sábado, 29 de outubro de 2011

Com ou sem você

Os rumores sobre o fim do U2 correm soltos. Eles são e foram, certamente uma das mais importantes bandas do Pop e Rock na história. Depois de Them, Thin Lizzy, e ao lado de The Cranberries, eles ajudaram à moldar e internacionalizar o Rock irlandês. A gênese num cenário de conflito religioso e separatista moldaram também a face social do grupo, especialmente Bono Vox, dedicado à trabalhos ligados à erradicação da fome e pobreza no mundo.

Apesar de bem recebidos pela crítica, os dois últimos trabalhos do grupo foram, na opinião deste blogueiro, fracos e sem a tradicional pegada que caracterizou a sonoridade do grupo desde o primeiro álbum. "How to dismantle an atomic bomb" recebeu 4 Estrelas da conceituada Rolling Stone e do All Music Guide, contando com os sucessos Vertigo, All Because of You e Original of Species (a melhor do álbum, na minha opinião). "No line on the horizon" recebeu 5 Estrelas da Rolling Stones, e 3 Estrelas do All Music Guide. Conta com o sucesso de Magnificent.

Mas mesmo com o sucesso de algumas faixas destes dois álbuns, alguma coisa parece claramente perdida na sonoridade e na pegada do grupo. A comparação da coletênea "The Best Of 1980-1990" com o "The Best Of 1990-2000"é clara: uma leve decadência, mas com os álbuns lançados na década de 2000, o que restaria para um "The Best Of 2000-2010"? Pouca coisa, se compararmos a década passada com a primeira década do grupo, efervescente, criativa e bastante única.

Para mostrarmos um pouco daquilo, daquela centelha, quero deixar aqui uma das minhas músicas favoritas do U2. Reluto sempre em dizer que tenho uma banda preferida, mas dentre as preferidas, lá estará U2. Com vocês, "With of Without You", um clássico daquele que é considerado um dos melhores álbuns da carreira dos irlandeses, "The Joshua Tree".


With Or Without You
U2

See the stone set in your eyes
See the thorn twist in your side
I wait for you

Sleight of hand and twist of fate
On a bed of nails she makes me wait
And I wait without you

With or without you
With or without you

Through the storm we reach the shore
You gave it all but I want more
And I'm waiting for you

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you

And you give yourself away
And you give yourself away
And you give
And you give
And you give yourself away

My hands are tied, my body bruised
She's got me with
Nothing to win and
Nothing left to lose

And you give yourself away
And you give yourself away
And you give
And you give
And you give yourself away

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you
With or without you

Ooooooooo
Ooooooooo
Ooooooooo

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you
With or without you

Uuuu
Uuuu

domingo, 23 de outubro de 2011

Rolling Stones e Longevidade.

Os Rolling Stones nasceram em 1962, há 49 anos, e transformaram-se numa das mais aclamadas e importantes bandas do Rock Mundial.

Além do impressionante cartel de hits, da incrível vendagem e da influência gigantesca para a música contemporânea, o que também impressiona é a logevidade da banda. Todas, ou praticamente todas, as bandas importantes que foram suas contemporâneas não existem mais. A mais notável são os Beatles. Mas além de serem longevos, o fazem ainda mantendo um trabalho de alto nível, e com um vigor raramente visto, especialmente nos shows, magistralmente conduzidos pelo Mick Jagger.

Prova dessa longevidade é o álbum duplo lançado em 2002, talvez inspirado pelo "One", coletânea dos Beatles de 2000, "Forty Licks", em comemoração aos então 40 anos de estrada. Neste álbum, além de clássicos como Satisfaction, Brown Sugar, Gimme Shelter e Start me up, foram quatro faixas inéditas, das quais a mais conhecida é "Don't stop", single que rendeu inclusive um clipe.

Mas a música deste Domingo é outra. É a prova de que uma banda pode acompanhar a evolução sem perder identidade. E a identidade é bem presente nessa faixa do álbum. Com vocês, "Stealing my heart".


Gostaram? Então comentem.

sábado, 22 de outubro de 2011

As melhores frases de Túlio Maravilha

Nunca foi um jogador espetacular, mas sempre fez seus golzinhos com impressionante regularidade, o que o fez ser convocado para jogar uma Copa América pela Seleção Brasileira.

