domingo, 29 de janeiro de 2012

Pra não dizer que não falei de Reggae: Parte 2, Marley e Clash

Essa é para o Pablo Rodriguez não me xingar mais.

Estava escutando na Itapema FM, a música "Punky Reggae Party", curti a música e a história. Segundo eles, e confirmado pela Wikipedia, Marley escreveu esta música em resposta ao cover que o The Clash fez da música "Police and Thieves", originalmente lançada por Junior Murvin, o qual eu desconheço totalmente.

Na música eles citam "The Wailers will be there, The Damned, The Jam, The Clash – Maytals will be there, Dr. Feelgood too."

Não sou MUITO do Punk, mas The Clash eu curto alguma coisa, e a versão, na minha opinião, ficou DEMAIS. E a música-resposta do Bob também. Sem mais delongas, seguem aí as três músicas para vocês...

Junior Murvin - Police and Thieves:

The Clash - Police and Thieves:

Bob Marley and The Wailers:

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O fim dos Campeonatos Estaduais?!

O Calendário do Futebol Brasileiro sempre foi mais um Frankenstein do que qualquer outra coisa. Como tal, foram consebidos alguns campeonatos grotescos.

O Brasileirão, que começou em 1971 (e não me venham com esses papos CBFísticos de que Taça Brasil e Robertão eram Campeonatos Brasileiros), com 20 clubes, veio numa crescente de participantes (inversamente proporcional ao público, rentabilidade e atratividade do torneio), com 26 clubes em 72, 40 em 73 e 74, 42 em 75, 54 em 76, 62 em 77, 74 em 78, 94 em 1979 (um dos ápices), retornando à 44 entre 1980 e 1983, 41 em 84, retornando à 44 em 85, OITENTA em 1986, culminando com a CBF declarando-se incapaz de organizar o Campeonato Brasileiro em 1987, Copa União, Taça das Bolinhas, e toda aquela coisa que já conhecemos. Uma dia ainda escrevo sobre isso.

Por conta de situações como a descrita acima, em 2003 foi aprovada e sancionada uma lei chamada "Estatuto do Torcedor", que força os organizadores de competições à ORGANIZÁ-LAS, por mais absurdo que isso possa soar. Nesse contexto, o Brasileirão foi reorganizado, reduzindo o número de participantes de 24 para 20, alterou a fórmula de disputa para Pontos Corridos, e reduziu o calendário disponível para os Torneios Estaduais.

Em 2012, a CBF liberou os Estaduais para o intervalo entre 22 de Janeiro e 13 de Maio, conforme o Lance! Com tudo isso, basta uma passada rápida no Google para vermos que muita gente quer o fim dos estaduais.

Escrevo por ser totalmente avesso ao fim dos estaduais, e sim à sua REFORMULAÇÃO. É fato que os Estaduais consomem MUITO do tempo dos grandes clubes, que preferem se dedicar à competições de maior gabarito, como Copa do Brasil e Libertadores. Mas os Estaduais têm uma função VALIOSA para o Futebol Brasileiro: oxigenar lá na ponta, na base. Sempre foi esse um dos motivos porque o Futebol Brasileiro teve sucesso: centenas de milhares de jogadores, nos quatro cantos do país, treinando para um dia poderem ser craques. Eu desafio: qual clube de ponta não têm três ou quatro jogadores titulares que começaram nestes clubes? Vamos matar a Galinha dos Ovos de Ouro?

Se é verdade que clubes do Interior e as Federações Estaduais sejam MUITO MAL administradas, OK, posso concordar. Precisamos mudar esta realidade. As Federações e Clubes do Interior precisam trabalhar em parceria para tornar os Estaduais atrativos, financeira e esportivamente, para oxigenar e reavivar as torcidas locais, cada vez mais sufocadas pelo gigantismo dos grandes clubes e pela própria incompetência dos clubes pequenos, e criarem uma alternativa de modelo para os estaduais.

