É tragicômica a situação do jornalismo esportivo, no Brasil e no RS. Me saltou aos olhos o post do Wianey Carlet sobre o "ufanismo" brasileiro. Abaixo, trecho inicial, grifo meu:
"Nós, brasileiros, somos mesmo imbatíveis na soberba e presunção. Tivemos a petulância de anunciar Santos e Barcelona como sendo o jogo que o mundo esperava para ver. Fizemos pior: colocamos a dúvida: Messi ou Neymar?"
Senão vejamos, acusa alguns de soberba e presunção, mas o que se dirá de uma das comparações mais esdrúxulas já feitas em toda a hostória do cronismo esportivo?! Em certo post, ele foi capaz de perguntar, livre de qualquer ironia, sobre quem seria melhor: Taison ou Messi! Isso mesmo, leitor, TAISON ou MESSI. Não há motivos para maiores explicações. Leia o post clicando aqui.
Agora, o caso mais bizarro e divertudo dos últimos tempos foi a invenção de "Bruno R. Camargo". Criado pela torcida do Grêmio, com base num usuáriodo Orkut que anunciara sua ida para o Olímpico realizar um teste, uma peneira. Daí então, foi criada até página na Wikipedia foi criada, e com alguns e-mails lançados para a imprensa, a notícia se espalhou. Leia aqui.
A pergunta que fica é: onde está o profissionalismo da profissão, a busca de fontes, a busca dos dados? No mesmo lugar de onde tiraram, por uns cinco anos, a contratação dada como certa de Rivaldo pelo Grêmio. Se juntar todas as especulações da imprensa, nos intervalos entre as temporadas, talvez menos de 10% dos negócios sejam concluídos, ou existam. E a maior parte, barrigada da imprensa ou bola de empresário para valorizar jogador.
Que a imprensa possa se repensar diante destes fatos.
Nunca fui muito bom em escrever mensagens de Fim de Ano. Até certa vez escrevi uma bacana, as pessoas acharam que eu tinha copiado de algum lugar. Enfim...
Apesar disso, são sinceros os votos de que todos tenham um Feliz Natal. Que possam passar ao lado daqueles que amam, compartilhando esse especial momento. Que saibam e sintam o verdadeiro significado do Natal, que não é só mais uma data para nos presentearmos mutuamente, mas uma data para reflexão, e para nos tornarmos, de verdade, pessoas melhores. É esse o sentimento que precisa invadir nossas almas.
E 2012, bom, que seja um grande ano. Decepções? Elas virão, com certeza... E alguns fracassos? Também. São os momentos ruins que nos levam de um momento bom ao próximo. O importante é que todos os momentos bons que tivermos possam valer a pena. É essa a maior idéia que posso, por ora, lhes passar. Façam o novo ano valer a pena.
Se 2011 trouxe dificuldades, tristezas, derrotas - embora eu tenha certeza que para vocês e para mim também trouxe alegrias, vitórias -, então o melhor que podemos fazer é aprender algumas lições e começar o novo ano com espírito renovado, com vontade de fazê-lo melhor, de fazê-lo valer a pena. Que o fim de ano possa nos trazer as reflexões daquilo que fizemos, e daquilo que devemos mudar, para melhor.
E, claro, sem esquecer que 2012 lhes tragam muito dinheiro, alegria, mulheres, bebidas, jogos, dinheiro, carros, mulheres, alegrias, vitórias, mulheres, diversão, etc... Hehe...
São os votos deste humilde blogueiro à todos os leitores.
Skid Row estourou nas paradas mundiais, em seu álbum de estréia, com "18 and Life", e pouco depois, com uma música que escreveria o nome da banda na história do rock: "I remember you", tendo esta última alcançado a 6ª posição do US Billboard Hot 100.
Um dos trunfos da banda era o vocalista Sebastian Bach, com sua poderosa, porém suave, e versátil voz. Claro, em meio à várias outras bandas do Heavy Metal, do Hard Rock e do Glam Rock, ele também era um "rostinho bonito", e isso causou boa impressão nos produtores que lançaram o Skid Row. Sobre a música em questão, Bach declarou que "'I Remember You" foi a música nº 1 de bailenos Estados Unidosda América noano de 1990....Você fala sobrefazer as memórias! Literalmentetodo o paísda Américafezsua dançade formatura para'I Remember You' de um ano, e isso é uma memória realmente dura para ser batida".
