O Grêmio não vence nada há exatos 11 anos. Há exatos 11 anos, vencia o Corinthians em São Paulo, após um resultado de 2x2 que todos sacramentaram como insustentável em terras paulistanas...
O problema do Grêmio é Odone, segundo alguns. Como era Duda Kroeff, e Odone de novo, e Obino, e Guerreiro, e Cacalo. Salva-se a única unanimidade: Fábio André Koff, que cunhou a famosa frase, "o Grêmio não é um time de futebol, o Grêmio é uma idéia".
Para outros, o problema é a falta de alento, é Marco Antônio, é André Lima, é Pará, é Werley, é Victor, é Luxemburgo, é Pelaipe... Já foi Caio Jr., Roth, Vagner Mancini, Edinho, Helio dos Anjos, Lazaroni, Plein... Já foram André Krieger, Meira, Saul Berdichevski, Antônio Vicente Martins, Renato Moreira...
O problema é maior, claro que é muito maior... Contratar jogadores desse naipe é conseqüência de um cube que se desligou de sua história, que, perdoe o termo, caga e mija em cima de sua história. Um clube que contrata um técnico que não têm qualquer identificação com o clube e sua história, que sempre que pôde tentou desmerecer e denegrir o Grêmio (e gabava-se de criticar o "estilo Grêmio" de jogar futebol, objetivo, aguerrido, mecânico, por vezes violento), é um clube que divorciou-se de sua história, VENDEU-SE à sua antítese.
Luxemburgo é a antítese do Grêmio, Grêmio enquanto idéia, filosofia. Ao divorciar-se de sua história, independente dos resultados de campo, fomos derrotados, IDEOLOGICAMENTE derrotados pelos que nos opunham. Sim, houve quem nos opusesse, filosófica e ideológicamente, pois se éramos os representantes do "futebol feio", nossa antítese eram os representantes do "futebol arte". Estes últimos nos derrotaram fragorosamente, sem que um único "tiro" fosse disparado...
Perdemos a pior das batalhas, a batalha de idéias, e essa é, para mim, a batalha mais dura e triste de ser perdida...
Ao se desligar de sua história, torna-se incapaz de aprender com ela. E
incapaz de aprender com sua história, encontraremos novamente a nossa
sina.
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