Bom Dia,
[escrevi isso às 2h30 por causa da insônia com esse maldito calor dos infernos]
O cenário é 2009. Estamos em janeiro. A esperança corre em nossas veias. Um início de 2008 ruim e um final reconfortante. É assim que entramos no corrente ano.
Mas as deficiências de uma equipe voluntariosa não passaram em branco, no ano de mais uma Libertadores e de uma nova direção. Celso Roth e parte da equipe Vice-Campeã são mantidos. Perde-se alguns nomes-chave, como Rafael Carioca (a maior perda, sem dúvida) e Pereira - a arma secreta. Saem algumas das nabas, como Paulo Sérgio, Jean,
A direção corre no sentido de suprir as deficiências claras: ataque e laterais. Contrata-se Fábio Santos e Jadílson para a Lateral Direita e Ruy para a Lateral Esquerda. Para o Ataque, chegam Alex Mineiro, Herrera e Maxi López, e Jonas, o renegado que ganhou espaço com uma lesão de Edixon.
Para as circunstâncias de 2008, foram GRANDES contratações. Tivéssemos eles em 2008, no lugar de André Luis, Anderson Pico, Hélder, Paulo Sérgio, Marcel, etc., acho que ganharíamos o título.
Senão vejamos. Alex Mineiro é um jogador de nível. Vinha tarimbado como um dos artilheiros do Campeonato em 2008. Fábio Santos é um cara que jogou em diversas Seleções de Base, e teve boas passagens pelo Cruzeiro e fora do país. Maxi López, apesar da escrescência da nossa imprensa esportiva, é um centroavante de carteirinha, forte como poucos no país, e mete gol. Jonas teve um excelente 2008. Herrera, Ruy e Jadílson foram contratações questionáveis, MAS melhores que as opções de 2008.
Com isso quis mostrar que tivemos uma montagem razoavelmente bem pensada do nosso plantel, focada nas deficiências mais claras da equipe. A mesma equipe que começou o Campeonato Gaúcho muito bem, articulando jogadas e com consistência.
Mas esta mesma equipe, e me refiro especialmente à Direção e ao Comando Técnico, cometeram um erro que costuma ser fatal no futebol. Esconderam tanto o jogo que não o encontraram mais. Me refiro aos três Gre-Nais do Gauchão. Nos três, o descompromisso da equipe, a montagem do time que ia a campo e as intervenções do Roth foram fatais, e estas derrotas desequilibraram a equipe à tal ponto que, a partir dali, ela jamais conseguiu recuperar a consistência, a liga.
Esta circunstância foi forte à tal ponto que tornou insustentável a manutenção do técnico Celso Roth. Data venia, não o acho mau técnico. O problema é que ele tem problemas quanto à vencer títulos. Parece que à primeira visão da possibilidade de vencer um torneio de peso, ele "murcha". Em 2008 não foi diferente. Com tempo para treinar e encaixar a equipe, após os fracassos no Gauchão e na Copa do Brasil, fizemos um Primeiro Turno absolutamente irrepreensível. Uma campanha marcada, TAMBÉM, pelo acaso e as gratas surpresas de Rafael e William. Porém, no Segundo Turno, fomos um time facilmente batido e manjado, apesar de pragmático.
Então, após um período de espera marcado pelo comando do Marcelo Rospide, alguém que dedicou mais de dez anos de sua vida ao Grêmio, e que no comando do time tratou de manter tudo em ordem, sem estrelismo, com muita seriedade e que merece nosso respeito (e quem acredito ainda tenha um grande futuro pela frente), chega Paulo Autuori, com a missão de um trabalho em longo prazo, e que apesar disto já mostra resultados num dos seus pilares, a integração e valorização das Categorias de Base. Claro que isso cobrou seu preço. Fomos presa fácil para o Cruzeiro, na Libertadores, apesar dos pesares.
Agora entra em cena o Acaso. Perdemos jogadores imprescindíveis à equipe, mas ganhamos outros. No Gauchão, perdemos para o ano um de nossos melhores volantes, o William Magrão, apesar de ser também um dos mais perseguidos pela torcida. É um jogador moderno e voluntarioso, com boa resistência física. Chega forte à frente, marcando até seus golzinhos, e é forte na marcação. É mais jogador que seu substituto, o Túlio. Mais jogador e forte fisicamente. Aliás uma das grandes fraquezas da nossa Meia Cancha: lenta demais. Formada em sua escalação ideal face aso jogadores disponíveis, tinha apenas um jogador capaz de manter um ritmo forte do início ao fim, o Adílson. Souza, Tcheco e Túlio são jogadores já longe do ideal físico.
Mas achou-se um jogador chamado Mário. Conhece o Mário? Ele já apresentou suas credenciais, e se continuar jogando assim, chegará rapidamente à seleção principal. É um jogador fora-se-série, um extra-classe, e na minha modesta opinião, a revelação do campeonato.
Por fim, as contratações para o segundo turno foram todas decepcionantes em termos de desempenho. Um Rochemback gordo e um Lúcio burocrático, além de vacilantes e falhos, determinaram a estagnação de nosso crescimento na reta final do torneio. Foram vários os jogos em que ambos foram os destaques negativos, errando muito e acertando pouco.
A conclusão da torcida é que faltou garra. Faltou bem mais do que isso. Faltou sorte e acima de tudo atitude de campeão, de vencedor, de passar por cima dos percalços, e brio para dar mais em campo, o suficiente para suplantar ali todos os problemas. E os responsáveis por isso não foram nem técnico, nem atletas, nem torcida. Foram os Diretores de Futebol e o Presidente do Clube. Alguém que diz que Gre-Nal não vale nada não pode entender futebol. Há muito tempo nosso Dpto. de Futebol é infestado por pessoas que nada entendem de futebol.
É disso que precisamos para 2010, para que os acasos nos sejam favoráveis.
Mas achou-se um jogador chamado Mário. Conhece o Mário? Ele já apresentou suas credenciais, e se continuar jogando assim, chegará rapidamente à seleção principal. É um jogador fora-se-série, um extra-classe, e na minha modesta opinião, a revelação do campeonato.
Por fim, as contratações para o segundo turno foram todas decepcionantes em termos de desempenho. Um Rochemback gordo e um Lúcio burocrático, além de vacilantes e falhos, determinaram a estagnação de nosso crescimento na reta final do torneio. Foram vários os jogos em que ambos foram os destaques negativos, errando muito e acertando pouco.
A conclusão da torcida é que faltou garra. Faltou bem mais do que isso. Faltou sorte e acima de tudo atitude de campeão, de vencedor, de passar por cima dos percalços, e brio para dar mais em campo, o suficiente para suplantar ali todos os problemas. E os responsáveis por isso não foram nem técnico, nem atletas, nem torcida. Foram os Diretores de Futebol e o Presidente do Clube. Alguém que diz que Gre-Nal não vale nada não pode entender futebol. Há muito tempo nosso Dpto. de Futebol é infestado por pessoas que nada entendem de futebol.
É disso que precisamos para 2010, para que os acasos nos sejam favoráveis.
Para os mais ortodoxos, fica a frase do glorioso Telêmaco Frazão de Lima, um dos mais ilustres gremistas que este planeta azul teve o prazer de receber:
"Ganhar ou perder é do jogo. O importante é jamais sair de campo sem a certeza de ter dado o máximo de esforço e dedicação em defesa da gloriosa camisa tricolor do Grêmio!"
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