Pois bem, em 1996, Skid Row e Sebastian Bach seguiram rumos diferentes, e alguns anos depois, a banda lançou uma versão diferente e bem mais pesada música, chamada apenas de "I Remember You Two". As diferenças são gritantes, e vocês poderão ouvir por si próprios.
Versão 1989:
Versão 2003:
Gostaram? E qual versão é a sua preferida? Comente.
Quase todos conhecem a banda Fountains of Wayne por conta da música "Stacy's Mom", por conta do ritmo peculiar (que homenageia The Cars), e do clipe pra lá de bem humorado, mas têm mais de onde veio isso.
Em 2011, eles lançaram seu quinto álbum de estúdio - Sky Full of Holes -, descrito por Michel Hanh, critico de música do The Guardian, como "um sommais calmo, a texturadominantesobrepostade guitarraacústica comelectricassilenciadas".
A faixa que abre o cd é ótima, chama-se "The Summer Time", tem uma levada mais rápida, muito boa.
Mais uma da série "A língua é o chicote da bunda". Pode parecer coisa de caso pensado, mas não passa de uma mera coincidência, que seja este o centésimo post, e que a sua mensagem tenha tando simbolismo.
É neste dia, 15 de Dezembro, que há quinze anos, o Grêmio conquistava o Campeonato Brasileiro de 1996. Na época, ainda o time do contra, dos bandidos, dos brucutus, que batiam sem dó nem piedade, e que recebiam as salvas de tiros de 11 em cada 10 cronistas esportivos do centro do país.
Como pode se ver no vídeo abaixo, que é auto-explicativo (mas explicaremos assim mesmo): Rivelino comentando que a Portuguesa estava mais próxima do empate, do que o Grêmio do gol que lhe daria o título, no exato instante em que uma bola despretensiosa é chutada para a área lusitana. Na sequencia, Ailton marcaria o gol do título.
Parabens, Grêmio, Bi-Campeão Brasileiro de 1996.
E parabéns à este humilde blogueiro, pelo centésimo post, e obrigado aos três leitores que ainda me agüentam.
Em 14 de Dezembro, ainda em 2010, o Internacional enfrentava e era derrotado pelo TP Mazembe, clube do antigo Zaire.
Não importa o que digam os amigos colorados. O Mazembazzo foi um dos maiores fiascos futebolísticos da história. Na opinião deste blogueiro, o maior de todos. Explico.
Primeiro, futebol fora da América do Sul e Europa não existe. Não existe e ponto. Por mais que clubes Mexicanos, Japoneses e Árabes possam contratar jogadores de ponta, lhes falta a cultura da competitividade e de futebol.
Segundo, porque o Mazembe é representante do futebol do Congo, antigo Zaire. Em 1974, na Copa do Mundo, eles deram mostras ao mundo de qual era o nível do seu futebol. Mas podiam compreender as regras. A BBC disse tratar-se de um "Show of shame". Num dos piores momentos, em tiro livre em favor do Brasil, os jogadores africanos acreditavam que, após o apito do árbitro, qualquer jogador poderia chutar a bola. Veja.
Terceiro porque a confiança no título era tão grande, que a torcida colorada já falava em vencer a Inter de Milão, sem nem ter passado à final, e o "alentaço" antes da viagem para Abu Dhabi foi uma grande mobilização. Também vazaram na internet fotos da camiseta, já pronta, comemorativa ao Título de 2010. Infelizmente não achei ainda a foto. Curiosamente, um mês antes do certame o site da Fifa anunciava o Inter Campeão das edições de 2006 e 2010 do torneio.
E em quarto, deixar de ir à final do Mundial, num torneio em que só existem dois continentes, perdendo inapelávelmente para o escrete africano, sem mesmo uma tímida reação, fazem deste episódio o maior fiasco do futebol mundial.
Vale, então, lembrar algumas brincadeiras com o episódio.
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Quer ver mais? Clique aqui. Não gostou? É porque ainda faltam mais 24 parcelas da CVC...
Percebi que só andava postando músicas em inglês, e acabei me deparando com esta daqui...
Trata-se de uma das melhores obras de uma das melhores bandas (não, não fiquei louco) do Mundo. Engenheiros do Hawaii têm uma longa trajetória de grandes sucessos, e músicas recheadas de significados, referências histórias e literárias, e até filosóficas.