Além disso, sempre foi muito polêmico, e abaixo vai um vídeo com a seleção das melhores frases dele. Com vocês, Túlio Maravilha.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Parabéns, Sport Club Internacional

Após mais de quatro anos arrastando um projeto de reformulação do seu Estádio, e em meio à um fatigante processo de negociação de um contrato para realização das obras, o Sport Club Internacional chegou ao auge das suas conquistas: excluiu Porto Alegre da Copa das Confederações.

O Inter descobriu da pior forma que reformar ou construir um estádio exige muito mais que empáfia, mania de grandeza e marketing. É preciso fazer melhor que apenas um vídeo. Todo o processo que envolve a reforma do Beira Rio parece evidenciar o total caos administrativo que levou à perda da Copa das Confederações. Concebido como um marco na consolidação internacional do Inter, enquanto clube e instituição, até agora trouxe mais dor de cabeça do que soluções.

Desde o primeiro momento, era sabido que o Beira Rio, mais de dez anos mais novo que o Olímpico, era mais adequado à receber uma Copa do Mundo, até por ter recebido nos últimos anos investimentos que não foram feitos no Olímpico, porque o Grêmio já planejava mudar-se de estádio e porque a Azenha já não comporta um estádio de futebol daquele porte. Mas desde então já mostrava as caras a empáfia dos colorados. "Não nos interessa o que ele disse sobre o Olímpico. Problema deles."

Gabavam-se, os colorados, que tratava-se de um projeto para ser tocado sozinho, sem apoio financeiro de parceiro algum, como escolhera fazer o Grêmio, eterno rival. A idéia era usar os valores da venda do Estádio dos Eucaliptos, mais os valores conseguidos da venda de 100 camarotes à R$ 1 Mi. Enquanto gabavam-se os colorados, o Grêmio trabalhava sério para erguer sua nova casa. Em Maio de 2007, o Internacional apresentava o projeto Gigante para Sempre. Passaram-se quatro anos e alguns meses, e até agora, de concreto, apenas a demolição de parte das arquibancadas do Beira-Rio.

Foi com grande pompa que os dirigentes do Inter e políticos e imprensa do RS receberam a notícia, em 31 de maio de 2009, de que o Beira-Rio havia sido escolhido como sede da Copa de 2014.

De lá para cá, a pressão da FIFA aumentou, e o Internacional passou à ser quase forçado à encontrar um parceiro para tocar o empreendimento, pois a entidade que controla o futebol mundial exigia garantias para a obra. O Inter insistia que a garantia dos 100 camarotes era suficiente, um acinte à inteligência alheia. De toda a sorte, o Internacional foi obrigado à aceitar uma parceria que tanto criticava ao rival. Porém, passados dois anos, o rival confirmou a parceria e já está erguendo seu novo estádio, enquanto o Internacional derrapa e não consegue concluir a assinatura de um contrato em seis meses.

Em virtude disto, Porto Alegre perdeu a oportunidade de sediar a Copa das Confederações. Então, os colorados que se gabavam de ter um estádio melhor, e depois gozavam que o Grêmio teria um estádio de maquete, ainda depois gabavam-se de ter um estádio com recursos próprios, chamavam o estádio do Grêmio de "estádio de aluguel", estão todos tendo que engolir a empáfia e a mania de grandeza do próprio clube, que até agora custou caro demais.

Por tudo isso, Parabéns, Sport Club Internacional.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

I Drove All Night: Muito além de Pretty Woman

Quando falamos de Roy Orbison, instintivamente a maioria das pessoas vai lembrar de Pretty Woman. O sucesso cult da música deve-se, em grande parte, ao filme homônimo, com Richard Gere e Julia Roberts.

No entanto, a carreira de Roy Orbison foi muito além disso. Tamanho foi o sucesso dele que foi apelidado de "O Caruso do Rock", tendo a admiração de expoentes como os Beatles, Elvis e Bono Vox.

A canção que posto abaixo foi primeiramente lançada por Cindy Lauper, mas logo lançada, postumamente, no álgum "King of Hearts", gravado em 1987, um ano antes do falecimento de Orbison, e lançado somente em 1992. Depois, em 2003, seria regravado por Celine Dion.

