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domingo, 10 de novembro de 2013

Carta Aberta - Ref. Renovação Téc. Renato Portaluppi

Com os últimos resultados do Grêmio, no Brasileirão e na Copa do Brasil, com as notícias que dão conta do encaminhamento de renovação entre clube e treinador, enviei a seguinte Carta Aberta à direção do clube e ao Conselho Deliberativo com a exposição de motivos pelo qual não devemos manter Portaluppi para 2014.

Escrevi em alguns minutos, gostaria de ter incrementado, porém devido ao tamanho já grande, deixei por aí.

"Novo Hamburgo, 10 de novembro de 2013.
A/C
Sr. Pres. do Conselho Deliberativo do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense Milton José Munhoz Camargo
Sr. Pres. do Conselho de Administração do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense Fábio André Koff. 
Na condição de sócio do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, encaminhamos a presente missiva para fazer as necessárias e pertinentes ponderações quanto à renovação com o técnico Renato Portaluppi.
Ao que consta na imprensa, tal renovação está próxima e deve ser acertada nas próximas semanas. Dentre os gremistas sei que os que são contra tal renovação são a minoria, quiçá até a absoluta minoria.
Porém vou expor alguns motivos que sustentam esta ideia.
Por primeiro, gostaria de fazer uma avaliação sobre as escolhas táticas e técnicas do Renato. Quando assumiu o time, teve um começo irregular, errático. Até achar o esquema ideal diante das deficiências de montagem do elenco. Só temos um zagueiro confiável (Rhodolfo) e portanto a necessidade de fortalecer a defesa recaiu sobre nossos volantes. Daí o uso sistemático dos três volantes. E como achou esse sistema? Com as lesões do Zé Roberto, que nunca foi meia de ligação, que abusa dos passes laterais, que é lento e efetivamente produz muito pouco, e do Elano, que da mesma forma nunca foi esse meia de ligação, e que PARECE estar com condição física abaixo da ideal, essa última observação decorrente do fato de que em questão de 30min de jogo ele já não consegue ter o mesmo rendimento física. Renato ACHOU essa formação, que era acima de tudo uma solução de compromisso, pois com 4 estrangeiros acabava ficando alijado nosso único meia de ofício, Maxi Rodriguez.
Renato não ENTENDEU porque o time se tornou mais competitivo, e justamente por este motivo não conseguiu manter o desempenho diante de adversidades. Apostou cegamente no "bumba meu boi", sem um meia e com dois atacantes pesados, Barcos e Kleber.
Na semi-final da Copa do Brasil, não tendo a barreira dos adversários em virtude da suspensão do ataque titular, tendo a oportunidade de jogar com um meia, Maxi, substituiu o Vargas, que na prática vinha fazendo as vezes de meia-atacante, por Werley, mais um zagueiro, deixando os novatos, Mamute e Lucas, absolutamente desamparados. A impressão que tive é que, não confiando nos atacantes, ele optou resguardar-se para segurar um 0x0. No jogo da volta, impelido por um nocivo ativismo panfletário da imprensa e da torcida, que pediu a escalação do Zé Roberto, escalou o atleta contra as suas "convicções" para afagar o ego da imprensa e da torcida e como forma de auto-preservação, colocando seu cargo e sua imagem acima dos interesses do clube.

Mais atrás, em 2011, na final do Camp. Gaúcho, tendo vencido fora de casa o Internacional por 2x3, no jogo de volta, vitimado pela própria miopia, sofremos nada menos do que TRÊS gols de contra-ataque, inclusive um deles marcado por um jogador manco, TENDO a vantagem do "regulamento". Na Libertadores de 2011, empatando um jogo em casa, 1x1, no jogo de ida das Oitavas-de-Final, com um jogador à menos, novamente tomamos um gol de contra-ataque que praticamente sepultou as chances no jogo fora de casa, jogo da volta. De um modo geral, a atuação do Renato em 2011 foi bastante fraca, frágil.
Vale lembrar também o imobilismo, em vários jogos, do treinador quanto à substituições que possam mudar a cara do jogo. Hoje, promoveu alterações somente após os 35min do 2º tempo. Antes que os jogadores pudessem entrar em campo o Grêmio sofreu o segundo gol e limitou drásticamente as possibilidades de reação.

Restam evidenciadas as limitações do Renato enquanto técnico/estrategista.