Em "A Revolta dos Dândis", do disco homônimo de 1987, não foi diferente. A música faz referência ao livro de Alberto Camus, "O Passageiro", escritóri e filósofo existencialista franco-argelino. A letra sempre deixa transparecer a indecisão, sempre a idéia de estar entre dois pontos. "Entre um rosto e um retrato, o real e o abstrato, entre a loucura e a lucidez, entre o uniforme e a nudez". Também o existencialismo em "Eu me sinto um estrangeiro, passageiro de algum trem, que não passa por aqui, que não passa de ilusão".
Consolidou a carreira da banda em nível nacional, com um álbum tão bom quanto o primeiro (no qual constavam sucessos como "Toda forma de poder" e "Longe demais das capitais"), com a formação original, tendo na line-up Humberto Gessinger, Carlos Maltz e Augusto Licks. Abaixo a versão acústica do álbum Acústico MTV.
A Revolta Dos Dândis I
Engenheiros do Hawaii
Entre um rosto e um retrato, o real e o abstrato
Entre a loucura e a lucidez,
Entre o uniforme e a nudez
Entre o fim do mundo e o fim do mês
Entre a verdade e o rock inglês
Entre os outros e vocês
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Entre gritos e gemidos, entre mortos e feridos
(a mentira e a verdade, a solidão e a cidade)
Entre um copo e outro da mesma bebida
Entre tantos corpos com a mesma ferida
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Entre americanos e soviéticos, gregos e troianos
Entra ano e sai ano, sempre os mesmos planos
Entre a minha boca e a tua, há tanto tempo, há tantos planos
Mas eu nunca sei pra onde vamos
Eu me sinto um estrangeiro Passageiro de algum trem Que não passa por aqui Que não passa de ilusão
Que o Leandro Damião é craque, isso todo mundo já sabe.
Ele reúne qualidades que somadas tornam um jogador num craque. Faro de gol, força física, vontade e entrega de sobra, coragem para disputar a bola, e muita qualidade, apesar do que muitos possam pensar por conta do seu grande oportunismo como jogador de área, como é evidenciado nas suas carretilhas, dribles e bicicletas. Veja o vídeo abaixo.
Por tão cedo na vida ter sua independência financeira, admiração de muitos, propostas milionária, seria de se imaginar que ele estaria deslumbrado e muito interessado em viver sua vida com todos os prazeres que o dinheiro pode comprar. Mas não Damião. Apesar das comemorações e declarações polêmicas, ele mostra grande caráter e virtude, em muitas situações que a vida, neste pouco tempo de carreira profissional, pôde lhe interpor.
Quase todo grande jogador, ao ganhar seu primeiro grande contrato, fatalmente vai aparecer desfilando um carro importado e alguma loura siliconada. Damião ainda está junto com a sua namorada antiga, antes de despontar para o futebol. Como muitos de vocês poderão pensar, ela não corresponde aos padrões - digamos assim - ocidentais de beleza. Mas isso não parece importar para Leandro. Da última vez que tive notícias, eles iam casar, ou já estão, mas isso não importa porque aqui não é o Blog da Caras nem da Contigo. Diferentemente de alguns grandes craques, e outros nem tanto, Damião mostra correção no trato profissional, com seu clube e colegas, e na vida pessoal também.
Enquanto muitos fecharão sua carreira com a pecha de "traíras", "desagregadores" e "mau caráter", Damião começa bem a carreira, e se continuar jogando sempre o que está jogando, vai escrever seu nome na história do futebol, mas o fará com estilo e marca de quem têm caráter.
Pelo futebol que apresenta, objetivo, forte, vigoroso, e pelo caráter que demonstra, Damião tem toda a minha admiração. Parabéns à ele, que a nova geração possa ter nele um espelho...
Numa madrugada, neste exato dia, há 28 anos, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense entrava em campo, num distante Estádio Nacional de Tóquio, do outro lado do Mundo, para escrever seu nome no Olimpo do Futebol.
Não poderia deixar esta data em branco, obviamente.
Nesta data, em 1996, a Seleção Brasileira de Futsal enfrentava, e vencia, a Seleção Espanhola e sagrava-se Pentacampeã de Futsal.
Achei este vídeo no Globoesporte e decidi postá-lo pela memória que representa: Choco, Vander, Manoel Tobias, e grande elenco, dos tempos em que o Futsal era tri, com Enxuta, Banespa, Perdigão, Ulbra, e porque não, Internacional, e com a participação daquele que seria e será, até segunda ordem, o maior jogador brasileiro - e quiçá mundial - de Futsal: Manoel Tobias. Da época em que a bola era menor, mais pesada e não picava. Da época em que goleiro aguentava cada pedrada.
