"Duvide de quem encontrou a verdade. Acredite em quem ainda a está procurando"
Essa frase tem uma autoria, só não recordo quem seja. De qualquer forma, ela tem um significado que corresponde ao momento histórico pelo qual passa o país. No dia de ontem, 18 de novembro, a presidente Dilma sancionou a polêmica lei que cria a "Comissão da Verdade", que seria responsável pela apuração de crimes contra os direitos humanos durante o Regime Militar.
Começando pelo nome pretensioso, trata-se de mais uma aberração que só poderia ter vindo da Esquerda Festiva Brasileira. Daí a importância da frase em prólogo. Que tipo de verdade é esta da qual só participa um lado da moeda? A presidente da União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas (Unemfa) externou de forma simples a problemática: “Quando não há participação dos dois lados, para mim, é comissão da meia verdade. Vai ser algo que não visa apurar os fatos como eles realmente aconteceram”, disse. Qual o caráter realmente democrático de um grupo político que, ao tornar-se hegemônico, movimenta a lei ao seu bel prazer? Cabe lembrar: todos os integrantes serão nomeados pela presidente Dilma. Trata-se, de fato, de uma Comissão da Meia-Verdade.
E, cá entre nós, o único objetivo de tal comissão é ampliar as frentes de revanchismo contra os militares. Isso fica claro porque a Comissão não terá poder de punir eventuais violadores dos Direitos Humanos. Tudo por conta do (nem sempre presente) bom senso do STF, em abril de 2010 decidiu que a Lei de Anistia, de 1979, não poderia ser alterada para permitir a punição dos beneficiados pela lei. Para desespero dos revanchistas, "XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu", reza nossa carta régia.
Outra questão diz respeito ao período que será investigado pela comissão. Inicialmente a proposta era bastante clara: seria restrito aos anos entre 1964 e 1985. Qualquer semelhança não é mera coincidência. Agora, o período abrange de 1946 até 1985. A pergunta que não quer calar: porque fica de fora o período da ditadura do Estado Novo, tão adorado por esquerdistas e trabalhistas?! Ou não se cometeram infrações aos Direitos Humanos na Era Vargas?!
No discurso, Dilma agradeceu o apoio de dois personagens, Nelson Jobim, responsável por fraudar a Constituição Federal, e Franklin Martins, jornalista adesista, premiado com o cargo de Ministro por seu trabalho na imprensa marrom de defesa do Governo, e reconhecido por ter sido guerrilheiro de esquerda durante o Regime Militar.
Ora, que isenção há numa Comissão destas?! Na opinião deste blogueiro, se é para fazer a devassa, que façamos em toda a história, e não em parte dela, para que os vencedores saiam, sem qualquer contestação, como os "mocinhos defensores da liberdade e da democracia".
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