A música mostra todos os melhores atributos que caracterizaram a sua carreira: arranjos bem feitos e uma voz poderosa.


Orbison ainda teria um meteórico trabalho com a Superbanda Traveling Wildburys. Outro dia falo sobre isso.

Gostaram? Comentem!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Top 10: o que NÃO fazer com a Restituição do IR

Se você, como eu, é um chinelão guaipeca e não paga Imposto de Renda, ou não terá nada à ser restituído, parabéns. Porém, se você é um magnata e receberá alguns trocados da Receita Federal, leia as próximas linhas atentamente: eis o que NÃO fazer com a grana que você receberá de restituição.

1. Pagar os impostos que você deve
2. Emprestar dinheiro ao Adilson Batista
3. Decorar a rua para comemorar o ouro do Brasil na modalidade Pelota Basca no Pan
 4. Comprar 400 fotos autografadas do Luan Santana para vender quando ele fizer sucesso
5. Apostar no Santos na final do Mundial Interclubes
6. Almoçar num restaurante do Rio de Janeiro, numa mesa de calçada, sobre um bueiro
7. Deixar o dinheiro numa pasta sobre a mesa de alguém no Ministério dos Esportes
8. Comprar o iPhone 5 que o chinês do camelô disse que é um protótipo da Apple
9. Comemorar comendo Baconzitos e tomando Toddyinho
10. Dar uma festa na lanchonete da Gretchen em Miami

domingo, 16 de outubro de 2011

A Segunda Vez

Existem certos tabus que parecem sempre predestinados à permanecerem indefinidamente.

E alguns, mesmo quebrados, permanecem. Não, caro leitor, não estou equivocado. Um destes tabus é precisasmente a escassez de vitórias do Grêmio contra o Santos como visitante. No Campeonato Brasileiro, fora apenas uma, em 1972, 0x1 com gol do argentino Oberti, porém o Santos não jogou na Vila Belmiro nesta data.

Como disse, porém, o tabu foi quebrado em 1999, durante a Seletiva para a Libertadores, quando o Grêmio treinado por Cláudio Roberto Pires Duarte (para o pavor de Pablo Rodriguez), e recheado de craques como Alex Xavier, Itaqui e Zé Alcino venceu o Santos de Paulo "Dr. Conseitush" Autuori, Zetti, Narciso, Gustavo Nery, Claudiomiro, Dodô, Deivid e Marques. Segue abaixo reportagem da época, conforme pesquisa de João Renato Alves:

"Zé Alcino é o nome do jogo na Vila Belmiro
O Grêmio venceu o Santos por 1 a 0, ontem à noite, e garantiu sua permanência na seletiva à Libertadores. Foi uma noite especial, histórica para os gremistas. O Grêmio terminou um jogo sem sofrer gols, algo inédito nos últimos tempos, e conseguiu a sua primeira vitória na Vila Belmiro.

Até a metade do segundo tempo, a impressão era de que o tabu seria mantido. A partida parecia fadada a um empate sem gols. O Grêmio montou uma barreira à frente da área. Ânderson novamente se destacou pela eficiência e precisão nos desarmes. Ao seu lado, Goiano encurtava os espaços e comandava o meio-campo. Ainda havia Gavião, vigoroso na marcação, e Itaqui, voluntarioso. Alex Xavier e Roger venciam os duelos com quem aparecesse nas laterais.

O Grêmio, com esse ferrolho, amarrou o Santos. Não deixou a bola chegar a Dodô. O Santos é um time modesto hoje, depende unicamente da inspiração de seu principal jogador para ameaçar os adversários. Por isso, não ameaçou. Rondou a defesa gremista o tempo inteiro, trocou passes na intermediária, mas não entrava na área. Foi improdutivo e, por isso, irritante. Em alguns instantes, a pequena torcida gaúcha foi mais barulhenta que os santistas.

