domingo, 29 de abril de 2012

Trilogia de Armas e Rosas

Quando Guns N' Roses entraram em estúdio para criar o álbum duplo Use Your Illusion I e II, poucos poderiam imaginar a megalomania em que esta empreitada iria se transformar. Fazer um álbum duplo já é algo impressionante, dada a quantidade de material que é preciso escrever e compor, mas o Guns estava no auge de sua fúria criativa.

Naquela altura, a banda já havia deixado de abrir shows de bandas maiores, e já tinha amealhado algum reconhecimento, com importantes Hits como Nightrain, It's So Easy, e os mais famosos, Sweet Child O 'Mine, Welcome To The Jungle e Paradise City, do primeiro álbum, Apetite for Destruction, além de Patience e I Used to Love Her, de G N' R Lies, seu segundo álbum.


Para uma banda deste tamanho (à época), parecia loucura criar um álbum duplo, mas eles tinham material, eles tinham ousadia, e eles ainda não tinham chegado no auge. Nem de longe... Quando o álbum duplo foi lançado, estava claro que ali estava uma banda grande, e aaquela pequena banda que abrira shows do Iron Maiden, Rolling Stones e Aerosmith agora tinha seus shows abertos por Skid Row, em sua Use Your Illusion Tour, uma dantesca trajetória pelo mundo que duraria quase três anos.

Juntamente com essa interminável turnê, não paravam se serem lançados Singles, um atrás do outro, num total de DEZ, quase todos líderes nas paradas, todas devidamente acompanhadas por sucessos absolutos nas paradas de clipes da MTV. Com esse Carnaval de Clipes, Guns N' Roses deixou um sólido legado pra a Sétima Arte, muito além das trilhas sonoras, pelo menos duas, Knockin' On em Heavens Door em Dias de Trovão e You Could Be Mine, em Exterminador do Futuro II.

Falo, sim, da trilogia de clipes que a banda fez e que intrigaram - e ainda intrigam - fãs pelo mundo inteiro. Foram três super-produções assinadas pelo renomado diretor de clipes, Andy Morohan, que dentre outros trabalhos, dirigiu quase todos o clipes de A-Ha e George Michael. A trajetória iniciou em setembro de 1991, com o lançamento simultâneo do single e do clipe de Don't Cry, passou por meados de 1992, com a liberação de single e clipe de November Rain, e ao final de 1993, com Estranged lançada já com a banda virada em chapéu velho depois de tão exaustiva turnê.

Os clipes nunca foram devidamente "explicados" pela banda, mas o pouco que se sabe é que a história contada nos clipes não têm nada à ver com as letras das músicas, e que falam do relacionamento de Axl com Erin Everly, e baseado no conto Without You, de Del James, que nunca foi escritor e hoje trabalha como assessor de Rose. O próprio Axl estrela os clipes, escritos por ele, com sua então namorada, a super-modelo Stephanie Saymour. Estes são os fatos, senhores, o resto é especulação, charlaiada e tergiversação. E como este blogueiro adora charlar e tergiversar, bem, vamos ao que interessa...

1 - Don't Cry (1991)


A primeira parte da trilogia é uma colha de retalhos, confusa, difícil de tirar algo que valha. No olhar do bebêna banheira, Axl surge caminhando na neve com um revólver na mão, e após isso a cena de briga com a namorada, arma empunho. Corta para um agradável convescote com a moça, sobre o próprio túmulo, vejam só vocês. Nesse momento, passa um cortejo possívelmente fúnebre, e em seguida, a cena do casal embaixo d'água, afogado, na seqüência Axl debatendo-se para acima da superfície. Depois, sua esposa flagra Axl flertando com uma moçoila, junto ao piano, em algum restaurante caríssimo, e as duas brigam, daquelas brigas de mulher, puxão de cabelo e tudo.

Aí aparece Slash, provavelmente bêbado e de saco cheio, em seu carro possante ao lado de outra moçoila, desesperada, e atira seu carro do precipício. Não satisfeito, ele retorna ao topo, para a estrada, de saco cheio para tocar seu solo despretensioso, mas não sem antes jogar junto sua guitarra.

Após isso, Axl aparece no hospital, e seus dois espíritos encarando-o, quando um enche o saco e vai para dentro do espelo. No meio disso tudo, Guns N' Roses fazem um show épico no alto de algum prédio. Após ganhar alta, vai se tratar com a terapeuta, e ainda haveria tempo para ele chegar numa limousine preta, com a ajuda de uma bengala para caminhar, e visitar seu próprio túmulo, sob o qual fica um bizarro Axl Rose verde e tremilico. No fim, o bebê de olho azul retorna com o olho verde.


Tá, e alguém vai perguntar, "mas o que isso tudo significa?". Axl têm dois amores, mas precisa optar entre uma delas, e nesse processo, uma parte dele morre, representada pelo túmulo que ele plácidamente usa para seus piqueniques e visitas casuais, e as brigas e a corrida para o abismo são as dificuldades do caminho. Ou não, sei lá, é um clipe bem doido.

2 - November Rain (1992)


A seqüência da trilogia é menos confusa, mas contada em ordem não cronológica. O clipe mostra um Axl insone, atormentado pelos fatos que serão revelados ao longo do clipe. A despedida de solteiro com toda a turma, inclusive com a noiva, Stephanie. Durante o casamento, o bestman Slash esquece-se da aliança, sendo salvo por McKagan. Por causa disso, ele enche o saco e dá sai despretensiosamente da Igreja para tocar um solo, e já volta. O mesmo Axl, sem sono, dá uma caminhada na rua, e continua lembrando da Recepção aos Noivos, onde a chuva interrompe a festa. Corta a cena para o velório e enterro de Stephanie, e a cena que encerra o clipe é o Buquê da noiva sendo jogado, e caindo sobre o caixão.

No meio disso tudo, um concerto com pompa, circunstância, orquestra, regente e Slash quebrando o protocolo e solando de pé, em cima do piano de Axl.