Minha proposta é semelhante ao Campeonato Gaúcho de 2001, qual seja. Treze clubes foram organizados num grupo único, sem a Dupla Gre-Nal e sem a Dupla Ca-Ju, para enfrentarem-se em turno único, entre os dias 06 de Janeiro e 24 de Fevereiro, menos de um mês e meio, portanto. Destes, quatro classificaram para um Octogonal, daí contando com Grêmio, Inter, Caxias e Juventude, em dois turnos, cujos campeões decidiriam o torneio. Este octogonal aconteceu num prazo mais elástico, entre 03 de Março e 20 de Maio, dois meses e meio. A decisão entre os dois campeões de turno, Grêmio e Juventude aconteceria em 27 de Maio e 03 de Junho. Uma opção era alterar este Octogonal, para enxugar datas, mas nota-se os jogos dos grandes clubes reduziram-se bastante, e este modelo é um ponto de partida para discutir o tema.

Claro, deixo bem claro que, para o Grêmio, na condição de torcedor, minha posição é de relegar o torneio regional para um Time B/Reserva/Junior, pelos motivos à seguir: a) dar seqüência e oportunidade para jogadores reservas, juniores, novos contratados, e assim oxigenar o elenco; b) impedir que o torneio regional lesione jogadores do time principal; c) preservar a preferência de competições como Copa do Brasil e Libertadores.

Em adição, como falei, vale ressaltar que a necessidade de oxigenação do Futebol do Interior, em especial do Interior Gaúcho é PREMENTE, URGENTE, FUNDAMENTAL. Nota-se que o desempenho dos nossos clubes em competições nacionais é cada vez mais pífio, e clubes de enorme tradição estão morrendo definhando... Preciamos fazer algo urgente, e escreverei em breve sobre isso.

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sábado, 28 de janeiro de 2012

30 Anos de Titãs na Selva de Pedra

Como uma das mais importantes e proeminentes bandas do rock nacional, Titãs influenciou a sua própria geração e as que a sucederam. Não passou incólume pelos seus 30 anos de estrada, mas não perdeu integrantes, e sim legou grandes músicos para as suas carreiras solo.

Da formação original, com Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto, Ciro Pessoa e André Jung, restaram apenas Miklos, Britto, Belloto e Mello. Ciro Pessoa deixou a banda antes mesmo do lançamento do primeiro álbum. Em 1983, Jung é substituído por Charles Gavin, por causa da insatisfação do grupo com a forma como tocava. O episódio ainda deixou marcas no RPM, então banda de Gavin, já que Paulo Ricardo descobriu que ele havia deixado a banda pela TV. Em 1992, quem deixa a banda é Arnaldo Antunes, talvez vitimado pelo fracasso comercial do álbum "Tudo ao Mesmo Tempo Agora". Em 2001, o trágico acidente que vitimou Marcelo Fromer reduziu a banda à então seis integrantes. No ano seguinte, quem parte para carreira solo é Nando Reis. E finalmente encerra seu ciclo Charles Gavin, em 2010, deixando o grupo sem baterista, recorrendo à Mario Fabre como músico de apoio.

A carreira da banda foi sempre marcada pelo experimentalismo, por letras cruas e de contestação social, o que pode ser comprovado pela gama de estilos musicais dos membros fundidos num só. De Arnaldo Antunes, que flerta com a MPB e o Concretismo, passando por Nando Reis, que funde Folk, regionalismo, e até brega, e Charles Gavin, mais orientado para o Rock 'n Roll e chegando até a atual formação, Miklos, Belloto, Britto e Mello, que se identificam além de tudo com movimentos vanguardistas e "cults". Tudo isso temperado com algumas pegadas reggae (como na faixa "Querem meu Sangue" do Acústuco MTV, com Jimmy Cliff) e funk (como na faixa "Bichos Escrotos").

Um dos ápices da banda, em termos de experimentalismo, foi o álbum "Cabeça Dinossauro", que talvez possa até ser considerado um Álbum Conceitual, pois apesar de talvez não ser construído de tal forma, cada uma das faixas segue uma tendência claramente contestadora, de crítica social, com características anarquistas e punks, como em "Polícia", "Igreja", "Bichos Escrotos", e músicas conceituais como a faixa-tema "Cabeça Dinossauro", que repete apenas três versos, "Cabeça Dinossauro", "Pança de Mamute" e "Espírito de Porco". A estética do álbum também segue a crueza do punk rock, como a faia-tema sendo inspirada em batuques dos índios xingus.