A alegria dos gremistas só tinha uma explicação: a segurança da defesa, a mais vazada do Brasileirão. O ataque foi inoperante. Agnaldo e Cleison apareceram para o jogo somente quando deram carrinhos ou desarmaram algum adversário. Quem ameaçou para o Grêmio foi Goiano, aos 26 minutos. Driblou dois zagueiros e chutou da entrada da área, assustando Zetti. A produção do Santos foi pior, com conclusões de meia distãncia. O segundo tempo seguiu no mesmo ritmo preguiçoso. Um jogo decepcionante, que mudou somente aos 26 minutos. O técnico Paulo Autuori trocou o zagueiro Andrei pelo centroavante Rodrigão. Cláudio aproveitou e trocou o ataque, dois minutos depois. Colocou Zé Alcino e Magrão nos lugares de Cleison e Agnaldo. Ganhou o jogo

No primeiro lance, aos 30, Zé Alcino quase marcou. Um minuto depois, Itaqui bateu falta e Zetti rebateu. Aos 32, o gol. Magrão recebeu na intermediária e lançou Zé Alcino. O cruzamento saiu perfeito para Itaqui fazer um golaço. O Grêmio tinha ataque e seguiu seguro na defesa. No final, 1 a 0 ainda saiu barato para o Santos.

Santos 0-1 Grêmio
17 de novembro de 1999

Santos: Zetti, Ceará (Marcos Basílio), Narciso, Andrei (Rodrigão) e Gustavo Nery; Claudiomiro, Élson, Eduardo Marques e Aílton (Lúcio); Deivid e Dodô. Técnico: Paulo Autuori

Grêmio: Danrlei, Alex Xavier, Rodrigo Costa, Scheidt e Roger; Anderson, Goiano, Gavião e Itaqui (Capitão); Cleison (Zé Alcino) e Agnaldo (Magrão). Técnico: Cláudio Duarte

Gol: Itaqui, aos 32 minutos do segundo tempo
Cartões Amarelos: Andrei, Itaqui e Rodrigo Costa
Arbitragem: Cláudio Vinicius Cerdeira, auxiliado por Manoel Couto Ferreira Pires e Wilton Alves Malaquias
Local: Vila Belmiro

Matéria de Zero Hora em 18 de Novembro de 1999"

Hoje, em 16 de Outubro, o Grêmio quebra novamente o Tabu da Vila Belmiro, porém em circunstâncias diferentes. Somente na 41ª edição do Campeonato Brasileiro é que o Grêmio consegue, finalmente, vencer o Santos, na Vila Belmiro. A curiosidade do fato é que os dois treinadores que conseguiram tal feito são gauchões e colorados.

Desta vez, num jogo marcado pela aplicação tática da equipe tricolor, e por um Santos desfalcado de seus três principais atletas, Neymar, Ganso e Elano, o Grêmio dominou as ações durante boa parte do jogo, com destaque para o trio de meias, Douglas, Marquinhos e - na opinião deste blogueiro, dos melhores em campo - Escudero. O Santos levava perigo nas bolas aéras, usando da fragilidade da zaga na boa aérea, e ganhou quase todas por cima com o anão Borges. Na segunda etapa, saíram Escudero e Marquinhos para as entradas de Clementino e Adílson, com o que o Grêmio esperava arrefecer o ímpeto do adversário que ameaçava, à todo ataque, marcar gol na bola aérea.

O gol gremista nasceu na primeira etapa, em lance que, numa sobra deixada pelo goleiro Rafael, André Lima dribla o goleiro, que comete pênalty. Coroando uma atuação fraca, mais uma, Douglas bate mal o pênalty, que Escudero completa para o gol no rebote.

De toda a sorte, o Grêmio soma três pontos valiosos na disputa que trava para chegar em lugar nenhum neste brasileiro. E bate um tabu que já duravam 41 verões.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ford Explorer feito de LEGO

A Ford, em parceria com a LEGO, desenvolveu um modelo em escala real do Ford Explorer.

Para criá-lo, foram necessárias 2.500 horas e 380.000 peças, que recriaram até o famoso logo da Ford.

Na reportagem da Carro Online tem um vídeo com o time lapse do modelo sendo construído.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Young, Lynyrd Skynyrd e o Mito da Rixa

A década de 70 viu a ascenção do Southern Rock, com origens estilísticas no Country Rock, no Blues Rock e no Folk Rock. É um sub gênero que combina em geral percussão marcada como o Blues, modo de tocar próximo ao do acústico, e em alguns casos solos mais pesados de guitarra. Freqüentemente as músicas usam sonoridades da música sulista, e mesmo instrumentos, como o Banjo. Os maiores expoentes são The Allman Brothers Band, Lynyrd Skynard, Neil Young, Neil Young, ZZ Top, entre alguns outros.

