domingo, 29 de janeiro de 2012

Pra não dizer que não falei de Reggae: Parte 2, Marley e Clash

Essa é para o Pablo Rodriguez não me xingar mais.

Estava escutando na Itapema FM, a música "Punky Reggae Party", curti a música e a história. Segundo eles, e confirmado pela Wikipedia, Marley escreveu esta música em resposta ao cover que o The Clash fez da música "Police and Thieves", originalmente lançada por Junior Murvin, o qual eu desconheço totalmente.

Na música eles citam "The Wailers will be there, The Damned, The Jam, The Clash – Maytals will be there, Dr. Feelgood too."

Não sou MUITO do Punk, mas The Clash eu curto alguma coisa, e a versão, na minha opinião, ficou DEMAIS. E a música-resposta do Bob também. Sem mais delongas, seguem aí as três músicas para vocês...

Junior Murvin - Police and Thieves:

The Clash - Police and Thieves:

Bob Marley and The Wailers:

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O fim dos Campeonatos Estaduais?!

O Calendário do Futebol Brasileiro sempre foi mais um Frankenstein do que qualquer outra coisa. Como tal, foram consebidos alguns campeonatos grotescos.

O Brasileirão, que começou em 1971 (e não me venham com esses papos CBFísticos de que Taça Brasil e Robertão eram Campeonatos Brasileiros), com 20 clubes, veio numa crescente de participantes (inversamente proporcional ao público, rentabilidade e atratividade do torneio), com 26 clubes em 72, 40 em 73 e 74, 42 em 75, 54 em 76, 62 em 77, 74 em 78, 94 em 1979 (um dos ápices), retornando à 44 entre 1980 e 1983, 41 em 84, retornando à 44 em 85, OITENTA em 1986, culminando com a CBF declarando-se incapaz de organizar o Campeonato Brasileiro em 1987, Copa União, Taça das Bolinhas, e toda aquela coisa que já conhecemos. Uma dia ainda escrevo sobre isso.

Por conta de situações como a descrita acima, em 2003 foi aprovada e sancionada uma lei chamada "Estatuto do Torcedor", que força os organizadores de competições à ORGANIZÁ-LAS, por mais absurdo que isso possa soar. Nesse contexto, o Brasileirão foi reorganizado, reduzindo o número de participantes de 24 para 20, alterou a fórmula de disputa para Pontos Corridos, e reduziu o calendário disponível para os Torneios Estaduais.

Em 2012, a CBF liberou os Estaduais para o intervalo entre 22 de Janeiro e 13 de Maio, conforme o Lance! Com tudo isso, basta uma passada rápida no Google para vermos que muita gente quer o fim dos estaduais.

Escrevo por ser totalmente avesso ao fim dos estaduais, e sim à sua REFORMULAÇÃO. É fato que os Estaduais consomem MUITO do tempo dos grandes clubes, que preferem se dedicar à competições de maior gabarito, como Copa do Brasil e Libertadores. Mas os Estaduais têm uma função VALIOSA para o Futebol Brasileiro: oxigenar lá na ponta, na base. Sempre foi esse um dos motivos porque o Futebol Brasileiro teve sucesso: centenas de milhares de jogadores, nos quatro cantos do país, treinando para um dia poderem ser craques. Eu desafio: qual clube de ponta não têm três ou quatro jogadores titulares que começaram nestes clubes? Vamos matar a Galinha dos Ovos de Ouro?

Se é verdade que clubes do Interior e as Federações Estaduais sejam MUITO MAL administradas, OK, posso concordar. Precisamos mudar esta realidade. As Federações e Clubes do Interior precisam trabalhar em parceria para tornar os Estaduais atrativos, financeira e esportivamente, para oxigenar e reavivar as torcidas locais, cada vez mais sufocadas pelo gigantismo dos grandes clubes e pela própria incompetência dos clubes pequenos, e criarem uma alternativa de modelo para os estaduais.

Minha proposta é semelhante ao Campeonato Gaúcho de 2001, qual seja. Treze clubes foram organizados num grupo único, sem a Dupla Gre-Nal e sem a Dupla Ca-Ju, para enfrentarem-se em turno único, entre os dias 06 de Janeiro e 24 de Fevereiro, menos de um mês e meio, portanto. Destes, quatro classificaram para um Octogonal, daí contando com Grêmio, Inter, Caxias e Juventude, em dois turnos, cujos campeões decidiriam o torneio. Este octogonal aconteceu num prazo mais elástico, entre 03 de Março e 20 de Maio, dois meses e meio. A decisão entre os dois campeões de turno, Grêmio e Juventude aconteceria em 27 de Maio e 03 de Junho. Uma opção era alterar este Octogonal, para enxugar datas, mas nota-se os jogos dos grandes clubes reduziram-se bastante, e este modelo é um ponto de partida para discutir o tema.