A música de hoje é uma das mais famosas do grupo. Alternando imagens dos integrantes caminhando entre a multidão, de primatas e "homens das cavernas", e a banda tocando dentro de uma gaiola, o clipe de "Homem Primata" tornou-se um clássico, assim como a letra de contestação anti-capitalista, feita com espirituosidade... Vejam abaixo o clipe.


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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Vídeo com Gols do Carlos Miguel

Carlos Miguel jogou nas categorias de base do clube desde cedo. Inclusive, foi finalista da Copa São Paulo, junto com Danrlei, Roger e alguns outros nomes que seria multi-campeões pelo clube nos anos vindouros.

Na longa estrada do futebol, deu o azar de acabar jogando em clubes que passavam por épocas de vacas magras, como o Internacional e o São Paulo, mas pôde se destacar em ambos, vencendo três estaduais, e o mais importante título, o Torneio Rio-São Paulo de 2001.

De qualquer forma, marcou época no Grêmio, com seus gols, seu estilo clássico e objetivo de jogar futebol, e que deixou saudades. De lá para cá, somente dois jogadores puderam ser dignos de atuar em sua posição: Zinho e Tcheco.

Ainda atuaria em cinco partidas pela Seleção Brasileira, durante a Copa das Confederações de 2001, na qual o Brasil foi eliminado nas Semi-Finais pela França.

Retornou ao Grêmio em 2003, em anos ruins, mas pôde ainda marcar seus golzinhos.

Abaixo, um ótimo vídeo com gols da carreira.


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domingo, 22 de janeiro de 2012

Should be Legalized?

O tema da legalização das drogas, em especial no tocante à maconha, é certamente um dos mais polêmicos da atualidade. Tão polêmico é que quem tido por um "bastião dos reacionários" no Brasil tornou-se líder da campanha: o ex-presidente FHC. Veja abaixo reportagem com o Fernando Henrique sobre a legalização. Clique aqui para ver o trailer do filme do mesmo sobre o tema.



Os mais conservadores e talvez religiosos argumentarão que pôr fim à ilegalidade da maconha tornará a sociedade mais lasciva, degradada, etc. Já os mais liberais certamente retrucarão que o uso da maconha é um crime sem vítimas, e que portanto é um abuso do poder do estado proibir seu uso.

Me alinho às teses mais liberais. Sob vários aspectos, a proibição da maconha é irracional. Vejamos o porque:

1 - A maconha é uma droga que não gera situações sociais colaterais. É improvável que, à exemplo do Crack da Cocaína, um usuário da maconha possa roubar ou matar. Tampouco a maconha gera dependência no mesmo grau que outras drogas, como as supracitadas.Com efeito, a maconha  é uma droga muito mais segura do que o álcool, vendido livremente, entre maiores de 18 e até mesmo entre menores. E não, esse blogueiro não é favorável à Lei Seca (é até visceralmente contra), mas é inegável que o álcool causa muito mais danos ao conjunto da sociedade do que a maconha.

2 - A ilegalidade da maconha é que gera a Guerra Anti-drogas. Em tese, nenhum comerciante precisaria corromper a polícia para vender maconha se ela não fosse legal. Traficantes corrompem a polícia porque precisam de a) proteção e b) complacência dos órgãos policiais. O resultado disso tudo é uma verdadeira guerra, o confronto aberto entre órgãos de repressão e traficantes, entre traficantes e traficantes, e dentro da própria polícia, os "bons" policiais contra a "banda podre". Alguém dirá: "Ahh, André, mas legalizar a maconha não vai acabar com a guerra contra as drogas, e aí, como que fica?". Eu responderei: não, a legalização não vai acabar com o tráfico, talvez SEQUER com o tráfico de maconha, mas em tese, vai REDUZIR a guerra, ou a necessidade de conflito, vai salvar vidas, potencialmente, e acabar com uma injustiça histórica: a intromissão do estado na vida privada dos cidadãos que fumam maconha e não fazem mal à ninguém, é o que os liberais chamam de "crime sem vítima", como é o Jogo do Bicho, posto na ilegalidade por um governo que arrecada milhões através de jogos de azar, vejam só a ironia, ahhh, a ironia...