Por segundo, quero tecer comentários quanto ao caráter megalômano da personalidade do Renato. Ele tem se destacado por declarações polêmicas, quase sempre após situações em que, por erro dele mesmo, o clube teve algum insucesso.
- O famoso episódio da "calça de 400 reais";
- "Comigo ele rende", justificando a contratação do ex-jogador Carlos Alberto;
- "Tem que dar carinho", para os jogadores preguiçosos e desmotivados, caso do Gabriel, lateral que felizmente enviamos para o rival;
- "Não vou perdoar", cobrança pública sobre o imbróglio da contratação do Vinícius Pacheco, jogador de passagem apagada no clube;
- Torneio de Futevôlei em meio à Libertadores;
- Recusa de ir treinar o time no interior;
- "Diziam que o time brigava contra o rebaixamento quando assumi", coisa que nunca foi falado pela imprensa/torcida, e serve para supervalorizar os resultados;
- "Agora tem algum valor", sobre a camisa do Grêmio que recebeu seu autógrafo;
- O episódio do trote;
- "Tenho mais títulos que ele tem de idade";
- "Fui melhor que Cristiano Ronaldo";
- "O Fluminense vai brincar no Brasileirão", quase foi rebaixado;
- "Só não assinei o contrato ainda porque não quis", declaração sobre a renovação dada na coletiva de imprensa hoje, dia 10 de novembro.

Mais uma vez resta evidenciado o pensamento megalômano do Renato, que se acha maior que o clube.
Quero ainda fazer uma ponderação quanto à aposta em treinadores sem tanta vitrine. O Grêmio tem uma experiência própria com o Espinosa, o Felipão, o Tite e o Mano. Mas chamo a atenção para o caso do Cruzeiro, virtual campeão Brasileiro de 2013. Contratou um treinador sem vitrine, sem grife, e montou um time com muitos jogadores sem expressão e alguns jogadores mais caros e experimentados, de forma cirúrgica e pontual. O Grêmio não ganha nenhum título de expressão há 12 anos. Porém parece que, entra ano sai ano, temos medo de arriscar com um treinador sem expressão, com jogadores sem expressão. Não há mais o que temer.
Gostaria de colocar mais ideias, porém esta carta já ficou bastante extensa. Espero ter contribuído com um contra-ponto à ideia dominante de renovação e manifesto publicamente aos srs. meu pedido de que não seja renovado o contrato de técnico com o Renato Portaluppi.
Atenciosamente,
André Roberto Finken Heinle
Sócio Matrícula 141.645"


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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Anatomia de Uma Mão: como jogar contra um Pró!

Se alguma coisa o Poker me ensinou, foi que um raise com Ás high é justo, um continuation bet também. E para por aí quando não se acerta nada no Flop ou Turn.

Veja abaixo uma mão comentada que revela todas as nuances de como se jogar contra um Pró, nesse caso, Thiago Decano.



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quinta-feira, 1 de março de 2012

Barrica na Indy, ou Santo de Casa não faz Milagres...

Rubinho Barrichello é um dos pilotos da Fórmula 1 mais respeitados dos últimos anos. Em fins de 2011, sua parmanência na F1 era duvidosa, fato que acabou por consumar-se, tendo perdido a disputa com Bruno Senna por uma vaga na Williams F1.

Ainda que tenha saído da categoria máxima do automobilismo mundial, Rubens deixa um legado invejável, responsável direto pelo respeito que angariou nas pistas. No longo período que correu pela categoria, tornou-se o piloto com mais Grandes Premios, atingindo a invejável marca de 257 GPs disputados, contando o GP da Turquia de 2008, e atingindo200 GPs durante o Grande Prêmio da Bélgica, de 2010. Encerraria seu ciclo na F1 com 326 Grandes Prêmios, fechando a temporada no Grande Prêmio do Brasil, pela Williams. Segundo a Wikipédia, Barrichello fechou 209 provas na Zona de Pontuação, com 68 pódios (quinto maior número de pódios na história da F1) e 658 pontos, sendo o 7º maior pontuador de toda a história da categoria.

São números assombrosos, sem dúvidas. Antes disto, ele ainda construira uma sólida carreira em divisões inferiores, sendo considerado em sua época imbatível no Kart, com cinco títulos brasileiros, vencendo ainda a Fórmula Opel e a Fórmula 3 inglesa.

Outra prova da reputação que reflete Rubens na Fórmula 1 e no automobilismo mundial foi a presidência da GPDA, a associação que congrega os interesses dos pilotos da Fórmula 1.

Desde que ficou, inapelávelmente, sem carro para guiar na Temporada 2012 da Fórmula 1, Rubens ensaiava um namoro com a Fórmula Indy, e a contratação dele para a Temporada 2011, pela KV Racing, equipe do também brasileiro Tony Kanaan recobra o prestígio dele, tratado como grande contratação e estrela da categoria. Veja a reportagem, clicando aqui.