Achei que esse clipe é bem mais direto que Don't Cry, pelo menos é o que deixa transparecer, porque ele parece ser um prelúdio para Estranged.

3- Estranged (1993)


O gran finale se dá em Estranged, cuja abertura é a definição de "Ilusão", seguida de cenas com balanços movendo-se ao vento. A SWAT se prepara então para invadir a mansão de Axl, encontrando um anfitrião aparentemente anestesiado e assustado, lembrando de cenas de sua infância. Depois de um show, no backstage, a alma de um dorminhoco Axl deixa eu corpo para fazer uma reflexão e aproveita para tomar uma ducha.

Depois, todos deixam a mansão de Axl trajando branco, sob os olhares de policiais, enquanto definições de "Alienado" surgem na tela. Durante isso, muitas cenas de crianças. Enquanto todo o equipamento do show é levado ao avião, surgem golfinhos bizarramente saindo do compartimento de carga. Estes golfinhos levam Axl para o Rainbow Bar and Grill, o mesmo local da despedida de solteiro. Mais uma vez, aparece solando, inesperadamente, Slash...

Corta para a cena de um gigantesco cargueiro, lá do alto saltando para o mar aberto, Axl, ignorando a ajuda que lhe ofereceu o cara do navio, jogando de volta a boia que lhe lançou. Quase afogado, ele têm novo contato com os golfinhos, que após instantes o levam à tona novamente. E eis que neste instante surge quem, das profundezas do oceano? Slash, com sua guitarra encharcada tirando mais um solo. Mas o cabelo e cartola permanecem secos. E chega a "cavalaria", a Guarda Costeira, que resgata Axl à força. Tudo se termina com o tênis de Axl chegando ao fundo do mar, passando na tela a definição de "Desilusão", e a mensagem "Perca sua Ilusão".


No último filme, os balanços ao vento representam a solidão,as crianças e as memórias da infância são a inocência perdida, de um Axl solitário e recluso em seu palacete. Golfinhos espirituais o guiam de volta para o começo de tudo, o Rainbow Bar and Grill. É aí que Slash enche o saco e vai lá pra fora tocar um solo despretensiosamente. Nesse momento, após profundas reflexões, Axl decide se matar atirando-se de um navio cargueiro, mas novamente surgem os golfinhos espirituais lhe mostrando que a vida valia a pena, levando-o à tona de novo, para ver um messiânico Slash ficar de saco cheio de novo, e emergir das profundezas do oceano para fazer um solo despretensioso.

The End.

Tá, e daí?!

O que eu achei que tudo significa? Que Axl teve de escolher entre duas chinocas para casar, mas isso o atormentou até o ponto em que a matou no dia de seu próprio casamento. Com isso, após o fim das investigações, a SWAT invade sua casa para prendê-lo, e depois de depurar tudo isso, ele decide se matar, mas nesse processo, percebe que a vida ainda vale à pena, se arrepende e volta à tona para viver de novo...

Se você não concorda com tudo que eu disse acima, é porque provavelmente nada do que disse faça sentido. Mas então, o que afinal significa essa trilogia maldita? Quer saber o que eu acho que realmente significa? Significa que Guns eram uma das maiores bandas do momento, eram (e são) megalomaníaco, que deram emprego para um escritor de meia-tijela, para um diretor renomado, gastaram milhões para produzir três clipes épicos, à altura do Álbum Duplo que haviam lançado, recheado de grandes canções. Nada mais do que isso...

Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.


sábado, 28 de abril de 2012

Separando os Bebedouros

Durante muito tempo após a Guerra de Secessão Americana (ou a Guerra Civil), que opôs escravagistas do sul e abolicionistas do norte, os EUA ainda conviveram com a segregação racial, o que constitui uma mancha gravíssima na história de quem se intitula a "Terra da Liberdade". Todo esse sistema segregacionista era suportado pelas chamadas "Leis de Jim Crow", adotadas por cada estado da federação, e que entre outros absurdos, identificava locais para uso esclusivo de brancos, e outros exclusivo de negros.

Bebedouros separados para Negros e Brancos.

Entre 1876 e 1965, quando foram abolidas pelo Civil Rights Act, as Leis de Jim Crow vigorara naquele país, envegonhando quem se pretende um defensor da Liberdade. Com a adoção do Ato dos Direitos Civis, pôs-se têrmo à um intrincado sistema estadual de segregação racial que se espalhou pelo país. Neste momento, os Estados Unidos iniciaram, primeiro tímidamente, uma série de Ações Afirmativas, com o intuito de emparelhar as oportunidades de um segmento da sociedade americana recém trazido à uma série de direitos civis, em comparação àqueles segmentos que já se beneficiaram sistematicamente do sistema segregacionista. Um intento certamente bem intencionado.

Como nos Estados Unidos, o Brasil criou e está aperfeiçoando um sistema de Ações Afirmativas, em benefício de cidadãos negros ou mestiços, dentre os quais o de maior vulto são as chamadas Cotas Raciais. Para suportar tal idéia, seus defensores argumentam que faz-se necessário para que a população de origem negra possa ter acesso aos direitos e oportunidades que lhes foram, século após século, negadas. O que, mais uma vez, constitui-se num intento de imaculada inteção. No entanto, pretendemos colocar alguns pontos nos "is", uma vez que qualquer discussão sobre tal assunto parece viciada entre "conservadores racistas" versus "minorias ambiciosas de benefícios".