No turbilhão desse movimento do Southern Rock, que de certa forma foi um ressurgimento do Sul dos Estados Unidos na cena Rock, que havia sido "capturado" pela Invasão Britânica e pelas grandes cidados dos EUA e Inglaterra, surgiu uma rixa controversa até hoje.

Neil Young era um dos maiores nomes do Southern Rock da época, um canadense que flertava com o som sulista, e mesclou isso com um Rock em estado mais puro. Era além de tudo uma época política e socialmente conturbada, ainda com os efeitos das tensões sociais, raciais e políticas daquele período, especialmente num Sul ainda conflagrado em um ambiente de intolerância. Young escrevera duas músicas que tornaram-se polêmicas. "Southern Man" e "Alabama". Em resposta à elas, Lynyrd Skynyrd lançou um de seus maiores sucessos, a conhecida "Sweet Home Alabama".

“Better keep your head
Don't forget
what your good book said
Southern change
gonna come at last
Now your crosses
are burning fast
Southern man
I saw cotton
and I saw black
Tall white mansions
and little shacks.
Southern man
when will you
pay them back?
I heard screamin'
and bullwhips cracking
How long? How long?”

 Para muitos, a música expressa uma visão "caipira"do Sul dos EUA. Nas palavras de Van Zant, do Lynyrd Skynyrd, "Pensamos que Neil estava atirando em todos os patos para matar um ou dois". ParaYoung, a interpretação não era a de generalizar o estereótipo caipira do Sulista, mas demonstrar que as tensões raciais saiam do planoBranco vs. Negro, eacabaram transformando-se na divisão entre Brancos de Primeira Classe e Brancos de Segunda Classe.

“Oh Alabama
Banjos playing
through the broken glass
Windows down in Alabama.
See the old folks
tied in white ropes
Hear the banjo.
Don't it take you down home?”

 Aqui também a dubiedade deu lugar à boataria, de que também tratava-se de uma estereotipização do "branco capipira do Sul".

Em resposta, "Sweet Home Alabama" foi muitas vezes vista como uma música racista, de orientação "orgulho branco". Isso em virtude de trechos que foram, na visão de integrantes da banda, mal interpretadas. Como a que fazia referência ao então governador do Alabama e notório defensor das políticas segregacionistas, George Wallace. "In Birmingham they love the governor. Boo, boo, boo!". A referência à Brimingham é em virtude de uma Igreja queimada, resultado na morte de quatro crianças, e o "boo boo boo" cantado é em sinal de reprovação. É claro que a ambiguidade pode criar confução por entendimento de que trata-se de um endosso da política segregacionista no Alabama. Sobre isso, Van Zant foi direto: "Somos os rebeldes do sul, mas mais do que isso, sabemos a diferença entre certo e errado". Sobre isso, Ross Warner, da Glide Magazine, julgou que a banda havia sido sincera em sua reprovação do segregacionismo: "In fact, the band was quite outspoken about their disdain for Wallace’s policies."

O fato de "Sweet Home Alabama" ser uma resposta às músicas de Young não a tornavam automáticamente um apoio às políticas segregacionistas. Aí, é necessário ver o cinza em meio ao preto e ao branco. A banda acreditava que Young havia, em nome dos Direitos Civis, generalizado o que não deveria.

Para deixar mais coisas nas entrelinhas, Young ainda escreveria nova música, que alguns juram de pé junto fazer referência à rixa. Trata-se da música "Walk On".