Claro, deixo bem claro que, para o Grêmio, na condição de torcedor, minha posição é de relegar o torneio regional para um Time B/Reserva/Junior, pelos motivos à seguir: a) dar seqüência e oportunidade para jogadores reservas, juniores, novos contratados, e assim oxigenar o elenco; b) impedir que o torneio regional lesione jogadores do time principal; c) preservar a preferência de competições como Copa do Brasil e Libertadores.

Em adição, como falei, vale ressaltar que a necessidade de oxigenação do Futebol do Interior, em especial do Interior Gaúcho é PREMENTE, URGENTE, FUNDAMENTAL. Nota-se que o desempenho dos nossos clubes em competições nacionais é cada vez mais pífio, e clubes de enorme tradição estão morrendo definhando... Preciamos fazer algo urgente, e escreverei em breve sobre isso.

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sábado, 28 de janeiro de 2012

30 Anos de Titãs na Selva de Pedra

Como uma das mais importantes e proeminentes bandas do rock nacional, Titãs influenciou a sua própria geração e as que a sucederam. Não passou incólume pelos seus 30 anos de estrada, mas não perdeu integrantes, e sim legou grandes músicos para as suas carreiras solo.

Da formação original, com Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto, Ciro Pessoa e André Jung, restaram apenas Miklos, Britto, Belloto e Mello. Ciro Pessoa deixou a banda antes mesmo do lançamento do primeiro álbum. Em 1983, Jung é substituído por Charles Gavin, por causa da insatisfação do grupo com a forma como tocava. O episódio ainda deixou marcas no RPM, então banda de Gavin, já que Paulo Ricardo descobriu que ele havia deixado a banda pela TV. Em 1992, quem deixa a banda é Arnaldo Antunes, talvez vitimado pelo fracasso comercial do álbum "Tudo ao Mesmo Tempo Agora". Em 2001, o trágico acidente que vitimou Marcelo Fromer reduziu a banda à então seis integrantes. No ano seguinte, quem parte para carreira solo é Nando Reis. E finalmente encerra seu ciclo Charles Gavin, em 2010, deixando o grupo sem baterista, recorrendo à Mario Fabre como músico de apoio.

A carreira da banda foi sempre marcada pelo experimentalismo, por letras cruas e de contestação social, o que pode ser comprovado pela gama de estilos musicais dos membros fundidos num só. De Arnaldo Antunes, que flerta com a MPB e o Concretismo, passando por Nando Reis, que funde Folk, regionalismo, e até brega, e Charles Gavin, mais orientado para o Rock 'n Roll e chegando até a atual formação, Miklos, Belloto, Britto e Mello, que se identificam além de tudo com movimentos vanguardistas e "cults". Tudo isso temperado com algumas pegadas reggae (como na faixa "Querem meu Sangue" do Acústuco MTV, com Jimmy Cliff) e funk (como na faixa "Bichos Escrotos").

Um dos ápices da banda, em termos de experimentalismo, foi o álbum "Cabeça Dinossauro", que talvez possa até ser considerado um Álbum Conceitual, pois apesar de talvez não ser construído de tal forma, cada uma das faixas segue uma tendência claramente contestadora, de crítica social, com características anarquistas e punks, como em "Polícia", "Igreja", "Bichos Escrotos", e músicas conceituais como a faixa-tema "Cabeça Dinossauro", que repete apenas três versos, "Cabeça Dinossauro", "Pança de Mamute" e "Espírito de Porco". A estética do álbum também segue a crueza do punk rock, como a faia-tema sendo inspirada em batuques dos índios xingus.

A música de hoje é uma das mais famosas do grupo. Alternando imagens dos integrantes caminhando entre a multidão, de primatas e "homens das cavernas", e a banda tocando dentro de uma gaiola, o clipe de "Homem Primata" tornou-se um clássico, assim como a letra de contestação anti-capitalista, feita com espirituosidade... Vejam abaixo o clipe.


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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Vídeo com Gols do Carlos Miguel

Carlos Miguel jogou nas categorias de base do clube desde cedo. Inclusive, foi finalista da Copa São Paulo, junto com Danrlei, Roger e alguns outros nomes que seria multi-campeões pelo clube nos anos vindouros.

Na longa estrada do futebol, deu o azar de acabar jogando em clubes que passavam por épocas de vacas magras, como o Internacional e o São Paulo, mas pôde se destacar em ambos, vencendo três estaduais, e o mais importante título, o Torneio Rio-São Paulo de 2001.

De qualquer forma, marcou época no Grêmio, com seus gols, seu estilo clássico e objetivo de jogar futebol, e que deixou saudades. De lá para cá, somente dois jogadores puderam ser dignos de atuar em sua posição: Zinho e Tcheco.

Ainda atuaria em cinco partidas pela Seleção Brasileira, durante a Copa das Confederações de 2001, na qual o Brasil foi eliminado nas Semi-Finais pela França.

Retornou ao Grêmio em 2003, em anos ruins, mas pôde ainda marcar seus golzinhos.