Foto: Benito Santos / Mpteam,Divulgação

Isso só vem comprovar que o único país onde Barrichello não desfruta e respeito e prestígio é, de fato, em Terra Brasilis, pois no resto do mundo automobilístico, ele é reconhecido como grande piloto. Sim, faltou um título da F1, mas isso não depõe contra ele. Resta torcer para que o Barrica vença na Indy e cale os críticos.


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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Tiago Leifert e o Fim do Jornalismo Esportivo

A televisão brasileira desde sempre pôde ser envergada ao lado das melhores televisões do mundo em muitos aspectos. A teledramaturgia brasileira está entre as melhores, senão a melhor. As transmissões esportivas e o cronismo esportivo encontrou aqui sempre um terreno fértil para a maior paixão esportiva dos brasileiros, o Futebol, e especializou-se à tal monta que o Jornalismo Esportivo no Brasil, na opinião deste blogueiro, pôde ser considerado de alto nível.

Ao contrário de muitas transmissões jornalísticas, no Brasil procurava-se buscar o fato esportivo, o debate destes fatos, ou na pior das hipóteses, a objetividade da notícia. O Placar do Fantástico, com o eterno Léo Batista, narrando ou comentando os gols enquanto eles passavam na tela.

Estreia do Globo Esporte, em 1978:

Gols do Fantástico, em 1998:

Globo Esporte, em 1993:

Em 2010, com a criação do "Central da Copa", programa especial para a Copa do Mundo de 2010, e cujo formato, de certa forma, revolucionou o jornalismo esportivo. Pelo descontraído, pelo uso das tecnologias sociais (YouTube, Skype, Redes Sociais), e acima de tudo pela utilização dessas ferramentas de forma, porque não dizer, brilhante. Era um formato muito adequado ao horário que era apresentado, cuja edição principal das três diárias era à noite, antes do Jornal da Globo. Abaixo, uma amostra do porque o programa foi tão bem sucedido. Ao romper com a rigidez tradicional, talvez tenha o programa alcançado um público tão expressivo, mostrando os bastidores do programa.

Tiago Leifert mostra os recursos tecnológicos do programa:

Os gols "irregulares" da Argentina:

Tudo ia muito lindo e maravilhoso, neste conto de fadas da televisão moderna, quando Leifert apresentou uma proposta de repaginação completa do Globo Esporte, telejornal esportivo consagrado, porém desgastado em seu formato. Em SP, perdia diariamente para as intermináveis reprises de Cháves, gravado quase quarenta anos antes. O argumento de Tiago é que o público daquele horário, estudantes que retornavam das aulas matinais e que se preparavam para as aulas vespertinas, queria ver OUTRO tipo de jornalismo esportivo, mais dinâmico, engraçado. Ao adotar esse padrão, Tiago Leifert tornou-se a sensação do cronismo esportivo, o benchmark, o modelo à ser seguido. E isso deu certo. Finalmente o Globo Esporte reagia e voltava à bater Cháves naquele horário.

E esse "movimento" espalhou-se pelo país inteiro, por todas as emissoras. Não que ele tenha sido o inventor disso tudo. Muitos já haviam tentado essa fórmula, com variados graus de sucesso. O programa da Band "Esporte Total na Geral", com Beto Hora (um dos melhores imitadores do país), a encheção de saco do "Dança Renata", do "Jogo Aberto", da Band (além dos AnimaTunes do programa), e porque não lembrar do "Rock Gol", um dos melhores programas da falecida MTV?

Esporte Total na Geral, em 2005:

"Dança Renata", no programa Jogo Aberto:

O ápice da imbecilização do Jornalismo Esportivo foi, sem dúvida, o tal do "João Sorrisão", promoção da Globo para jogadores que comemorassem gols como o "João Sorrisão", roteirizando o único momento da partida em que o jogador entra em simbiose com o torcedor: naquele momento de euforia e gozo, jogador é também um torcedor. A imbecilização promovida pelo "João Sorrisão" foi tão grande que em dois meses a Globo aposentou o boneco inflável.

João Sorrisão no Globo Esporte:

Mas não tardou para o "Conto de Fadas" murchar, e da mesma forma em que o prestígio e a confiança crescem com a audiência, que é absoluta na TV, eles se esvaem fácilmente. Entre Janeiro de 2011 e Janeiro de 2012, a audiência do Globo Esporte caiu 20%, e isso representa fatias importantes de share e de mídia paga para a emissora. Leifert deixava de ser novidade, e sem conteúdo, a novidade nunca dura. Homens fortes na Globo já denunciavam a "imbecilização" do Jornalismo Esportivo da rede, um dos pontos fortes da mesma, e criticavam a falta de conteúdo. Observe a primorosa reportagem abaixo, sobre o CABELO DO NEYMAR...