Enfim, o Futsal continua tri, continio torcendo pelos gaúchos, mas aquela foi, sem dúvida alguma a Era de Ouro do Futsal.
Torneio de Poker, Deep Steck R$ 60,00. Quem curte um Poker, entre os três leitores, compareçam. Vai ser divertido. As vagas são limitadas à 70 inscrições.
Nunca tinha baixado filmes, e comecei justamente pela curiosidade neste filme.
"Onde os fracos não têm vez" é um Bang Bang do Séc. XX, retratado em uma pequena cidade do Texas, nos anos 80, cuja história retrata uma espécie de "triângulo" de tiroteios entre o xerife local, um vetereno local do Vietnã, e um psicopata assassino à mando de mafiosos traficantes. Num ambiente de tradicionalismo e imobilidade cultural, a história é retratada sob o pano de fundo da "modernidade" da guerra das drogas.
Depois de achar a cena de um tiroteio sem sobreviventes, no meio de um deserto, Llewelyn Moss recolhe uma valise com centenas de milhares de dólares, e isso é o estopim da história. Trata-se de um pacato ex-combatente do Vietnã, que passa seus dias caçando pelas redondezas da sua cidade, no Texas, e cuja esperteza e astúcia vão se mostrar fortíssimas aliadas na empreitada. Seu antagonista, Anton Chiguth, é representado por um louco enigmático com uma arma absolutamente estranha, e cuja atuação é próxima do fenomenal. O trio é completado por ninguém menos que Tommy Lee Jones, interpretando um desmotivado xerife local, cuja monótona vida é violada pela perseguição de Anton contra Llewelyn.
O filme impressiona pela capacidade de manter a tensão no ar em todos os momentos, deixando sempre o suspense tornar o filme pesado e denso. A astúcia de perseguidor e perseguido torna a trama um embate de titãs, e certamente arrebatará o espectador para a torcida à favor de um deles.
O ponto alto do filme é o final, que mostra um enredo mais complexo do que se pudera inicialmente imaginar.
Como resultado, o filme foi um sucesso de público e crítica. Indicado para oito Oscars, venceu quatro, entre eles Melhor Diretor e Melhor Filme, Indicado para Palma de Ouro, dois Globos de Ouro (indicado para outros dois), Indicado para três Screen Actors Guild Award, vencedo um deles.
Por tudo isso, é o filme que hoje recomendamos à todos. Já vira? Gostara? Odiaram? Comente, compartilhe.
A Heineken é reconhecida como uma das melhores cervejas da sua categoria, é a terceira maior indústria cervejeira do mundo, e como se nada disto bastasse, tem algumas das melhores e mais criativas propagandas da televisão mundial.
Uma destas séries brinca com eventos importantes da cultura pop mundial, e como a Heineken participou destas situações.
Heineken e o nascimento do Scratching:
Heineken e o nascimento do Lighter:
Heineken e o nascimento da Macarena:
Heineken e o nascimento do estilo dos Rappers:
Heineken e o nascimento do sinal da Paz:
E como "Bonus Track", outra das mais bem boladas propagandas de cerveja da história.
Obs. Inútil: Notar, no fim desta propaganda, o aviso de proibição de venda de álcool para menores de DEZESSEIS.
Às vezes, quando demonstro admiração pelo trabalho e legado de Roberto Campos, jocosamente apelidado pela esquerda festiva de "Bobby Fields", as pessoas me olham com desconfiança e espanto.
Sua obra possue a habilidade e discernimento para pensar o presente e o futuro que os fãs atribuem à Karla Marx. Não obstante, até o presente momento nenhuma das "previsões" de Marx chegou à ocorrer, relegando-se este à mera categoria de poeta - enquanto colega de Nostradamus - ou ainda de pensador social. Como Economista, fracassou fragorosamente, fato que seus adeptos negam-se à aceitar.
Como forma, talvez, de auto-afirmação, à cada crise do capitalismo, surgem de novo os Profetas do Apocalipse, às gritas de que, finalmente, o Messias tenha acertado: é o fim do Capitalismo. E o sem fim, na verdade, do fim.
"Poucas coisas têm sido mais profetizadas que o fim do capitalismo. Parafraseando Mark Twain, pode-se dizer que as notícias de sua morte são algo exageradas. Se duas lições a história nos ensina é, primeiro, que a história não é dialética: “o socialismo não sucedeu ao capitalismo”, para usar a expressão de Daniel Bell. E, segundo, que a crise do socialismo parece hoje mais séria que a do capitalismo."