Primeiro, é importante que façamos uma distinção entre os Estados Unidos dos anos 50, e o Brasil no alvorecer do séc. XXI. Enquanto os EUA tiveram um extensivo sistema de segregação, tal situação jamais aconteceu no Brasil se forma institucionalizada. Aos incautos que possam citar o Escravagismo no Brasil, é importante lembrar que, apesar do mesmo estar ligado à questão do negro, tratou-se de situação circunstancial: houveram escravos de todas as etnias, mas majoritariamente negros em virtude de entrepostos comerciais portugueses na África que adquiriam escravos de "senhores da escravidão" daquele continente, em geral líderes negros de tribos rivais que aprisionavam seus oponentes. Portanto nunca houve uma legislação que indicasse alguam etnia enquanto cidadãos de segunda classe. Além disso, qualquer estatística séria há de comprovar que o Brasil é um país muito mais multi-racial do que os EUA, pelo menos em termos étnicos. Enquanto lá os Brancos perfazem quase 80% da população, a etnia Negra ocupa a terceira posição (com cerca de 12% dapopulação), atrás inclusive de Hispânicos, que possui 15% dos cidadãos americanos. No Brasil, o quadro é inverso. Apesar de os Brancos ainda serem maioria (ao contrário da crença popular), com 47%, Pardos enquadram-se em 43% da população, e os Negros apenas 7%. A conclusão óbvia é que o Brasil é mais miscigenado do que negro. Estas duas conclusões, uma social (a inexistência de sistemas segregacionistas legais) e outra demográfica (o Brasil não é um país negro, e sim um país miscigenado), comprovam que a situação no Brasil e nos EUA jamais poderia ser comparada.

É claro que casos de racismo ou discriminação ocorrem e ocorrerão, e devem ser punidos, claro, mas sem a gritaria generalizada dos movimentos negros. No entanto, o Brasil é um país que históricamente demonstrou convivência pacífica entre diferentes etnias, destarte um ou outro caso pontual. Neste aspecto, leis de cotas raciais tendem à cumprir papel diverso daquele à que se propõe. Ao invés de reduzir tenções raciais, que em GRANDE parte já pareciam superadas, vai trazê-las à tona novamente, mexendo em velhas feridas, principalmente naquelas que ficam dentro das pessoas, no seu íntimo. Ao invés de ensinar tolerância à um branco que eventualmente venha à perder sua vaga para um estudante negro em virtude das cotas, corremos o risco de que o primeiro alimente sentimentos pouco nobres.

Vale dizer que existe um amplo embate acadêmico entre um grupo que defende as Ações Afirmativas como um amplo sucesso, e um grupo que questiona este sucesso. Nos EUA, vantagens numéricas para diferentes etnias são proibidas pois a Suprema Corte daquele país, ao contrário do nosso STF, declararam tais meios ilegais, inconstitucionais (não entrando no mérito, claro, das diferentes escolas de direito que formam o arcabouço de EUA e Brasil). Lá, as Universidades usam meios diferentes, como recrutadores com metas para o ingresso de estudantes oriundos de minorias. A diferença é abismal: nenhum negro ingressa numa faculdade sem que tenha tido nota maior que um branco. No Brasil, o inverso ocorre freqüentemente. Estudantes brancos com maior nota podem perder a vaga para um estudante negro com menor nota. A conseqüência é que não estamos captando estudantes baseados em sua excelência, e o resultado disto para nosso já combalido sistema educacional pode ser desastroso. Em contraposição, o sistema de metas adotado nos EUA ao menos busca os melhores estudantes negros, aqueles que possam manter um nível de excelência, e não dando-lhes uma espécie de handicap. É oportuno lembrar que a pobreza e a educação de baixa qualidade não atinge apenas estudantes negros. Nas camadas sociais mais desfavorecidas, tanto brancos quanto negros desfrutam de um sistema educacional pauperizado e falido, incapaz de dar à estes estudantes educação de qualidade semelhante à que um estudante, negro ou branco, de alguma escola particular de renomada qualidade. Neste caso, salta aos olhos a possibilidade que alguns sistemas de cotas de algumas universidades pode permitir que um estudante negro de classe alta, bem educado, furtar a vaga à algum estudante branco de baixa renda, cuja educação tenha se dado em alguma escola pública de baixa qualidade.

Nos EUA, um dos acadêmicos que combatem a idéia de "sucesso" das Ações Afirmativas é Walter Williams, que em vídeo (clique aqui para ver) explica: "Vamos ajudar o indivíduo D hoje, punindo o indivíduo C hoje, por que o indivíduo A de ontem fez ao indivíduo B de ontem".

No Brasil, tais Cotas parecem ter sido adotadas por três aspectos fundamentais: a) como forma de tapeação para mascarar um sistema educacional absolutamente falido, incapaz de bem educar nossa população, e por meio disto dispôr do único real meio de equalizar oportunidades de ingresso em boas universidades públicas, a educação; b) como forma de pôr em prática uma parcela da agenda da esquerda, corrente política dominante em nosso país; c) como forma de operacionalizar a agenda privada de um movimento de minorias que busca para si vantagens, assim como qualquer movimento social organizado.

I have a dream that one day down in Alabama, little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.

I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.
- Martin Luther King Jr.

Para além dos RESULTADOS das Cotas Raciais, gostaria de focar naquilo que considero realmente essencial, em oposição ao que é acessório. Em seu famoso discurso, em 28 de Agosto de 1963, no Lincold Memorial, Martin Luther King Jr. enfatizou a necessidade de serem abandonados todos os sistemas legais que separavam e classificavam o cidadão americano em função da cor da sua pele, como forma de acabar com o acintoso e vegonhoso sistema que separava bebedouros para brancos e bebedouros para negros, como aquele que mostramos em foto no início do artigo. Ao retomar este sistema no Brasil, estamos mais uma vez "separando os bebedouros", classificando os cidadãos brasileiros não conforme seu caráter, seu mérito ou seu valor, mas sim conforme a cor da sua pele, e por meio da institucionalização este sistema, institucionalizando o racismo, a segregação racial e fomentando - quando deveriamos erradicar - o racismo e a discriminação no seio de uma nação já acostumada à diversidade racial e tolerância étnica.