“I hear some people been talkin' me down,
Bring up my name, pass it 'round.
They don't mention happy times
They do their thing, I'll do mine.”
Mas os fãs mais xiitas de Neil tem outra interpretação. Eles acreditam que tal música seja uma resposta aos antigos comopanheiros de Young no conjunto Crosby, Still, Nash and Young.
No outro lado da balança, Neil Young chegou à oferecer composições suas para a banda Lynyrd Skynyrd, tais como "Powderfinger!", "Sedan Delivery" e "Captain Kennedy". Inclusive em entrevista à Mojo Magazine, Young declarou que "eles realmente não me colocaram para baixo! Mas, novamente, talvez eles fizeram! (Risos) Mas não de uma maneira que importa. Merda, eu acho que "Sweet Home Alabama" é uma grande canção. Eu realmente executei ela ao vivo algumas vezes." Segundo algumas fontes, Young teria inclusive dito que gostava tanto da música "Sweet Home Alabama" que era uma honra ser citado na canção, não importando qual o motivo de tal citação.
Querem mais uma evidência? Olhando atentamente a capa do álbum "Street Survivor", do Lynyrd Skynyrd, o Ronnie Van Zant (terceiro da esquerda para a direita) está usando uma camisa com a estampa do álbum "Tonight's the night", do Neil Young.



Neil ainda declararia à uma rádio: "Grande banda, Ronnie disse certa vez que eu vou ser maduro sobre o assunto de um jeito ou outro. Ele estava certo." Cada um dos lados nutria um respeito e admiração pelo outro, e isso parece evidente. Porém, os boatos e lendas urbanas nutrem um fascínio dos fãs do Southern Rock em geral e dos dois artistas, de tal modo que, para alguns, sempre haverá a dúvida.

Para finalizar, seguem as três músicas, três ótimas músicas.

Soutern Man - Neil Young

Alabama - Neil Young

Sweet Home Alabama - Lynyrd Skynyrd

Gostaram do post? Gostaram das músicas? Gostaram da história? Comentem.

domingo, 9 de outubro de 2011

O Deus da Guitarra em Porto Alegre

A noite prometia um Show inesquecível. Eric Clapton é possuidor de uma das carreiras mais profícuas do Rock, do Blues e de toda a música em seu tempo.

Guitarrista virtuoso, oscilou entre um Rock pesado e distorcido, e as batidas maneiras Reggae e  do Blues, zona onde mais têm andado ultimamente. Trabalhou ao lado de nomes imortalizados como B. B. King, mas também em bandas que marcaram seu tempo, como Cream, que ajudou à definir a estética do Hard Rock e do Heavy Metal. Também foi nome fundamental para a consagração mundial do Reggae, ao regravar o clássico "I shot the sheriff", de Bob Marley. Mas Clapton é mais conhecido, mesmo, pelo virtuosismo na Guitarra, donde recebeu, ainda precocemente, o apelido de "Deus da Guitarra", quando ainda na déc. de 60, diversas pixações em Londres diziam ao mundo: "Clapton is God".

Voltando ao Show, parti para Cachoeirinha para a casa do grande amigo Felipe Fonseca, de onde partiríamos para a Fiergs. A 116 e o trânsito dentro de Cachoeirinha não ajudaram muito, mas no final não foram desafios à altura do evento. O local, vale dizer, também não estava à altura do evento. O trânsito no local era tenso, mas dentro das possibilidades, a organização do show fez tudo com aparente esmero, de forma que saísse da melhor forma.

O Show de Abertura era com a banda gaúcha Cartolas, que agora pode expor no currículo a honra e glória de abrir um show do Clapton. Só conheço deles "Cara de Vilão", mas gostei da banda, sonoridade boa. O ponto "baixo" do show de abertura foi quando o Fonseca cantou a pedra. O vocal do Cartolas disse que homenagearia um artista brasileiro, e antes que pudesse falar quem, o Felipe disse "não sendo o Chico Buarque tá valendo". Acertou na mosca.

Findado o show do Cartolas, a tensão crescia pela entrada em palco do Clapton e seu staff. O setlist provável indicava a abertura com "Key to the highway". Mas foi deixada para a segunda posição em favor de "Going down slow", um blues mais lento e intimista, e dava o tom de um show bem maus blues do que rock. Já na segunda música, "Key to the highway", Clapton botou mais swing no show.

Foto: ClicRBS.


Homenageando os Deuses do Blues, foi a vez de "Hootchie Cootchie Man", de Muddy Waters, que ele já havia regravado no álbum "From the Cradle", de 1994, em tradução livre, "Do Berço", numa referência ao retorno às origens de um Blues "de raíz". Ótimo álbum. Foi nesta música o primeiro riff que fez a galera delirar. Na seqüência uma música que para este blogueiro foi um dos pontos altos da noite, com riffs de Guitarra, Piano e Orgão. A lenta e intimista "Old Love". Vídeo abaixo.



