. Se lutam pela (justa causa, vale dizer) legalização da Maconha, deveriam ter orgulho de serem fichados na Polícia, como forma de protesto e desobediência civil. Como pouco estudaram ou aproveitaram de seus estudos, não conhecem a história da Marcha do Sal, o maior símbolo da desobediência civil na história. Ao desobedecerem a lei vigente, Ghandi e seus discípulos aceitaram passivamente as sanções que contra eles impôs o governo colonial britânico, como prova do orgulho que tinham de um ato rebelde. De onde concluem-se que a questão da legalização da maconha não está na pauta dos revolucionários. O que eles querem, mesmo, é fumar maconha sem serem importunados pela PM.

O que nos leva ao próximo tema do dia: o perfil do "revolucionário médio" da USP. A foto de um jovem portando roupas de grife é altamente constrastante com a idéia de uma revolução "estudantil e proletária". Revolucionários de apartamento, só pode. Alguns relatos inclusive davam conta de alguns invasores retornarem para casa para degustarem seus almoços ou jantares quentinhos. Mas quando foi que os revolucionários deixaram de ter a fibra de enfrentaram, sozinhos, a dureza da "revolución"?




Também podemos falar num outro flagrante, o do "Estudante Profissional". Sim, eles existem. Trata-se de Rafael Alves, ex-estudante de Letras, jubilado por estourar o prazo de 7 anos para se formar, perdendo portanto o direito à moradia estudantil, gratuita. Retornando por meio do vestibular, agora postula novamente a moradia estudantil, garantindo-lhe mais um longo período na faculdade para protagonizar a agitação social, vinda sei lá de qual partido. Mas acreditem, existe por trás dele um partido financiando sua agitação social.


Voltamos agora à pauta de reivindicações dos manifestantes. Primáriamente, tratam da desocupação do campus da USP pela PM, ocupação que teve como ponto de partida o homicídio de Felipe Ramos de Paiva, em 18 de maio deste ano. Sobre isto, a mãe de um dos invasores disse que "Saidinha de banco não tem só na USP, tem todo dia, em qualquer lugar. Foi uma fatalidade", em entrevista para o Jornal O Globo. "Os covardes foram com coturnos para tirar 70 coelhinhos que estavam dormindo. Estudante briga, depois fica em paz", disse ainda a mãe, querendo eximir os alunos da responsabilidade sob seus atos. É este tipo de conduta que queremos premiar?! Não me parecem que os estragos da primeira foto sejam produtos de "coelhinhos". O restante da pauta são velhos chavões anti-capitalistas e comunistas, tão profundos quanto um pires convexo. Segundo nota divulgada por pesquisadores da USP, "Ao contrário do que tem sido propagandeado pela grande mídia, a crise da USP, que culminou com essa brutal ocupação militar, não tem relação direta com a defesa ou proibição do uso de drogas no campus. Na verdade, o que está em jogo é a incapacidade das autoritárias estruturas de poder da universidade de admitir conflitos e permitir a efetiva participação da comunidade acadêmica nas decisões fundamentais da instituição. Essas estruturas revelam a permanência na USP de dispositivos de poder forjados pela ditadura militar, entre os quais: a inexistência de eleições representativas para Reitor, a ingerência do Governo estadual nesse processo de escolha e a não-revogação do anacrônico regimento disciplinar de 1972." Ou seja, uma confusão gerada por três guris fumando maconha consegue, vejam só, ser sintonizada com uma Ditadura Militar há 26 anos encerrada. Falharam, também, ao proverem algum tipo de debate ou proposição mínimamente rasoável, para a questão da segurança no campus, que é hoje um tema central da sociedade brasileira, haja visto a crescente violência assistida no país. Na contramão destes pesquisadores, o professor João Carlos Barata acha que "Eles têm uma técnica proposital de fazer assembleias longas e que entram na madrugada. Quando os opositores vão embora, eles votam o que querem".

Isso tudo só reforça a conclusão triste: a galopante pauperização da pauta de debates do Movimento Estudantil no Brasil. A figura abaixo é representativa. Qualquer que seja a publicação isntitucional de UNE/UBES, pode se pensar que trata-se de um mero Ctrl+C Ctrl+V de algum partido de extrema esquerda. O movimento estudantil é hoje incapaz de recletir e fazer um auto questionamento, e no bojo deste processo, apresentar uma produção cultural e política nova, vanguardista.


Pouco, é verdade, poderia se esperar de um movimento tão estanque e autoritário, em contraposição às suas origens pretensamente progressitas e democráticas, quanto o Movimento Estudantil capitaneado pela UNE/UBES, visceralmente ligado aos partidos de extrema esquerda, especialmente o PCdoB, que utilizam-se de toda a sorte de artifícios para manterem o controle ideológico e político da entidade, e transformá-la de uma instituição de históricas lutas para uma chapa-branca pró-Lula. O gov. paulista, Geraldo Alckmin, inclusive declarou que "aula de democracia". Em parte é verdade. Qual a representatividade deste pretenso movimento? Em pesquisa do Datafolha, 58% dos alunos eram favoráveis à permanência da PM no campus e 73% eram contra a invasão da reitoria. Ao mesmo tempo, uma assembléia do dia 1º de novembro, quando os estudantes ainda ocupavam o prédio administrativo da FFLCH, e que encerrava a ocupação, foi ignorado pelos estudantes, que no dia seguinte ainda invadiram a reitoria.

Sobre a desocupação, para o juiz José Henrique Rodrigues Torres, ela foi desproporcional, porém não houve nenhuma lesão mais grave nos estudantes. No mesmo link, segue entrevista de um estudante da História, dando sua versão. Segundo ele, os PMs prenderam estudantes por todo o campus, mesmo que não estivessem na invasão, e reclamou de abusos da política, por usarem algemas, e desocuparem o prédio com o uso da força. Para o juiz, é irrelevante se a versão é verídica ou não. Na opinião deste blogueiro, não existe motivos para que os alunos não sejam tratados pela polícia como qualquer outro detido.

Até onde se legitima o movimento estudantil, mais identificado com a política partidária do que com o interesse do aluno? Qual a representatividade dos poucos que decidem a política dos movimento estudantil? Qual o presente e o futuro de um movimento cada vez mais chapa-branca e cada vez mais acéfalo, sob o aspecto da pauperização das pautas e reivindicações?

EDITADO:

Achei ótimos artigos relacionados e os listo abaixo, pois achei que tinha feito grandes coisas ao escrever o presente artigo e após ler os outros percebi que trata-se de uma porcaria. Minha dica é: não leiam esta josta e passem direto para os links abaixo.

- 8 mentiras que você anda lendo sobre a PM na USP
- Na USP, mais flagrantes de semi-analfabetismo, tráfico e "tempos ÁUREOS da ditadura"