3 - Pressupondo que os custos com a guerra ao tráfico possam cair, podemos também pressupor que legalizar e regulamentar um mercado para a maconha pode também render ao erário alguns tostões, quanto não se sabe, mas certamente com estas duas fontes talvez seja um princípio para implantarmos uma política de saúde pública para as drogas, para tratarmos os dependentes e quem sabe, erradicarmos algumas das piores, como o Crack e o Óxi.

Quis escrever algumas poucas linhas sobre o tema, como introdução para o vídeo abaixo, produzido de forma independente, uma paródia de música da Rihanna e do Eminem, e que aborta o assunto de forma simples e direta. E pergunto-lhes: como não dar ouvidos à uma cantora tão bonitinha como ela? Impossível, né? Hehe...

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sábado, 21 de janeiro de 2012

Maria do Relento e seu Corcel 72...

Uma das bandas de maior sucesso entre a gurizada há alguns anos atrás foi Maria do Relento, com suas letras irreverentes e rock solto.

Hoje vou ser suscinto, pois daqui a pouco parto em direção à Capital para prestigiar a formatura de uma grande amiga. Mas vou deixar pra vocês uma das melhores músicas da banda, conhecida, dentre outras músicas, também por Giramundo, O Vagabundo, Meio Devagar e Conhece o Mário?, além da música do dia, Corcel 72.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Flanelinhas: Novo Hamburgo na PdH

Quando o assunto é "flanelinhas", o assunto é polêmico. Aliás, não é nada polêmico. NINGUÉM gosta deles, e todos têm uma tática para tentar fugir deles...
Novo Hamburgo virou referência ao aprovar uma lei proibindo a cínica atuação dos flanelinhas, que não cuidam de NADA, não são responsáveis por NADA.

Em contraposição, Porto Alegre está REGISTRANDO flanelinhas para regulamentar sua atuação.

Na opinião do blogueiro, é absurdo que gangues se apropriem do espaço público, utilizando de violência e coerção para intimidarem os motoristas. Portanto, Novo Hamburgo partiu na frente para combater estas máfias...

O prestigioso site "Papo de Homem" lançou um artigo sobre isso. E tu, qual tua opinião?!


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O último piloto brasileiro

Por sugestão do Rodrigo Dias, jornalista do "A Hora" de Lajeado, e blogueiro do Etcetera e Tal e do Cockpit Gaúcho, reproduzo abaixo coluna de autoria de Fernando Svevo e publicada no blog do Téo Jose, no Uol.

Acabou...
Simplesmente vimos o adeus do último piloto, de verdade! Aquele que chora, que tem a emoção à flor da pele, que ama correr mais do que a si próprio. Dinheiro não interessa, apenas o esporte. O sentido da vida é acelerar, mesmo que não consiga chegar em primeiro... Sente o vento, a emoção, a pressão. Aquilo é seu oxigênio.
O último piloto que dividiu uma curva na Fórmula 1 com Senna, Prost e Schumacher, provavelmente os maiores de todos os tempos. Viu esses gênios do melhor lugar, ao lado, dentro da pista. O último que não pede bênção para um assessor antes de falar, que deixa o coração aberto em um meio onde as punhaladas são tão bem calculadas como os carros, que já não exigem como antes.

Pilotou com câmbio manual, pneus de todos os jeitos e viu a morte de perto. Pode não ter levado um título, mas e daí? Button levou, Raikonnen também e nenhum será lembrado com tanto carinho. Suportou brincadeiras e topou tudo com um sorriso no rosto, como se estivesse dizendo: eu faço o que amo, e vocês? O automobilismo brasileiro ficou orfão, de novo, depois de tantos anos.

Foi o último suspiro de uma era. Foi o último que esteve em meio aos maiores...
É possível que descubra fora da pista alegrias tão grandes ou maiores. Filhos, esposa, família. Mas nós, brasileiros, que amamos esse esporte e ainda mais nossos heróis, vamos chorar...
Quem brincou com você vai dizer aos netos o quanto foi grande, importante. Quem sabe, um dia, vão pedir desculpas por tudo o que falaram. Mas quer saber, deixa falar, você é o cara. A cara do Brasil na pista há quase vinte anos, desde aquela curva em 94.