Acerta em cheio, Campos, ao colocar que a crise do Socialismo é mais séria do que a do Capitalismo, eis que o Estado do Bem Estar Social europeu está entrando em colapso, fruto exatamente deste monolitismo e da falta de sistemas de incentivos que pudessem dinamizar as economias européias.
"Nenhum dos dois sistemas hoje existe, obviamente, em sua forma pura, o que torna os termos “capitalismo” e “socialismo” simplificações duvidosas. Mas não se deve exagerar a convergência dos dois sistemas. As “economias de mercado” são perfeitamente diferenciáveis das “economias de comando”, ainda que as primeiras tenham absorvido graus intensos de intervenção governamentais e as segundas comecem a admitir os sinais do mercado no tocante a preços incentivos. Isso é dramaticamente perceptível nas zonas de confrontação: Alemanha Ocidental versus Alemanha Oriental, Coréia do Norte versus Coréia do Sul, China Continental versus Taiwan, e assim por diante."
Da mesma forma, é comum ver por aí análises simplificadoras do tipo "preto e branco", ignorando a existência de matizes de cinza. A China Popular não é um estado comunista em estado puro, como os Estados Unidos não são um estado capitalista liberal em estado puro. Mas existem matizes de mercado e estado em ambos.
Enquanto rui o Welfare State europeu, o Espantalho sobrevive: não importam as análises frias, interessa culpar o Capitalismo, o Liberalismo, as Grandes Corporações. Mas nunca o responsável único pela problemática européia: o Estado que gasta demais e que interfere demais na economia.
Novamente, neste artigo de 1981, Roberto Campos mostra característica que permearia sua obra, e que consolidaria no seu livro "A lanterna na pôpa". Escolhido à dedo o nome do livro, Campos alegaria que de todos os seus trabalhos consideraria-se uma "lanterna na pôpa", incapaz de iluminar o caminho à frente, sempre iluminando o caminho já percorrido, sem conseguir mobilizar suas idéias.
Para o bem do país, que possamos, ao menos, aprender com os caminhos iluminados pela Lanterna na Pôpa...
Todos, ou quase todos, adoram super carros. Cada fábrica desperta nos seus fãs os mais carnais desejos, e a fé absoluta de que eles são, de fato, os melhores.
Uma das fábricas que chega próxima de permitir aos seus fãs o acerto em sua fé é a Automobili Lamborghini S.p.A., de onde saem alguns dos mais desejados modelos de superesportivos do mundo. Um deles, o Lamborhini LP 670-4 SuperVeloce Murcielago SV, foi matéria do programa Mega Fábricas, do National Geografic Chanel.
Não é preciso dizer muito sobre ele. Um superesportivo que substituiu, com sucesso, o Diablo, que usa o lendário V12 da Lamborghini, que é produzido artesanalmente por alguns dos melhores "artesãos automotivos" do mundo, só poderia ter uma legião de fãs fiéis.
Em 2011, este modelo foi descontinuado em favor do Lamborghini Aventador.
Assista então ao documentário. Se gostar, comente.
De tempos em tempos, o mundo da música é sacudido impiedosamente pela formação de algum SuperGrupo de Rock.
Mantendo a tradição que os antecederam, Chad Smith (do Red Hot Chili Peppers) e Joe Satriani (aclamado como um dos mais virtuosos guitarristas da sua geração, e quiçá da história) juntaram-se à Sammy Haggar e Michael Anthony, ambos ex-Van Halen, para formarem um grupo de inusitado nome: Chickenfoot. Enquanto o símbolo da banda faz referência ao símbolo da paz, descrito por alguns como uma "pata de galinha", a origem real do nome trás referência às palavras de Smith durante as jam sessions com Hagar e Anthony (Satriani entraria para o grupo posteriormente, antes da gravação do álbum de estréia): "there are three talons on a chicken’s foot and there [were] three of us." Em tradução livre, "há três garras num pé de galinha, e aqui temos nós três". De toda sorte, o nome seria provisório, mas acabou tornando-se permanente.
A banda namora o Hard Rock, usando o que há de melhor nos elementos do conjunto, e flertando com Blues Rock. Para conhecermos melhor o som, posterei faixa do álbum "Chickenfoot III", sugerida pelo amigo Felipe Fonseca. Com vocês, "Come Closer".
O blog Radar Online (sim, da revista Veja, e azar o seu se tu não lê) trás no dia de hoje uma surpreendente notícia.