Embuídos de um espírito nobre, o STF porém excede os limites da sua função. Conforme o ministro Luiz Fux, a "construção de uma sociedade justa e solidária impõe a toda coletividade a reparação de danos pretéritos perpetrados por nossos antepassados adimplindo obrigações jurídicas”. Ou seja, o julgamento das Cotas Raciais no STF deu-se por inclinação pessoal ao "que é Justo", e não ao "que é constitucional", este último o verdadeiro papel do Supremo Tribunal Federal. Se é inconstitucional que eu use a cor da pele de um cidadão para separar o uso pelo mesmo de um ou outro bebedouro, porque seria constitucional que o estado segregue a população por cor da pele para dar à uma parcela uma vantagem, indevida, vale dizer, um handicap, de modo que um vestibulando de menor nota tome a vaga de um vestibulando de maior nota.

Está aberta a Caixa de Pandora, senhores. No Brasil, passados quase 50 anos do Civil Rights Act americano, que extinguiu a Separação dos Bebedouros, chegou a nossa vez de retomar esta repulsiva e racista prática. Chegou a nossa vez se Separarmos, ORGULHOSAMENTE para alguns, nossos Bebedouros.

Fontes:



Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Top 10: Hits Esquecidos dos Anos 90

Um dia desses, chegou à mim uma lista com os Tops da Parada da Billboard, nos EUA, durante a década de 90.

Pensem qual não foi a minha surpresa ao descobrir que o hit "MMMBop", dos Hanson, chegara ao Topo das Paradas em MIL NOVECENTOS E NOVENTA E SETE!!! Para mim, quando falam "dez anos atrás", ainda penso nos anos noventa.

Seja como for, pensei que nos 90's houveram muitos hits que hoje certamente ninguém mais lembra. Por conta disso, elaborei este Top 10, com os Hits Esquecidos dos Anos 90.

10. OMC - How Bizarre

Com a décima posição, fica How Bizarre, da banda neo-zelandesa de Pop Rock e Hip Hop OMC, que conseguiu sucesso efêmero, conquistando o Disco de Ouro com seu único álbum, "How Bizarre", e com o single homônimo, o topo das paradas nos EUA, Nova Zelândia, Irlanda, Canadá, Áustria e Austrália. Um clássico.


09. Ace of Base - All That She Wants

Além de um arrebatador sucesso, chegando ao topo das paradas em pelo menos dez países, esse Electronic Pop com pegada reggae sempre me faz lembrar um clássico episódio de South Park, "Prehistoric Ice Man", que fica congelado de 1996 até 1999, quando é localizado e descongelado. Para "mostrá-lo ao público", eles recriam um "habitat natural" de 1996, do qual faz parte esta música. O episódio pode ser visto clicando aqui, e abaixo nossa nona posição.


08. Spin Doctors - Two Princes

Nosso oitavo lugar não chegou ao topo em muitos países, mas aposto que todo mundo conhece, e tornou-se um clássico, mais famosa em terras brasileiras por ter feito parte da trilha sonora de alguma temporada de Malhação.


07. New Radicals - You Get What You Give

New Radicals é nada mais do que a banda de Gregg Alexander, polivalente música que compôs todas as músicas deste grupo de curta existência. Com esse Power Pop, conseguiram dar o ar da graça, pelo menos como One Hit Wonder. Na verdade, uma boa música, com ar retrô e letra de contestação social, lançada em 1999, mas que poderia ter sido em 1993, ninguém notaria a diferença.


06. Bloodhound Gang - Bad Touch

Para chegar à sexta posição, a banda Bloodhound Gang teve de usar muita irreverência, à começar pela letra, que usa os programas de vida natural do Discovery Chanel pra um inteligente, controverso e grudento refrão. Com esse Electronic Rock, a banda alcançou sucesso instantâneo, mas também a pouca honrosa 11ª posição no ranking dos 50 Clipes Mais Controversos.


05. Scatman Jonh - Scatman

Parece improvável que um artista com formação do Jazz, com mais de 50 anos completados, pudesse fazer sucesso na cena do Eurodance, em alta em meados dos anos 90. Pois esse simpático senhor de bigode conseguiu mais do que isso. Além de colocar mais de uma música nas paradas, foi agraciado com o Prêmio Annie Glenn da American Speech–Language–Hearing Association e incluído no National Stuttering Association Hall of Fame. Isso porque Scatman John era gago, e usou isso em seu favor se especializando no Scat Singing, uma vertente do Jazz, e neste single a letra era incentivadora dos portadores de disfemia.


04. Chumbawamba - Tubthuping

Com um nome desses, é difícil de acreditar que uma banda chegue à algum lugar. Bem, não é possível dizer que eles realmente chegaram, mas com esse One Hit Wonder, eles conseguiram chegar à nosssa quarta posição. Impossível não se lembrar do refrão "I get knocked down, but i get up again".


03. Haddaway - What is Love?

Essa música representa muito mais do que um mero hit, mas praticamente um estilo musical inteiro. O fato é que essa música fez muito sucesso em meados dos anos 90, com um ritmo bem dançante e um refrão muito fácil de ser memorizado. Uma das coisas que essa música mais me lembra é o filme "Os estragos de Sábado a Noite", com Will Ferrell e Chris Kattan. Veja aqui uma compilação com cenas do filme.


02. Joan Osborne - One of Us

Presença constante em qualquer Coletânea da década que se preze, esse Rock com guitaras ao estilo Neil Young foi um sucesso estrondoso, porém único, dessa cantora. Mas ganhou nossa segunda posição.


01. 4 Non Blondes - What's Up

E com a primeira posição, ficaram as morenas do 4 Non Blondes, cujo sucesso curiosamente foi maior no Brasil do que em muitos mercados maiores. Mas foi praticamente o único grande sucesso dessa banda exclusivamente feminina, que acabou por se dissolver em 1996.


E aí, gostou? Achou que faltou alguma?

Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A história minimalista das Copas do Mundo.

Recebi este brilhante trabalho no e-mail, um artista criou "cartazes" com a "história minimalista" das Copas do Mundo. Eu não consegui entender alguns deles, mas outros são simplóriamente inteligíveis.

