terça-feira, 22 de novembro de 2011

Homens que devemos conhecer: Steve McQueen

Ao mesmo tempo em que ícones do nosso tempo foram deixando nosso mundo com níveis mais elevados de estrogênio, ocorreu a ascenção da geração Emo, Metrossexual, dos Almofadinhas. Claro, não estava lá para lhes dar uma lição o nome de hoje: Steve McQueen.


Nascido e criado numa fazenda, lugar próprio para a criação de um homem, passou dois anos no reformatório, até fugir com 15 anos, para fazer bicos como estivador, frentista, marinheiro e outras coisas. Foi apontado como o sucessor de James Dean, o que dá uma idéia do pedigree que acompanharia McQueen até o fim da sua carreira. Sucederia como machão dos cinemas à lendas como Dean e John Wayne, e transmitiria tal honraria à homens do calibre de Clint Eastwood, Sylvester Stallone, Bruce Willis. Isso já dá uma idéia, mesmo que pálida, da relevância dele para o morderno mundo masculino.

Após estrelar a clássica série de TV "Wanted: Dead or Alive", e mais algumas pontas em filmes do estilo Western, foi escolhido para um dos papéis principais no filme "Sete Homens e Um Destino", filme que mais tarde tornaria-se um dos maiores filmes de Faroeste, e que apontaria mais uma lenda para o futuro: Charles Bronson.

McQueen ficou conhecido por rejeitar sempre o estereótipo do galã, mas provou que um homem pode ser considerado bonito e charmoso sem vender sua alma para o Mundo da Moda... Ele mesmo se definia como um "indomável cínico, rebelde e nada bonito", era meio baixinho, e não sabia interpretar outros personagens que não fossem policiais durões e mau encarados. Ficou mundialmente conhecido pelo seu apelido de "King of the Cool". Mas ele tornou-se um icone e não foi por acaso. McQueen era durão por trás das câmeras também. Além de ter feito de tudo nessa vida, de soldado à lenhador, ele recusavaque fosse substituído em suas cenas perigosas por dublês.

Além de ser durão e implacável com os "bad guys" que, invariávelmente, eram seus inimigos nos filmes, Steve era um rebelde e bon vivant. Colecionou carros e mulheres, e isso não é um exagero. Casou-se três vezes, com três mulheres muito desejadas na sua época, a dançarina Neile Adams, a atriz Ali MacGraw e a modelo Barbara Minty, quem finalmente deixou viúva sem se divorciar antes.

Neile Adams:

Ali MacGrew:
 Barbara Minty:

Como dissemos, colecionou carros também, e como herança, deixou cerca de 130 motos e icontáveis Ferraris, Porsches e Jaguares. Largava dias de gravação para pilotar suas belezinhas em pistas de corrida. Seus principais personagens tinham essas paixões como parte integrante da personalidade. O mais clássico foi Frank Bullitt, o policial mais veloz de San Francisco, que caçava implacavelmente seus inimigos à bordo de seu Ford Mustang, no filme "Bullitt". Completam a lista dos indispensáveis filmes de McQueen "Sete Homens e Um Destino", "Crown, o Magnífico" (refilmado em 1999 com Pierce Brosnan), "Os Implacáveis" e "Fugindo do Inferno".

Deixou seu legado também na moda. Sim, o durão sabia se vestir, e soube fazer do seu estilo moda. Por sinal, o Tag Heuer Monaco eternizou-se depois que ele o usou no filme "24 Horas de Le Mans". Mas seu estilo mais clássico era a calça jeans surrada, jaqueta de couro e relógio esportivo.


Mas mesmo sendo durão, McQueen não venceu a maior luta de sua vida. O tal do mesotelioma, ou a "doença do amianto". Morreu com apenas 50 anos, meteóricos mais muito bem vividos, como um dos atores mais bem pagos e mais legendários de Hollywood.

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