"Old love, leave me alone
Old love, just go on home"

Depois da animada "Tearing' us apart", foi a vez de "Driftin'" abrir o set acústico, seguida de "Nobody Knows When You’re Down And Out", que segundo o ClicRBS, havia tempos não entrava nos sets dos seus shows. Aí então foi a vez de uma música que fez o público cantar junto o refrão, com "Lay Down Sally".

A vez do novo álbum, "Clapton", chegou com "When somebody thinks you're wonderful", uma música que flerta com a música "broadway", com o evidente piano e sopro, sem deixar de ser um blues.


Aqui foi o momento "baixo" do Show. Quem esperava ansiosamente em ouvir os famosos e poderosos riffs de Layla, topou com uma versão slowhand. Mas ainda assim, é um som de muito respeito.


Retornava finalmente o set rock com clássicos que todos queriam ouvir. Primeiro "Badge", da época do Cream, seguida de "Wonderful Tonight", umas das melhores letras de Clapton, "Before you accuse me", blues de Bo Diddley imortalizado pelo Creedence Clearwater Revival, mais uma homenagem à um Deus do Blues, "Little Queen of Spades", de Robert Johnson, e aqui duas das mais esperadas. Cocaine, música que não poderia faltar num show de Clapton, em sua versão plugada mais famosa, e depois Crossroads, também plugada.

As faltas sentidas, fora a já comentada versão plugada de "Layla", foram "Tears in Heaven", "I shot the sherrif" - sendo que esta, em um determinado momento, parecia que seria tocada, com Clapton ensaiando umma levada reggae, "After Midnight", "Sunshine of your love", uma das mais clássicas do Rock mundial, e na opinião deste blogueiro, "Forever Man", uma das melhores do artista, porém menos conhecida.

Surpreendente foi a qualidade do som, que pelo local do evento eu esperava bem pior, mas foi audível e só em dois momentos o agudo apareceu.

Enfim, findado o show, e diga-se de passagem um belo show, era hora de ir embora, e aí veio novo desafio: sair da Fiergs. Com somente uma saída disponível, o leitor pode imaginar a dificuldade para chegar na rua. Ainda na saída, meio que de longe, consegui dar um grito pros grandes amigos Hermes e Igor, e na rua Vinícius Billy e Eduardo Herrmann.

E, já na rua, encontrei outro grande amigo e sua digníssima, Dyeison "500 pila num camarote e não tenho saldo no celular" Martins.

OK, era hora de ir pra casa. Minhas costas e meus pés já não aguentavam mais. O show prometia ser inesquecível, e cumpriu sua promessa.

Valeu Clapton!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O retorno do Ídolo

Em 1991, cinco anos após deixar o Grêmio, Renato Portaluppi - Gaúcho para os não-gremistas - retornava aos gramados trajando a camisa listrada em preto, azul e branco.

A partida, válida pelo Campeonato Gaúcho daquele ano, era contra o Juventude, e tinha o Estádio Olímpico como palco. A partida findou empatada em 2x2.

Marcava mais uma bonita página na história do clube, escrita por Renato Portaluppi.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Procurando pêlo em ovo

O blog Papo de Homem, altamente recomentado por este que vos escreve e fonte de inspiração deste blog, publicou um muito pertinente post sobre estas chatas de plantão: as Feministas.

Como já havíamos exposto em "O Mundo é Plano", a ditadura do políticamente impera neste país. Qualquer desvio do políticamente correrto é torpedeado até que a opinião naufrague.
"Algo que irrita mais do que cortar o dedo no papel sulfite. Que bater o dedinho na quina da parede. Que moderar comentários do PdH. As feministas veem agressão em tudo! Um homem elogia uma mulher que usa minissaia? Ele quer torná-la objeto. Um macho aprecia a beleza do decote de uma fêmea? Ele é um porco sexista. Um cara diz a uma moça “você é uma gostosaaa“? Ele não a respeita. Se você a chama de “senhorita“, você é um escroto. "

Mal percebem as feministas que travam as batalhas erradas, que gastam pólvora em chimango, que atraem para si e para suas, estas sim, legítimas lutas, muita contradição, controvérsia, polêmica e má publicidade. Sim, as feministas tem suas legítimas lutas. Vale lembrar que as mulheres já precisaram lutar pelo direito de trabalhar, de votar, e ainda no Séc. XXI têm linhas de frente em alguns países, notadamente de cultura islâmica, onde não podem, pasmem, sequer dirigir um carro.