Procurando, localizei o site do autor, André Fidusi, que pode ser acessado clicando aqui.

E você, conseguiu entender todos?

1930


1934


1938


1950


1954


1958


1962


1966


1970


1974


1978


1982


1986


1990


1994


1998


2002


2006


2010


Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

1000 Cervejas: 10 Livros Essenciais sobre Cerveja!

Leia em meu blog 1000 Cervejas: 10 Livros Essenciais sobre Cerveja!

Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

Cervejas Artesanais e Banha de Porco

Vou postar hoje a brilhante coluna do David Coimbra, na Sero Hora de 31 de Março deste ano, em que ele fala, dentre outros assuntos, na banha, a boa e velha banha de porco. Não há nada que não fique melhor frito na banha de porco. Cerveja, banha de porco e segurança.

"Cervejas artesanais e banha de porco

Cervejas artesanais são a nova tendência.
Cervejas caseiras, feitas com o carinho da mãe ao pé do fogão, algumas mais frutadas, outras de insinuância agridoce, como de insinuância agridoce são certas mulheres, a maioria densa, cremosa feito um sorvete belga, deliciosas, originais, quase exclusivas.
O meu amigo Marcelo Rech disse que existem 10 mil marcas de cervejas artesanais nos Estados Unidos.
No Grande Irmão do Norte, você pode tomar três cervejas artesanais diferentes por dia, durante dez anos, sem repetir marca.
Mas o que é que nós estamos fazendo, que não estamos nos Estados Unidos, avaliando com critério essas cervejas, me diga? O fato é que cervejas artesanais me interessam, sim senhor.
Tudo o que se refere a comida & bebida me interessa.
A banha de porco, por exemplo.
Temos que fazer algo para recuperar o prestígio da banha de porco.
Nenhum feijão é tão saboroso quanto o que é preparado com banha de porco.
Ovo frito na banha de porco, as bordas da clara sequinhas e da cor do caramelo, o centro da clara duro e macio, a gema mole a se derramar sobre o monte de arroz, ovo frito desse quilate é de comer com lágrimas nos olhos, em sua genial simplicidade.
Quando eu era guri e minha mãe passava por dificuldades financeiras, a manteiga virou proibitiva devido ao preço.
Então, eu comia pão com banha e sal.
E era ótimo! Banha de porco.
Precisamos tirar a banha de porco do ostracismo, eu e você.
Sei que não será fácil nesse tempo em que as pessoas se recusam, entre outros absurdos, a comer torresmo.
Para o meu avô, torresmo era uma iguaria.
Comia-o com cerveja preta, como tiragosto, e sorria ao comer.
Mas alguém disse que torresmo faz mal por algum motivo, então as pessoas baniram o torresmo para sempre, como Adão e Eva foram banidos do Éden.
E, no lugar do torresmo, o que elas colocaram? Você não vai acreditar.
No lugar do torresmo, elas colocaram TOMATE SECO.
Cristo, mas como é que um ser humano se compraz em comer tomate seco? E, repare, fala aqui um admirador incondicional do tomate, o “pomodoro” dos italianos.
Mas aprecio o tomate em fatias, como complemento de saladas, ou transformado em molho, para temperar o espaguete.
Digo mais: considero o molho branco uma fraude.
Molho, para mim, tem de ser vermelho, o tomate como base.
Certo.
Mas não posso admitir que alguém considere tomate seco comida digna de ser citada em em placas de restaurantes como um dos trunfos do cardápio.
“Prove nossa salada de tomate seco”.
Por favor! Mantenha-me longe desse lugar.
Felizmente, o tomate seco saiu de moda.
Hoje, o tomate seco é como o Orkut, que caminha par ao olvido.
O salmão também está perdendo espaço gradualmente, o que até acho injusto.
O salmão fez por merecer tudo que conquistou a partir dos anos 90, e ainda hoje podemos ser felizes com uma salada de salmão como a que o Z Café dos meus amigos Carlo e Sandro serve, ali no Moinhos de Vento.
O importante é que saibamos diferenciar o essencial do passageiro.
Há o que seja re-al-men-te importante, e há o perfunctório.
O que é re-al-men-te importante na atuação de um juiz de futebol? É a disciplina.
É conduzir o jogo de forma segura.
Quando as partidas terminam com jogadores com ossos quebrados, como estamos vendo atualmente, há algo errado com a arbitragem.
Algo visceral, definitivo, conclusivo, algo que interessa de fato, como comida e bebida.
Nada é mais importante do que comida e bebida.
E segurança.
Com comida, bebida e segurança podemos ser felizes.
Sobretudo se a felicidade tiver o tempero da banha de porco."


Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Filmes Recomendados: Pulp Fiction - Tempo de Violência.

O que é preciso para fazer um filme de sucesso? Um elenco de atores famosos? Uma história sobre crime e luxúria? Frases de impacto? Uma direção, roteiro, narrativa e estética vanguardista? Bom, se essa é a receita de um filme de sucesso, então Pulp Fiction tem tudo isso, e por isso tornou-se um clássico, com uma fina mistura violência e ironia, e como todo bom filme de violência, muitos palavrões, sangue, e discussões.


Pulp Fiction usou extensivamente de uma narrativa não-linear, entrelaçando três histórias diferentes, que se ligariam de forma inusitada. A de uma dupla de assaltantes, um pigilista pago para perder uma luta, e dois capangas à mando de um gângster e sua esposa.


A história é acompanhada por uma cuidadosamente escolhida trilha sonora, que vai do Surf Rock de "Mirislou" ao Funk de "Jungle Boogie", passando pelo Blues de "Son of a Preacher Man".

Mas o forte do filme é, certamente, os diálogos, bem construídos e que tornaram o filme clássico. A mais famosa é certamente esta:

"Sabe como chamam um Quarteirão com Queijo na França? Royalle Com Queijo".

