domingo, 24 de abril de 2011

O Mundo é Plano: A Ditadura do Políticamente Correto

Não se passou sequer um mês ainda das polêmicas declarações do Deputado Jair Bolsonaro, consideradas homofóbicas, racistas e simpáticas à Ditadura Militar. Como não poderia deixar de ser, a reação da opinião pública forte e dura.

É sempre muito bonito a defesa de causas nobres e sociais, mas quando o Senso-Comum segue rigorosamente a cartilha do Políticamente Correto, o que se pôde constatar é que a virulência da reação ao Deputado nada mais é do que uma reação inconseqüênte e incoerente daqueles que se arrogam da qualidade de defensores da Democracia e do Bom Senso.

É claro que a opinião do Deputado é altamente controversa, e na opinião deste blogueiro muito mal colocada, talvez mais na forma do que no conteúdo. O que não é compreensível é ver formadores de opinião atacarem o direito do Deputado de expôr tais idéias - independente de quão repulsivas possam ser. Articulistas bem intencionados conseguiram transformar o debate de tão importantes temas numa ridícula luta do "bem contra o mal", transformando Bolsonaro no Judas, e os defensores dos Direitos dos Homossexuais e das Cotas em uma espécio de Jesus Cristo redivivo. Te cuida, INRI Cristo.

Aí reside o grande perigo desta imbecilidade acéfala que transformou-se esta história toda: a personalização de toda esta confusão.

"Alguns pontos defendidos pelo deputado são inclusive compartilhados e exaltados pelo super-herói brasileiro, o Capitão Nascimento – aquele mesmo que tantos

ferrenhos críticos Bolsonarianos apóiam e idolatram. As opiniões ditas homofóbicas são também compartilhadas pela Igreja Católica.

O problema é que, por vir de alguém que já possui repúdio natural de parte da opinião pública, isso acabou resultando em um êxtase coletivo. Uma demagogia

geral construiu um discurso politicamente correto que agrade à maioria, de forma a calar as opiniões contrárias."
http://papodehomem.com.br/a-ditadura-do-politicamente-correto/, por Paulo Henrique Martins.

Complementando o que o blogueiro Paulo Henrique Martins escreveu, vale lembrar que várias pesquisas de opinião já demonstraram que o brasileiro é em geral um conservador que defende a Pena de Morte, que em geral possui restrições à diversidade cultural e cultua como pontuou o blogueiro, personagens como o Capitão Nascimento. Linkei abaixo algumas destas pesquisas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisa_Datafolha_sobre_a_pena_de_morte_no_Brasil
http://accosta.wordpress.com/2009/07/13/brasil-conservador-rejeita-ateus-drogados-e-homossexuais
http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=532

Contudo, tais temas mais espinhosos mantém-se vivos por trás das lentes da TV, dos microfones das Rádios, ou das manchetes dos Jornais. Por isto, como tal tema veio à tona por meio de uma personagem já possuidora de altas rejeições dos nossos formadores de opinião e acostumada à excessos desnecessários e frases (intencionalmente ou não) mal colocadas, regozijaram os demagógicos e hipócritas defensores do Políticamente Correto. Como resultado, situações no mínimo engraçadas aconteceram. Rica Perrone foi acusado de homofóbico por conta de um artigo que escreveu criticando a punição ao Cruzeiro, por conta de ato de "homofobia", pela Super Liga de Volei. Recomendo também o texto de Rovai.

Vale lembrar que muitos dos críticos das posições homofóbicas e anti-comunistas do Deputado Bolsonaro silenciaram, oportunísticamente, durante as perseguições à homossexuais e dissidentes nos regimes comunistas. Certamente os dissidentes do Regime Militar brasileiro valem mais do que os dissidentes do Regime Castrista, bem como os homossexuais brasileiros têm mais valor do que os homossexuais cubanos.

Esta Ditadura do Políticamente Correto tornou qualquer divergência em excesso. Os formadores de opinião não querem mais pessoas com opiniões, querem Carolas e Madres Teresas, pois qualquer opinião fora do Senso-Comum transforma "liberdade de expressão" em Crime sem punição, mas com patrulhamento ideológico forte. O Mundo está ficando Plano.

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