Está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara um Projeto de Lei que torna obrigatória a flexão de gênero para "nomear profissões pou graus de diploma". Ou seja, assassinar o português usando o termo "Presidenta" será obrigatório.
E tudo porque? Porque nossa gloriosa "Presidenta" quer afagar seu próprio ego e o ego das mulheres. Chega à ser acintoso que além de propôr uma Lei grotesca destas, nossos deputados e senadores percam tempo com mesquinharias tão grandes quanto esta. O projeto é da ex-Senadora Serys Slhessarenko, do PT do Mato Grosso.
Adivinhem quem será o relator? Sim, senhores, ele mesmo, Paulo Maluf.
Como no caso da reforma ortográfica, este blogueiro continuará usando da desobediência civil, escrevendo CORRETAMENTE, independente do que diga a lei.
Completaram 13 anos, dia 21 de novembro, de uma das partidas mais épicas que o futebol brasileiro e mundial já viu.
Após uma das arrancadas mais espetaculares da história, saindo da última posição, para uma épica classificação na última rodada. Após tal exaustiva campanha, chegavam os comandados de Juarez à última rodada, precisando vencer e dependendo de resultados paralelos para estar entre os oito clubes que disputariam as Oitavas de Final. Minuto à minuto, os resultados alteravam a classificaços. Num minuto o Grêmio estava classificado, e no outro não estava mais. E de novo, repetidas vezes. Estávamos com um olho no Olímpico, e outro nos jogos de Cruzeiro e Juventude, Goiás e Vasco, Paraná e Flamengo, Coritiba e Internacional. O Grêmio ainda sai na frente, sofre a virada, mas consegue forças para reagir, virar a partida e terminar com o placar de 4x2. Veja como foi, minuto à minuto.
16:07 – Perigo. Cruzeiro faz 1 a 0 no Juventude.
16:08 – Alegria. Grêmio faz 1 a 0. Cruzeiro e Grêmio estão classificados.
16:21 – Goiás faz 1 a 0 no Vasco. Grande vibração no Olímpico.
16:30 – Cruzeiro faz 2 a 0. A vaga dos mineiros está quase garantida.
16:31 – Susto: José Aldo Pinheiro, da Rádio Gaúcha, grita gol da Ponte Preta. O Olímpico treme de felicidade, mas o árbitro anula o gol e o sofrimento volta.
16:37 – Paraná faz 1 a 0 no Flamengo. Tudo dando certo para o Grêmio.
16:50 – Intervalo dos jogos. Cruzeiro e Grêmio seguem classificados.
17:07 – Coritiba faz 1 a 0. A situação do Inter se complica ainda mais. Festa no Olímpico.
17:22 – Paraná amplia. Gremistas festejam mais um gol.
17:25 – Silêncio no Olímpico: Evandro empata o jogo. Grêmio está fora.
17:26 – Vasco empata e segue na luta. Tudo ruim para o Grêmio.
17:30 – Pavor. Alexandre faz 2 a 1 para a Portuguesa. Alguns torcedores do Grêmio já deixavam o estádio. Em Minas Gerais, festa da torcida do Galo.
17:36 – Esperança. Gol do Grêmio. Rodrigo Mendes empata o jogo.
17:39 – Goiás faz 2 a 1 no Vasco. A torcida grita “Grêmio, Grêmio”.
17:44 – A torcida pede e Celso Roth coloca Tinga em campo.
17:52 – O Inter encerra sua participação no campeonato.
17:53 – Euforia. Zé Alcino marca o terceiro e coloca o Grêmio mais uma vez entre os classificados.
17:56 – O presidente Cacalo, desesperado, pede o final da partida.
17:57 – Volta a tensão. Luisão empata o jogo e o Vasco só precisa de um gol para se classificar.
17:58 – Fim de jogo em Goiás. O Vasco está fora. O Olímpico enlouquece.
17:59 – Gol do Grêmio. Zé Alcino faz 4 a 2. Gremistas se abraçam e gritam.
18:00 – O Grêmio está classificado para a próxima fase do Campeonato Brasileiro.