"Say 'what' again, motherfucker, i dare you, i double dare you, motherfucker"

Entre os atores, estão John Travolta (Os Embalos de Sábado à Noite, A Filha do General e A Senha: Swordfish) e Samuel L. Jackson (Duro de Matar 3, SWAT e O Negociador), este último em grande forma, especialmente em sua fala mais famosa, quando recita a passagem bíblica Exequiel 25:17. Ving Rames (Missão Impossível e Eu os declaro Marido e... Larry) e Uma Thurman (Kill Bill e Batman & Robin) interpretam um gângster e sua esposa. Bruce Willis (Duro de Matar, Os 12 Macacos e Refém) e Maria de Medeiros são um pugilista e sua namorada. Tim Roth (da série de TV Lie to Me) e Amanda Plumper são dois assaltantes. Completam o time Rosanna Arquette, Eric Stoltz, Christopher Walken, e Harvey Keitel, como Winston Wolf, ou apenas "The Wolf" (O Lobo), em grande atuação, na opinião deste blogueiro, uma das melhores da película, juntamente com Samuel L. Jackson.

Excelente filme, recomendado por este blog.


Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

Feliz Dia do Chimarrão!

Reza a lenda, que os soldados espanhóis ao chegarem à foz do Rio Paraguay, em 1536, ficaram muito impressionados com a fertilidade da terra às margens do rio, fundando assim a primeira cidade da América Latina: Assunción de Paraguay. Devido às saudades de seus familiares, os desbravadores eram famosos pelos seus porres. A fim de curar suas bebedeiras, os soldados espanhóis começaram a tomar a erva-mate por notar que ela aliviava a ressaca. Foi assim, que a erva-mate chegou ao Rio Grande do Sul, transportada na garupa dos guerreiros daquela época.


Desde então, o chimarrão se tornou um dos principais símbolos do Rio Grande do Sul, a ponto de merecer um dia dedicado a ele, comemorado em 24 de abril.

Em favor da data em que foi fundado o mais célebre de todos os CTG's, o 35 CTG, em Porto Alegre, que nascia neste dia em 1948.

Sendo assim, como uma das "pedras angulares" da cultura gaúcha, exerce forte influência sobre nosso estado.

Etiqueta

O chimarrão pode servir como "bebida comunitária", apesar de alguns aficionados o tomarem durante todo o dia, mesmo a sós. Embora seja cotidiano o seu consumo doméstico, principalmente quando a família se reúne, é quase obrigatório quando chegam visitas ou hóspedes. O chimarrão é símbolo da hospitalidade sulista: quem chega como visita em uma casa dessa região, é recebido logo com uma cuia de chimarrão. Então assume-se um ar mais cerimonial, embora sem os rigores de cerimônias como a do chá japonês.

A água não pode estar em estado fervente, pois isso queima a erva e modifica seu gosto. Deve apenas esquentar o suficiente para "chiar" na chaleira. Enquanto a água esquenta, o dono (ou dona) da casa prepara o chimarrão.

Há quem diga que isso acaba estabelecendo a hierarquia social dos presentes, mas é unânime o entendimento de que tomar chimarrão é um ato amistoso e agregador entre os que o fazem, comparado muitas vezes com o costume do cachimbo da paz. Enquanto você passa o chimarrão para o próximo bebê-lo, ele vai ficando melhor. Isso é interpretado poeticamente como você desejar algo de bom para a pessoa ao lado e, consequentemente, às outras que também irão beber o chimarrão.

Nesse cenário, o preparador é quem é visto mais altruisticamente. Além de prepará-lo para outras pessoas poderem apreciá-lo, é o primeiro a beber, em sinal de educação, já que o primeiro chimarrão é o mais amargo. Também é de praxe o preparador encher novamente a cuia com água morna (sobre a mesma erva-mate) antes de passar cuia, para as mãos de outra pessoa (ou da pessoa mais proeminente presente), que, depois de sugar toda a água, deve também renovar a água antes de passar a cuia ao próximo presente. Não se esqueça de tomar o chimarrão totalmente, fazendo a cuia "roncar". Se considera uma situação desagradável quando o chimarrão é passado adiante sem fazer roncá-lo.

Curiosidades

- A banda gaúcha Engenheiros do Hawaii compôs uma canção chamada "Ilex Paraguariensis", em homenagem ao chimarrão.

- A microcervejaria Dado Bier lançou uma cerveja de mate, a "Ilex".

- Em 2003, a história do chimarrão virou enredo da escola de samba Aliança, de Joaçaba, em Santa Catarina, no Brasil. Na ocasião, a escola conquistou o seu terceiro título.


Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Hocus Pocus: rock instrumental.

Eu juro que tentei escrever alguma coisa que valesse à pena. Mas o cérebro travou...

Portanto, sem muito nhém, nhém, nhém, vai aí uma música demais, da banda Focus, um rock progressivo, pesado e instrumental... Prestem bem atenção ao riff principal, muito tri...


Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Top 10: Músicas para Dirigir

Todo mundo gosta de sair por aí, dirigindo, às vezes sem rumo, certo? E todo mundo gosta de música, certo?

Então, era a hora de fazer mais um Top 10, as 10 Músicas para Dirigir.

10. Running on Empty - Jackson Browne

A décima posição fica com Jackson Browne, e sua canção com um poderoso refrão. A levada rápida trás a sensação de corrida, de ir em frente, e a letra fala exatamente disso: seguir seus sonhos, correr atrás, mas com uma quebrada melancólica, talvez nostálgica. Da perspectiva do rock star, a inocência de perseguir o sonho, cegamente, no vazio. Convém lembrar que uma das cenas de corrida de Forrest Gump usa esse somo como background.



09. Vital e sua Moto - Os Paralamas do Sucesso

Não é preciso maiores explicações para o nono lugar. A explícita luta entre o sonho da liberdade sobre duas rodas de um filho e o desejo de segurança de seu pai. O ritmo também crescente parece mostrar a personagem Vital em direção ao seu sonho.