A pergunta que me veio à cabeça: e se fosse o inverso, uma brincadeira onde o homem se utiliza de algum, digamos assim, "truque", para contornar alguma situação difícil ou alguma "pisada na bola", no relacionamento ou na vida? Será que alguma voz se ergueria contra isso? Porque é somente isso que o vídeo faz: uma brincadeira para evidenciar o poder do charme e da sedução de uma mulher, isso fato indiscutível para feministas, machistas e outros istas. Por ser uma brincadeira, deveria ser levada com bom humor e espirituosidade, tudo o que faltou na nota emitida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, conforme abaixo:

"“Hope ensina” é a campanha da empresa que “ensina” como a sensualidade pode deixar qualquer homem “derretido”. Nela, a modelo Gisele Bundchen estimula as mulheres brasileiras a fazerem uso de seu “charme” (exposição do corpo e insinuações) para amenizar possíveis reações de seus companheiros frente a incidentes do cotidiano.
Desde que foi ao ar, no último dia 20, a Ouvidoria, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), recebeu reclamações de indignação a respeito da propaganda e enviou dois ofícios. Um ao Conar, pedindo a suspensão da propaganda, com base nos arts. 19 a 21 do Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária, e do art. 30, II, do Regimento Interno do Conselho de Ética (RICE). O outro, ao diretor na Hope Lingerie, Sylvio Korytowski, manifestando repúdio à campanha.
A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal."
 Faltando bom humor, espirituosidade, sobrou amargura, azedume e disposição para o conflito, e ao dar guarida à exageros e demasias do movimento feminista, a SPM (que na opinião deste blogueiro não deveria nem existir) permitiu que o factóide atraísse somente reações negativas para um movimento legítimo.

E na opinião deste blogueiro, ao mirar na mosca, acertaram no elefante, pois quem costuma se colocar na posição de objetos sexuais são as próprias mulheres, ao desfilarem semi-nuas (para ser generoso) nos Carnavais Brasil afora, ao cantarem e dançarem rebloativamente músicas de qualidade duvidosa e conteúdo lascivo e sexualmente ofensivo às mulheres. É hora de lutar pelas batalhas que podem ser vencidas.

domingo, 2 de outubro de 2011

Foi só um malentendido...

Essa música não representa o auge do hard rock do Bon Jovi. Porém, a música é bem escrita e bem feita, com um toque de bom humor que foi integralmente repassado ao clipe, que é sem dúvida o ponto alto da música.

No clipe, um cara é pego no flagra, pela namorada/noiva/esposa, na cama com outra mulher, e o cidadão então inventa uma história absurda para justificar aqui ali.

Vale à pena ver o vídeo e ouvir a música.


Misunderstood

Bon Jovi

Should I? Could I?
Have said the wrong things right a thousand times
If I could just rewind, I see it in my mind
If I could turn back time, you'd still be mine
You cried, I died
I should've shut my mouth, things headed south
As the words slipped off my tongue, they sounded dumb
If this old heart could talk, it'd say you're the one
I'm wasting time when I think about it


Refrão:
I should've drove all night,
I would've run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words,
Did the best I could
Damn! Misunderstood.


Could I? Should I?
Apologize for sleeping on the couch that night
Staying out too late with all my friends
You found me passed out in the yard again
You cried, I tried
To stretch the truth, but didn't lie
It's not so bad when you think about it


Refrão:
I should've drove all night,
I would've run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words,
Did the best I could
I'm hanging outside your door
I've been here before, misunderstood
I stumbled like my words,
Did the best I could
Damn! Misunderstood
Intentions good!



It's you and I, just think about it...

Refrão:
I should've drove all night,
I would've run all the lights
I was misunderstood
I stumbled like my words,
Did the best I could
I'm hanging outside your door
I've been here before, misunderstood
I stumbled like my words,
Did the best I could
Damn! Misunderstood
Intentions good!