Grêmio 4-2 Portuguesa
12 de novembro de 1998
Grêmio: Danrlei, Walmir, Scheidt, Ronaldo Alves e Roger; Otacílio, Fabinho, Goiano (Zé Alcino) e Itaqui (Robert); Rodrigo Mendes e Zé Afonso (Tinga). Técnico: Celso Roth
Portuguesa: Fabiano. Alexandre Chagas, César, Émerson e Augusto; Simão, Ricardo Lopes (Alex), Alexandre (Ricardinho) e Evandro; Evair (Cezinha) e Leandro. Técnico: Candinho
Gols: Augusto (contra) aos 2 minutos do primeiro tempo;, Evandro aos 15, Alexandre aos 20, Rodrigo Mendes aos 26 e Zé Alcino aos 42 e 48 minutos do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Goiano, Otacílio e Rodrigo Mendes (G); Ricardo Lopes e Alex (P)
Árbitro: Luciano Almeida, auxiliado por Rogério Oliveira e Jorge Paulo Gomes (DF)
Público: 11.914 pagantes
Local: Estádio Olímpico, Porto Alegre
Com este prólogo, o Grêmio receberia, em casa, o então líder do Brasileirão (enchaveamento olímpico, o 8º enfrenta o 1º, o 7º enfrenta o 2º, e assim por diante), o Corinthians e Hicks Muse e Excel Econômico. Perderia a partida por 0x1 e levaria na bagagem, para São Paulo, poucas esperanças de classificar-se, pois era preciso vencer a partida, não importando o escore, para forçar o terceiro jogo, que seria também em São Paulo.
O escrete gremista estraria em campo assim: Danrlei; Walmir, Scheidt, Rodrigo Costa, Roger; Fabinho, Otacílio, Goiano (Robert), Itaqui; Rodrigo Mendes, Zé Alcino (Clóvis). Com todas as dificuldades, o Grêmio enfrentava um adversário poderoso de igual para igual. E com dois golaços, de dois renegados, Itaqui, em cobrança perfeita de falta, e Clóvis, num voleio digno de Bebeto, o Grêmio forçava a terceira partida. Incrédulos os torcedores Corinthianos, para quem um empate garantiria a vaga nas Quartas de Final. Veja o compacto do jogo, abaixo.
Ao mesmo tempo em que ícones do nosso tempo foram deixando nosso mundo com níveis mais elevados de estrogênio, ocorreu a ascenção da geração Emo, Metrossexual, dos Almofadinhas. Claro, não estava lá para lhes dar uma lição o nome de hoje: Steve McQueen.
Nascido e criado numa fazenda, lugar próprio para a criação de um homem, passou dois anos no reformatório, até fugir com 15 anos, para fazer bicos como estivador, frentista, marinheiro e outras coisas. Foi apontado como o sucessor de James Dean, o que dá uma idéia do pedigree que acompanharia McQueen até o fim da sua carreira. Sucederia como machão dos cinemas à lendas como Dean e John Wayne, e transmitiria tal honraria à homens do calibre de Clint Eastwood, Sylvester Stallone, Bruce Willis. Isso já dá uma idéia, mesmo que pálida, da relevância dele para o morderno mundo masculino.
Após estrelar a clássica série de TV "Wanted: Dead or Alive", e mais algumas pontas em filmes do estilo Western, foi escolhido para um dos papéis principais no filme "Sete Homens e Um Destino", filme que mais tarde tornaria-se um dos maiores filmes de Faroeste, e que apontaria mais uma lenda para o futuro: Charles Bronson.
McQueen ficou conhecido por rejeitar sempre o estereótipo do galã, mas provou que um homem pode ser considerado bonito e charmoso sem vender sua alma para o Mundo da Moda... Ele mesmo se definia como um "indomável cínico, rebelde e nada bonito", era meio baixinho, e não sabia interpretar outros personagens que não fossem policiais durões e mau encarados. Ficou mundialmente conhecido pelo seu apelido de "King of the Cool". Mas ele tornou-se um icone e não foi por acaso. McQueen era durão por trás das câmeras também. Além de ter feito de tudo nessa vida, de soldado à lenhador, ele recusavaque fosse substituído em suas cenas perigosas por dublês.
Além de ser durão e implacável com os "bad guys" que, invariávelmente, eram seus inimigos nos filmes, Steve era um rebelde e bon vivant. Colecionou carros e mulheres, e isso não é um exagero. Casou-se três vezes, com três mulheres muito desejadas na sua época, a dançarina Neile Adams, a atriz Ali MacGraw e a modelo Barbara Minty, quem finalmente deixou viúva sem se divorciar antes.