08. The Passenger - Iggy Pop

Essa música, regravada pelo Capital Inicial, em seu "Acústico MTV" - numa versão até bem boa -, é a antítese desse Top 10. É o motorista que torna-se o passageiro, que agora pode olhar pela janela do carro e ver tudo, mas com isso perdendo o comando de qual caminho seguir. Fica com a oitava posição.



07. Me leva pra casa - Bandaliera

Uma das obras primas de Alemão Ronaldo, expoente do Rock Gaúcho, com sua música de liberdade e amor.



06. Take it Easy - Eagles

Apenas um country rock sobre um cara andando pela estrada com sua caminhonete, e assim tirando os problemas da mente, e quem sabe achar algum amor nas rodovias da vida...



05. Roadhouse Blues - The Doors

Não é, definitivamente, uma música com alguma idéia mais prounda. Mas é, como definiu Jim Morrison, "the ultimate bar song", ou a "música de bar definitiva". "Mantenha seus olhos na estrada e as mãos no volante", "essa é para as pessoas que gostam de ir bem devagar" e "deixa rolar, bêibe, rolar".



04. Born to Run - Bruce Springsteen

Um dos grandes artistas genuinamente patriotas dos EUA, com uma música que diz "Bêibe nós nascemos para correr", e com um som desses, tinha que estar na lista, e abocanhou o quarto lugar.



03. Infinita Highway - Engenheiros do Hawaii

Mais uma para a lista das que não poderiam faltar. Mais pelo ritmo e pela temática, porque eu honestamente nunca entendi a letra. Já li que é sobre o consumo de Cocaína, outros que fala sobre amigos que Gessinger perdeu vitimados por acidente de trânsito, enfim... Não sei, talvez nunca saberemos. Mas "a dúvida é o preço da pureza"...



02. Already Gone - Eagles

Uma das melhores do Eagles, a levada remete à estrada sem fim, à liberdade, e até, à encontrar a liberdade, fugindo daquilo que te prende.



01. Born to be Wild - Steppenwolf

Uma das clássicas, com certeza, e com um refrão que se encaixa com perfeição: "Nascido pra ser livre".



Bônus Track: Top Gear Theme

Ao escutar essa música ao volante, eu duvido que alguém não se arrepie lembrando das disputadíssimas corridas pelos quatro cantos do Globo.



Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

sábado, 14 de abril de 2012

Blog do Finken Recomenda: Blog Luciano Lessa.

Abro este post para recomendar aos Três e Três Quartos leitores deste abnegado blogueiro, para recomendar o blog do Luciano Lessa, um grande amigo, proprietário da Origy Networks(para acessar o site, clique aqui), que oferta serviços de Criação de Sites, Hospedagem, entre outros, participante ativo da comunidade, entre JCI Novo Hamburgo, TV Pé no Saco (conheça clicando aqui), entre outras participações.

O caso é que o blog pessoal dele sempre têm alguns posts interessantes, e destaco aqui a postagem de hoje, primeira de uma série de oito, sobre as "regras" que norteiam o sucesso do Google, uma das maiores empresas de TI do mundo. Abaixo vai a primeira.

SEJA SIMPLES
A página inicial do Google (www.google.com) é um exemplo perfeito do compromisso da empresa com a simplicidade. Para eles, a simplicidade significa rapidez, facilidade de uso e melhor qualidade.
É por isso que os programadores e engenheiros de software que trabalham para o Google são ensinados que os melhores produtos “incluem apenas as funções que as pessoas precisam para alcançar seus objetivos.” Quando estão criando um novo produto, eles não procuram enchê-lo com a maior quantidade de funções possíveis.
A simplicidade é poderosa.
(Filosofia da Google)
Por alguma razão, é do ser humano fazer as coisas mais complicadas do que precisam ser. Quando escrevemos, precisamos resistir á tentação de utilizar longas palavras e frases complexas. Mas escrever de forma simples é mais efetivo – e o mesmo vale, por exemplo, para os negócios!

Para ler as outras sete regras ou conhecer mais do site, acesse pelo endereço www.lucianolessa.com.br, ou acesse pelo link que fica no nosso blog, à direita, no setor "Lista de Blogs".

Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

Games do Passado: River Raid

Vencer um jogo cujo objetivo é chegar em lugar nenhum é realmente um desafio homérico, e digno das pobres linhas desta seção do Blog do Finken: quem aqui, amigo, nunca perdeu horas do dia jogando River Raid?


Neste jogo sem fim, você pilotava um avião, chamado de StratoWing, que tinha que abastecer em "postos de gasolina" avulsos,destruindo navios e helicópteros que queriam te derrubar mas não atiravam em ti, por "desfiladeiros" cada vez mais estreitos, e alvejado por "pombos" que voavam de um lado à outro da tela. Pelo visto, nosso bravo piloto de caça voava rasante, podendo ser albarroado pelo navio.


A esperança de nossos inimigos era profundamente assentada em nossa boca-abertisse: só éramos derrubados se acertássemos nos helicópterios, navios ou bordas do que eu chamo e imagino ser um "desfiladeiro", ou não conseguíssemos destruir as pontes que, volta e meia, surgiam de um lado à outro, indicando o fim de uma fase e o início de outra.


Como não tinha um "fim", River Raid apenas somava indefinidamente pontos e mais pontos, para ver quem fazia mais e mais...

A jogabilidade era o "ponto alto" do game. Use o botão vermelho para atirar seus infinitos mísseis, mova o manche para a direita ou esquerda para manobrar, e para trás para reduzir a velocidade (o que torna o abastecimento mais eficiente), e para a frente para acelerar. No seu gênero "Shooter" ele foi o pioneiro do que se chamou posteriormente "Scrolling Shooter", ou seja, quando atirador ou alvo se movem. Antes disso, os jogos do gênero eram bem menos dinâmicos. Neste, o avião cruza a tela verticalmente.