Você assumiu, cedo, novo, a responsabilidade de substituir um gênio. Aprendeu que gênios são insubstituiveis. Assim como você. Choramos juntos as vitórias, nos revoltamos com as ordens tiranas e sonhamos também. Seja feliz, assim como nós fomos. Mas, infelizmente, não podemos desejar o mesmo para o esporte, que não tem mais você...
Obrigado.
Fernando Svevo

Nota do Editor: Aos detratores do Rubens, talvez um dia tenham a chance de se retratar. A oportunidade de reconhecer o momento histórico dele, e reconhecer nele muito mais do que um "perdedor", como gostam de chamá-lo. Talvez um idealista, mas certamente um destemido, um valente, um piloto que dentro das pistas fez por merecer o carinho e respeito de TODOS na Fórmula 1 e no Automobilismo mundial. Sim, fora do Brasil ele é um dos mais queridos e respeitados pilotos da F1. Ninguém, absolutamente ninguém alcança o recorde de Grandes Prêmios disputados ao acaso. Aos poucos, em conta-gotas, doses homeopáticas, os desportistas destemidos e com caráter vão sendo substituídos por modinhas, afrescalhados de cabelos arrepiados, mas que pouco têm à contribuir senão com alguns minutos de fama...

Parabéns Rubens, sua falta será sentida. Parabéns pela brilhante carreira.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Wazzup... Watching the Game, Having a Bud...

A Anheuser-Busch, hoe ABInbev, maior cervejaria americana, é reconhecida por muitos como uma das mais agressivas no marketing. Suas peças publicitárias são quase sempre curiosas e diferentes, criativas...

A que vamos mostrar agora é uma das mais conhecidas... Reforça os laços da cerveja (produto) e do "jogo" (diversão, espetáculo, provavelmente futebol americano), e a questão da amizade...


sábado, 14 de janeiro de 2012

Estelionato Eleitoral: o Modus Operandi do PT.

Tarso Genro, na condição de candidato à Governador do Rio Grande do Sul, prometeu CUMPRIR o Piso Nacional do Magistério.

De site de apoio à sua candidatura:

"Tarso lembrou que o Fundeb e a Lei do Piso Nacional do Magistério têm a sua assinatura.


'Estou comprometido com o piso. Enquanto ministro da Educação e da Justiça, tratei de reivindicações com os servidores. Conseguimos aumentar os salários dos policiais federais e rodoviários e dos professores das universidades federais. Juntamente com o CPERS, vou implantar o piso, valorizando o plano de carreira', ressaltou o representante da Unidade Popular Pelo Rio Grande."
Porém, na quarta-feira, dia 11/1, o secretário da Fazenda, Odir Tonolier, alegou que o "piso tornou-se impagável não só para o Rio Grande do Sul, mas para todos Estados e municípios brasileiros". O motivo seria o reajuste de 22% do valor do piso, agora em Janeiro. No entanto, desconhecia o então Ministro da Educação, que a lei te sua autoria, Lei nº 11.738, previa o reajuste do piso todos os meses de janeiro? Atualmente, o piso do estado para professor de 40 horas é de R$ 868,90. Até o início do ano, o piso nacional era de R$ 1.187,00, e será reajustado para R$ 1.450,00.

Os defensores do atual governo, e do(s) partido(s) que o sustenta(m) dirão: "ahh, mas a promessa era para pagar o piso até 2014". OK. "Isto tornou inviável o conceito do piso. Não podemos mais ter como referência o piso nacional", disse Tonollier em coletiva realizada nessa manhã na Secretaria da Fazenda. Fonte:  Correio do Povo. Vale lembrar que no seu primeiro ano de governo, o Rio Grande do Sul voltou à exibir números vermelhos nas suas contas, R$ 571 Mi, para ser exato.