Um problema maior surgiu quando um jornalista do GE, Léo Bianchi, mais um daqueles tipinhos "engraçadinhos", levou uma foto de Zé Ramalho, para uma entrevista com Barcos, do Palmeiras, comparado pela aparência com o cantor nordestino. Isso é futebol? Isso é jornalismo? Talvez jornalismo do tipo Caras, Contigo, etc... O mais interessante é que o Barcos acertou em cheio a problemática do jornalismo esportivo atual: "Acho que é pouco sério da tua parte". É pouco sério fazer uma reportagem na qual Daniel Carvalho fala de sua vida pessoal, e não de esporte, e no fim da reportagem ainda come "raspadinha com leite condensado", numa alusão pouco cordial ao peso do atleta.

Como é corriqueiro por parte do Leifert humilhar ou expôr as pessoas, ocorria com a argentina Marina, no "Central da Copa", ocorre quase que diariamente com o ex-atacante Caio, no Globo Esporte, ocorreu com Adriano, ex-atacante do Palmeiras, com Daniel Carvalho, e como foi tentado fazer com Hernán Barcos, que não se dobrou à esse "Circo dos Horrores", assim é o Modus Operandi de Tiago. O episódio com o atacante argentino gerou um, por assim dizer, spin off. Como Editor-Chefe do Globo Esporte, ele se envolveu numa discussão pelo Twitter, ofendendo alguns dos seus mais de um milhão de seguidores com adjetivos do naipe de "otário", "babaca", "retardado" e "tribufú".Veja clicando aqui. Os internautas acusaram, com rara precisão, que o episódio era motivado pela atual linha editorial do jornalístico, comandado por Tiago Leifert. A linha editorial de raspadinhas com leite condensado, fotos de Zé Ramalho, concurso do mais belo jogador é dele.
"Babaca é você seu retardado", respondeu Tiago a um deles. "Não vou em coletiva há três anos. Abaixa a bola aí. Fala na cara o dia que você me encontrar na rua, otário", completou o apresentador global.
Ao ser confrontado, optou pelo pior caminho. Como bem colocou em seu blog o Cosme Rimoli, ele teria outra opção, que era a de se aconselhar com Galvão Bueno:

Não existe ninguém no jornalismo esportivo que foi mais massacrado, humilhado do que Galvão Bueno.

Ele é o melhor narrador do país, sem dúvida alguma.

Só que a sua supexposição e a mania de comentar mais do que os comentaristas pesam contra ele.

Não foi por acaso que foi criada a campanha "Cala a Boca, Galvão".
Mas Galvão se comportou como um gentleman.

Mesmo diante de humoristas de gosto duvidoso como Vesgo do Pânico.

Os atende porque entende a situação.

Tem experiência e vivência para perceber que, apesar de contestado, seu talento é reconhecido.
Este blogueiro não se opõe ao bom humor, ao improviso, ao inusitado, ao engraçado. Mas há momento, espaço e até intensidade para tudo na vida, e não é preciso destruir a credibilidade, o bom jornalismo para isso. Há espaço para tudo na vida, mas quem sabe com algum conteúdo, não é? De mais a mais, o "Inacreditável Futebol Clube" é um quadro que trata de um aspecto do futebol, diferentemente do cabelo e das roupas do Neymar.

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O último piloto brasileiro

Por sugestão do Rodrigo Dias, jornalista do "A Hora" de Lajeado, e blogueiro do Etcetera e Tal e do Cockpit Gaúcho, reproduzo abaixo coluna de autoria de Fernando Svevo e publicada no blog do Téo Jose, no Uol.

Acabou...
Simplesmente vimos o adeus do último piloto, de verdade! Aquele que chora, que tem a emoção à flor da pele, que ama correr mais do que a si próprio. Dinheiro não interessa, apenas o esporte. O sentido da vida é acelerar, mesmo que não consiga chegar em primeiro... Sente o vento, a emoção, a pressão. Aquilo é seu oxigênio.
O último piloto que dividiu uma curva na Fórmula 1 com Senna, Prost e Schumacher, provavelmente os maiores de todos os tempos. Viu esses gênios do melhor lugar, ao lado, dentro da pista. O último que não pede bênção para um assessor antes de falar, que deixa o coração aberto em um meio onde as punhaladas são tão bem calculadas como os carros, que já não exigem como antes.