Ao contrário dos jogos da época, o desenho deste era bem menos "pixelado", e com cores sólidas tornava o jogo um dos mais "bonitos" da época. Distingüem-se com perfeição os Helicópteros, os Navios, as Pistas de Reabastecimento com um grande "FUEL" escrito, as Pontes e as "casas" que ficam ao longo do curso do rio, além do próprio rio, com um lindo tom de azul.

O jogo não possui música ou trilha sonora, apenas os sons das ações que ali ocorrem, percebendo-se o som do motor do avião (que aumenta quando se acelera ou diminui quando se desacelera o caça), dos tiros e explosões, dos reabastecimentos (com um som que nítidamente se altera conforme o tanque fica mais completo), e um alarme de alerta para quando o tanque esteja ficando vazio.

Para jogar este jogo, é preciso treino e habilidade para escolher o caminho certo, desviar de inimigos, gerenciar o combustível, mantendo sempre num nível elevado, e atirar em tudo quanto for possível para somar os pontos necessários para ganhar novas vidas e claro, fazer mais pontos do que o seu amigo chato que acha que é melhor em todos os jogos, rsrs...

A cada 10.000 pontos, ganha-se uma vida. Os pontos eram conseguidos da seguinte forma, em ordem crescente:

Navio: 30 pontos;
Helicóptero: 60 pontos;
Posto de Combustível: 80 pontos
Ponte: 500 pontos;
Caça de guerra: 100 pontos.

Curiosidades:

- Houve uma continuação do jogo, River Raid II, porém nunca obteve o sucesso do primeiro jogo;

- No início foi cogitado a idéia de controlar um barco ao invés de um avião;

- Foi o primeiro jogo a ser proibido na Alemanha, em 1984, pois eles alegavam que poderia desenvolver violência nas crianças, ficando proibido até 2002;

- Carol Shaw gostaria que o jogo acontecesse no espaço, o que foi rejeitado pela Activision, que achava que este tipo de idéia já estava bastante saturada devido a diversos jogos com essa idéia.


A graça deste jogo estava, rigorosamente, em continuar jogando. É o legítimo representante do "Video-Game Força", com seus gráficos quadrados e coperos. Quem nunca jogou jamais saberá a tensão e o desafio de escolher um dos lados em uma bifurcação, quando se está com pouco combustível.

Ficha Técnica:

Desenvolvedor: Activision
Distribuidor: Activision
Designer: Carol Shaw
Plataforma: Atari 2600
Lançamento: 1982
Gênero: Scrolling shooter
Modo: Single player
Mídia: Cartucho

E aí embaixo está o verdadeiro final, quando zera o placar, pois o jogo não conseguia contabilizar mais de 999.999 pontos. A lenda dizia que o fim do jogo era o Avião pousando num Aeroporto, ou ainda, encontrando um Paredão que não poderia ser destruído, chocando-se contra ele e explodindo.


Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.

Olha aqui ó, não vão me passar esse cachorro!

Seum cronista esportivo é moldado por seus chavões, então o cronismo esportivo gaúcho e brasileiro ficou mais pobre na madrugada deste Sábado.

Faleceu no Instituto de Cardiologia, onde estava internado, vitimado por uma parada cardíaca, Cláudio José Quintana Cabral, alcunhado de "Mestre Cabral" no meio esportivo.

Distanciado do Olimpo onde muitos cronistas julgam ou crêem estar, Cabral tinha uma relação de simplicidade e proximidade com seu fiel público. Enquanto muitos dos cronistas da nossa geração são pouco afeitos à conversa com os torcedores comuns, ele se mostrava aberto e até satisfeito em ter o contato de seus admiradores. Posto aqui uma imagem que mostra isso, pois me recordo bem quando meu amigo Vinícius ajudou à marcar este encontro, salvo engano, no Tirol (corrija-me se estiver errado, Vinícius), em Porto Alegre, onde jantaram e conversaram sobre imprensa e futebol.


Dono de uma carreira admirável, nas duas facetas do Cronismo Esportivo, foi influente dirigente dos "Mandarins Colorados", que comandariam o clube recém mudado para o Estádio Beira-Rio, após uma imbatível seqüencia de 12 vitórias do Grêmio em 13 Campeonatos Gaúchos.

Junto com outras importantes figuras, como Ibsen Pinheiro, eles levaram para o Inter uma nova filosofia de futebol, abandonando o "futebol arte" e segundo Luis Fernando Veríssimo, aprendendo a lição de outro mestre, o Mestre Osvaldo Rolla, sobre o futebol competitivo, o futebol força, e assim moldando as vitórias do clube colorado.

No outro lado das entrevistas coletivas, Cabral também tem uma profícua carreira jornalística. Formado em Ciências Políticas e Econômicas, foi setorista da France Presse, uma das maus conceituadas agências jornalísticas do Mundo, e dentre outras, das Rádios Guaíba, Gaúcha, onde participou do programa "Sala de Redação", uma referência, e desde 1995, retornando à Rádio Bandeirantes, onde permaneceu até hoje.

Sentiu-se mal nas primeiras horas do Sábado, internou-se, mas não resistiu à parada cardíaca fulminante. Sempre que se vai uma figura, permanece o seu legado, e nada poderá ser mais reconhecido em seu legado do que suas frases de efeito e chavões. Ficam aí embaixo algumas de que me lembro.

"O Ferdinand no Brasil, estaria jogando no Madureira."

"Adebayor é o Adão do Togo."

"Rooney é o Badico inglês."

 "O suicídio é um dever!

"Oremos..."

"Olha aqui ó, não vão me passar esse cachorro!"
 
"Quem pariu Mateus que o embale."
 
"Como treinador gosta de jogador ruim..."
 
"O presidente Obino está navegando na Lagoa dos Patos e procurando pelo Farol de Alexandria."
 
"Bahhhhhh..."
 
"Querem me enlouquecer"

Gostou? Compartilhe. Discordou? Comente.