Neile Adams:
Ali MacGrew:
Barbara Minty:
Como dissemos, colecionou carros também, e como herança, deixou cerca de 130 motos e icontáveis Ferraris, Porsches e Jaguares. Largava dias de gravação para pilotar suas belezinhas em pistas de corrida. Seus principais personagens tinham essas paixões como parte integrante da personalidade. O mais clássico foi Frank Bullitt, o policial mais veloz de San Francisco, que caçava implacavelmente seus inimigos à bordo de seu Ford Mustang, no filme "Bullitt". Completam a lista dos indispensáveis filmes de McQueen "Sete Homens e Um Destino", "Crown, o Magnífico" (refilmado em 1999 com Pierce Brosnan), "Os Implacáveis" e "Fugindo do Inferno".
Deixou seu legado também na moda. Sim, o durão sabia se vestir, e soube fazer do seu estilo moda. Por sinal, o Tag Heuer Monaco eternizou-se depois que ele o usou no filme "24 Horas de Le Mans". Mas seu estilo mais clássico era a calça jeans surrada, jaqueta de couro e relógio esportivo.
Mas mesmo sendo durão, McQueen não venceu a maior luta de sua vida. O tal do mesotelioma, ou a "doença do amianto". Morreu com apenas 50 anos, meteóricos mais muito bem vividos, como um dos atores mais bem pagos e mais legendários de Hollywood.
A campanha do Grêmio em 2011 é pior do que decepcionante. É brochante. A convergência de tudo o que é lamentável no futebol, de tudo o que é errado, resultou num ano perdido, e num 2012 potencialmente perdido por antecipação.
As explicações são muitas, mas num aspecto geral, o problema é Institucional. O Grêmio simplesmente está à deriva, não sabe para onde quer chegar, e nem como quer chegar. Resume-se à montar plantéis que satisfaçam aos anseios de uma torcida que só quer saber de Grife, de Nome, de Currículo, e pior ainda, de jogadores que destoem completamente da Filosofia de Futebol que históricamente foi parte indelével do clube. Relfexo disso é a contratação de atletas como Souza (conhecido por declarar que "raça é coisa de cachorro"), por € 3 Mi, Carlos Alberto, Kleber Cotovelo, e Vagner Love.
A criteriosidade foi substituída pela grife, pela "faceirice", pelo "miguxismo". Daí conclue-se que o problema não é Celso Roth, mas o descompasso que existe entre a Filosofia de Trabalho de Celso Roth, pautada sempre pela montagem de elencos fortes na defesa, equipe combativa, jogadores de força física e disciplinados táticamente, e a Filosofia de Futebol sob a qual foi montada a equipe do clube e na qual está impregnado o clube enquanto instituição, que é exatamente a filosofia da grife, do medalhão consagrado, do futebol ofensivo e técnico. Não é coincidência, portanto, que à cada temporada as especulações girem em torno de jogadores para o setor ofensivo, apesar da fragilidade absurda por que passa o sistema defensivo do Grêmio. Tampouco que que estejam no elenco do clube pelo menos meia dúzia de medalhões, e que destes, a maioria mais atrapalhe que ajude. Lúcio, Rodolfo, Edcarlos, Gabriel, Rochemback, Douglas. Destes, o único que se salva, às vezes, é Douglas. Lúcio, Rodolfo, Edcarlos e Gabriel perderam a condição de titularidade, e Rochemback sempre que entra mostra que deveria jogar na reserva.
É claro que com Roth nem tudo são flores, e o trabalho dele neste ano é realmente decepcionante. Mas quem dentre os treinadores pode trazer de volta ao clube esta filosofia de futebol que é, ou deveria ser, indelével ao clube? Entendo que, além de Roth, apenas Felipão e Dunga. Sim, Dunga, o colorado, assim como Ênio Andrade, com quem levantamos nosso primeiro caneco de importância. Nos últimos seis anos, pouquíssimos treinadores conseguiram fazer um trabalho consistente, mesmo que deficiente, como o Roth. Dentre eles, cito Mano Menezes, que não volta para o Grêmio, por óbvio, o próprio Renato, que é "verde" e não corresponde à filosofia que o clube precisa, e acho que pára por aí.
Isto posto, desafio qualquer um à sugerir um treinador que possa substituir Roth, de verdade. Sem ser os mesmos fracassados de sempre: Adílson Batista, Caio Jr., Autuori.
Cabe agora, á direção do clube, uma definição de caráter institucional, que ao que tudo indica não ocorrerá. Respaldar Celso Roth, e substituir esta política de futebol acintosa e fracassada que adotamos desde 2009. Substituir o descompasso entre Treinador e Instituição, pela convergência entre o Clube e a sua história.