Isso tudo não passa de um grande estelionato eleitoral, porque o atual Governador não pode alegar desconhecer o reajuste que previa a lei que ele mesmo enviou ao Congresso. É acintoso e grotesco, um perigoso Modus Operandi de um partido que se propõe à monopolizar o poder no país e usa dessas armas para perpetuar-se.
De toda forma, a opinião deste blogueiro é que a aludida lei é inconstitucional e fere o princípio da autonomia das unidades da federação, uma vez que interfere na autonomia financeira e administrativa dos estados.
Mais uma vez, a federação está sendo solapada, sob os aplausos dos que, com justiça, defendem uma melhor remuneração aos professores, mas que a mesma não pode ser feita às custas do pacto federativo. Uma vez mais, os estados comutam-se de entes da federação em vassalos do poder central. Bem vindos ao Feudo Brasil.

Borracho e Louco: um lamento boliviano...

Como já destacamos, nos anos 80 e 90 o Rock Argentino produziu artistas de alto calibre, especialmente por mesclarem o tradicional rock à um pensamento, modo e estilo puramente argentino, platino, e até pampeano, e por conta disso tornaram-se influências para o rock de garagem dos pampas gaúchos.

Uma destas bandas foram Los Enanitos Verdes, que fizeram muito sucesso na época, inclusive tendo um de seus álbuns indicados ao Grammy. Um dos maiores sucessos foi "Lamento Boliviano", lançado em 1994 no álbum Big Bang. No entanto, a original é de uma banda chamada "Alcohol Etilico", da qual participaram Sérgio Embrioni, guitarrista da Enanitos Verdes, e Horácio Gomez, tecladista da Enanitos. Não achei áudio ou vídeo dessa música, lançada em 1986. Essa música foi regravada por uma banda gaúcha também tradicional, apesar de fora do circuito mainstream. Trata-se da Vera Loca. Em 2008, lançaram a música no álbum Vera Loca III.

A letra acabou significativamente modificada, mas a musicalidade não. Pra mim, é um dos clássicos do Rock Gaúcho. À seguir, vídeo e letra das duas.



Lamento Boliviano
Enanitos Verdes

Me quieren agitar,
Me insitan a gritar,
Soy como una roca ,
Palabras no me tocan,
Adentro hay un volcan ,
Que pronto va estallar,
Yo quiero estar tranquilo,
Es mi situacion,
Una desolacion,
Soy como un lamento,
Lamento boliviano,
Que un dia empezo,
Y no va a terminar,
Y a nada me hace daño...

Uoo, ioio uo uoooo eeee iee

Y yo estoy aqui,
Borracho y loco,
Y mi corazon idiota,
Siempre brillara,
Y yo te amare,
Te amare por siempre,
Nena no te peines en la cama,
Que los viajantes se van atrazar... Uooo oiooouoo ieeee eeieeee


Borracho Y Loco
Vera Loca

Querem me incomodar
Tentam me ver gritar
Sou como uma pedra
Palavras não me tocam

E dentro há um vulcão
Pronto a estourar
Queria estar tranqüilo

Não agüento mais
Minha situação
Ando desolado
Sem você do meu lado
Parece não ter fim
Essa desilusão
Quero tomar um vinho

Uoo, ioio uo uoooo eeee iee

E agora estou aqui
Borracho y loco
E meu coração idiota
Ainda chora

E eu te esperarei
Borracho y loco
Baby até hoje eu não sei
Por que você foi embora E eu te esperarei
Te esperarei pra sempre
Baby até hoje eu não sei
Por que você foi embora

Uoo, ioio uo uoooo eeee iee 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Homens que devemos conhecer: Leonid Rogozov

Imagine-se, você, tendo de realizar uma cirurgia para remoção do apêndice num paciente qualquer. Exige de qualquer um confiança, temor, conhecimento, cautela, sangue frio. Pode ser feito. Agora, imagine que você tenha feito medicina, porém não completado a residência, por ter de partir numa longa viagem. Complica, mas ainda pode ser feito.

E agora tu te pergunta: porque raios esse cara está dizendo todas essas coisas? Por que um dos homens que devemos conhecer fez mais que isso. Tendo abortado sua residência, para uma longa viagem como o único cirurgião de uma expedição soviética ao Continente Antártico, teve de removerseu próprio apêndice, numa cirurgia que ele conduziu com apenas anestesia local, e com apoio de um meteorologista e de um engenheiro.