Abaixo, um ótimo vídeo com gols da carreira.


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domingo, 22 de janeiro de 2012

Should be Legalized?

O tema da legalização das drogas, em especial no tocante à maconha, é certamente um dos mais polêmicos da atualidade. Tão polêmico é que quem tido por um "bastião dos reacionários" no Brasil tornou-se líder da campanha: o ex-presidente FHC. Veja abaixo reportagem com o Fernando Henrique sobre a legalização. Clique aqui para ver o trailer do filme do mesmo sobre o tema.



Os mais conservadores e talvez religiosos argumentarão que pôr fim à ilegalidade da maconha tornará a sociedade mais lasciva, degradada, etc. Já os mais liberais certamente retrucarão que o uso da maconha é um crime sem vítimas, e que portanto é um abuso do poder do estado proibir seu uso.

Me alinho às teses mais liberais. Sob vários aspectos, a proibição da maconha é irracional. Vejamos o porque:

1 - A maconha é uma droga que não gera situações sociais colaterais. É improvável que, à exemplo do Crack da Cocaína, um usuário da maconha possa roubar ou matar. Tampouco a maconha gera dependência no mesmo grau que outras drogas, como as supracitadas.Com efeito, a maconha  é uma droga muito mais segura do que o álcool, vendido livremente, entre maiores de 18 e até mesmo entre menores. E não, esse blogueiro não é favorável à Lei Seca (é até visceralmente contra), mas é inegável que o álcool causa muito mais danos ao conjunto da sociedade do que a maconha.

2 - A ilegalidade da maconha é que gera a Guerra Anti-drogas. Em tese, nenhum comerciante precisaria corromper a polícia para vender maconha se ela não fosse legal. Traficantes corrompem a polícia porque precisam de a) proteção e b) complacência dos órgãos policiais. O resultado disso tudo é uma verdadeira guerra, o confronto aberto entre órgãos de repressão e traficantes, entre traficantes e traficantes, e dentro da própria polícia, os "bons" policiais contra a "banda podre". Alguém dirá: "Ahh, André, mas legalizar a maconha não vai acabar com a guerra contra as drogas, e aí, como que fica?". Eu responderei: não, a legalização não vai acabar com o tráfico, talvez SEQUER com o tráfico de maconha, mas em tese, vai REDUZIR a guerra, ou a necessidade de conflito, vai salvar vidas, potencialmente, e acabar com uma injustiça histórica: a intromissão do estado na vida privada dos cidadãos que fumam maconha e não fazem mal à ninguém, é o que os liberais chamam de "crime sem vítima", como é o Jogo do Bicho, posto na ilegalidade por um governo que arrecada milhões através de jogos de azar, vejam só a ironia, ahhh, a ironia...

3 - Pressupondo que os custos com a guerra ao tráfico possam cair, podemos também pressupor que legalizar e regulamentar um mercado para a maconha pode também render ao erário alguns tostões, quanto não se sabe, mas certamente com estas duas fontes talvez seja um princípio para implantarmos uma política de saúde pública para as drogas, para tratarmos os dependentes e quem sabe, erradicarmos algumas das piores, como o Crack e o Óxi.

Quis escrever algumas poucas linhas sobre o tema, como introdução para o vídeo abaixo, produzido de forma independente, uma paródia de música da Rihanna e do Eminem, e que aborta o assunto de forma simples e direta. E pergunto-lhes: como não dar ouvidos à uma cantora tão bonitinha como ela? Impossível, né? Hehe...

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sábado, 21 de janeiro de 2012

Maria do Relento e seu Corcel 72...

Uma das bandas de maior sucesso entre a gurizada há alguns anos atrás foi Maria do Relento, com suas letras irreverentes e rock solto.

Hoje vou ser suscinto, pois daqui a pouco parto em direção à Capital para prestigiar a formatura de uma grande amiga. Mas vou deixar pra vocês uma das melhores músicas da banda, conhecida, dentre outras músicas, também por Giramundo, O Vagabundo, Meio Devagar e Conhece o Mário?, além da música do dia, Corcel 72.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Flanelinhas: Novo Hamburgo na PdH

Quando o assunto é "flanelinhas", o assunto é polêmico. Aliás, não é nada polêmico. NINGUÉM gosta deles, e todos têm uma tática para tentar fugir deles...
Novo Hamburgo virou referência ao aprovar uma lei proibindo a cínica atuação dos flanelinhas, que não cuidam de NADA, não são responsáveis por NADA.

Em contraposição, Porto Alegre está REGISTRANDO flanelinhas para regulamentar sua atuação.

Na opinião do blogueiro, é absurdo que gangues se apropriem do espaço público, utilizando de violência e coerção para intimidarem os motoristas. Portanto, Novo Hamburgo partiu na frente para combater estas máfias...

O prestigioso site "Papo de Homem" lançou um artigo sobre isso. E tu, qual tua opinião?!