Pilotou com câmbio manual, pneus de todos os jeitos e viu a morte de perto. Pode não ter levado um título, mas e daí? Button levou, Raikonnen também e nenhum será lembrado com tanto carinho. Suportou brincadeiras e topou tudo com um sorriso no rosto, como se estivesse dizendo: eu faço o que amo, e vocês? O automobilismo brasileiro ficou orfão, de novo, depois de tantos anos.

Foi o último suspiro de uma era. Foi o último que esteve em meio aos maiores...
É possível que descubra fora da pista alegrias tão grandes ou maiores. Filhos, esposa, família. Mas nós, brasileiros, que amamos esse esporte e ainda mais nossos heróis, vamos chorar...
Quem brincou com você vai dizer aos netos o quanto foi grande, importante. Quem sabe, um dia, vão pedir desculpas por tudo o que falaram. Mas quer saber, deixa falar, você é o cara. A cara do Brasil na pista há quase vinte anos, desde aquela curva em 94.

Você assumiu, cedo, novo, a responsabilidade de substituir um gênio. Aprendeu que gênios são insubstituiveis. Assim como você. Choramos juntos as vitórias, nos revoltamos com as ordens tiranas e sonhamos também. Seja feliz, assim como nós fomos. Mas, infelizmente, não podemos desejar o mesmo para o esporte, que não tem mais você...
Obrigado.
Fernando Svevo

Nota do Editor: Aos detratores do Rubens, talvez um dia tenham a chance de se retratar. A oportunidade de reconhecer o momento histórico dele, e reconhecer nele muito mais do que um "perdedor", como gostam de chamá-lo. Talvez um idealista, mas certamente um destemido, um valente, um piloto que dentro das pistas fez por merecer o carinho e respeito de TODOS na Fórmula 1 e no Automobilismo mundial. Sim, fora do Brasil ele é um dos mais queridos e respeitados pilotos da F1. Ninguém, absolutamente ninguém alcança o recorde de Grandes Prêmios disputados ao acaso. Aos poucos, em conta-gotas, doses homeopáticas, os desportistas destemidos e com caráter vão sendo substituídos por modinhas, afrescalhados de cabelos arrepiados, mas que pouco têm à contribuir senão com alguns minutos de fama...

Parabéns Rubens, sua falta será sentida. Parabéns pela brilhante carreira.

sábado, 19 de novembro de 2011

O dia em que a carreira de Senna ficou por uma fita.

Sim, por uma "fita" e não por um fio. Claro, foi sempre assim que Airton Senna conduziu sua carreira: no limite das suas capacidades, mas nunca satisfeito, expandindo esse limite sempre que possível.

Pela Fórmula 3 inglesa, na temporada de 1983, um então aspirante à piloto de Fórmula 1 precisava vencer para ser campeão e aumentar as chances de guiar um bólido da categoria máxima do automobilismo mundial. Usando uma manobra ilegal, a equipe de Senna esperava que ele pudesse bater seu arquirrival, Martin Brundle, que estava um ponto à frente dele no campeonato de pilotos.


O blog Jalopnik Brasil, recomentado por este blogueiro, fez uma ótima matéria sobre o fato. Para ler mais, clique aqui.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Senna: Deus, Mito, Homem

Ontem, dia 21 de Março, completaram-se 50 anos do nascimento de alguém que, por meio do esforço próprio e habilidade inata, metamorfoseou-se de Homem em Lenda e Mito!

Ayrton Senna, era seu nome. Há quem diga tratar-se do maior piloto que a Fórmula 1 jamais vira. Compartilhando o Panteão da Categoria com grandes nomes como Fanggio e Schumacher, é uma afirmação corajosa e difícil.

Certo ou errado, foi um grande piloto, rápido como poucos, arrojado como ninguém mais. E distanciando da velha síndrome de Vira-Lata do brasileiro, ele era confiante. Confiava cegamente na própria capacidade, e desafiava os limites que os mestres que o precederam haviam criado.

Foi um vencedor, em suma. Venceu tudo. Mas não venceu a Tamburello. E esta derrota tornou órfã uma nação inteira, e mais que isso, uma nação multinacional de fãs da Fórmula 1. Perdendo, deixou seu legado, talvez o maior legado que um homem possa almejar deixar: a Imortalidade. O Mito, o Deus, era afinal de carne e osso.

E para finalizar, deixo a frase síntese da vida e da carreira de Senna.

"Em condições normais, corro para vencer e venço. Em situações adversas, também posso vencer. E, mesmo em condições muito desfavoráveis, ainda sou páreo."
Ayrton Senna