Sua expedição partiu da União Soviética para a Antártica, rumo à estação permanente de Novolazarevskaya em 1960. Durante o 4º mês de inverno, ele apresentou sintomas tensos para quem está há milhas e milhas de qualquer lugar: náuseas, dores abdominais, febre e fraqueza. Em 20 de abril de 1961, ele diagnosticou-se com apendicite aguda. Não sendo mais possível solicitar uma aeronave da União Soviética, e sendo o único médico dentre os 13 expedicionários, não restou alternativa senão realizar ele mesmo o procedimento cirúrgico.

A operação durou cerca de 1h40, na qual Leonid desmaiou por três vezes, e três vezes retomou a consciência e a cirurgia. Com o auxílio do tato e de um espelho, ele fez uma incisão de 12 centímetros próximo ao ilíaco, e removeu o apêndice.




Em sua homenagem, um Museu de São Petersburgo guarda os instrumentos cirúrgicos usados por ele. Gherman Titov, segundo homem à entrar em órbita e Herói Soviético, escreveu sobre Rogozov em seu livro "Meu Planeta Azul":
"Em nosso país uma exploração é a própria vida… temos inveja da coragem do médico soviético Leonid Rogozov que fez uma operação de remoção do apêndice em si mesmo nas condições difíceis da expedição da Antártica. Às vezes eu reflito sobre isso na solidão e me pergunto se eu poderia fazer o mesmo e apenas uma resposta vem à minha mente: 'Eu faria o meu melhor ...'"
Rogozov teve coragem e talento para fazer o improvável. Virou herói em seu país, e é dele o terceiro post da série.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Baba Cósmica e os loucos (e bregas) anos 90...

Depois de fenômenos musicais como Mamonas Assassinas e Molejo, com letras avacalhadas, os anos 90 se tornaram férteis para atrocidades musicais dessa natureza.

Bem, colocando o purismo de lado, eles têm seu mérito ao fazerem letras engraçadas, leves, e que nos fazem rir.

Uma das meteóricas bandas que conseguiu um lugar ao sol nessa Torre de Babel musical foi, sem dúvida, Baba Cósmica. Sim, Baba Cósmica? Tu não lembra? Lembra? Pois é, aposto que se ela não aparecesse aqui no blog, tu nunca mais ia saber da existência dela, correto? Eis que segundo ilustríssimo amigo meu, este blogueiro que vos fala possui um ecletismo musical que beira o "bizarro", palavras literais. Confesso que ás vezes ouvir um som assim, despretensioso, também é bom.

O sucesso de Baba Cósmica veio na esteira de um refrão que poderia ter fácilmente saido de algum poema estudantil de 4ª série, hehe...

Você é uma pedra no meu caminho
Que eu topei com meu lindo dedão
De você eu queria carinho
Mas so ganhei decepção

Sem mais delongas, segue aí a música, sucesso relâmpago da MTV.



Uma Pedra no Meu Caminho
Baba Cósmica

Foi bom saber que voce me deixou
Ao casar com voce a minha vida mudou
Voce dava descarga parecia demente
E comecava por cima a nossa pasta de dente
Tomar banho so uma vez por mes
Enchia o corpo de perfume frances
Se numa festa esta passando mal
Vomita na frente de todo pessoal

REFRAO (CHORUS)

Voce e uma pedra no meu caminho
Que eu topei com meu lindo dedao
De voce eu queria carinho
Mas so ganhei decepcao

Armaste um barraco mais uma vez
Quase me arruinando de vez
Encheu a cara no Hotel Nacional
Na festa do embaixador do Nepal
Andava tao torta que o garcom derrubou
E pra se desculpar o coitado beijou
Todos se impressionaram com o chupao que tu deu
Mas naquele momento o marido era eu

REFRAO

Ate que um dia a ultima aprontou
Com o meu melhor amigo voce me enganou
O divorcio entao eu resolvi pedir
E voce rindo falou que eu nao ia resistir
Eu nunca escutei tamanha ironia
Minha vida era um caos sem voce melhoraria
Armou para mim so pra se vingar
Dormiu com o juiz pra com minhas coisas ficar

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cover da Semana: "De Música Ligeira", de Paralamas do Sucesso

Soda Stereo é uma das maiores bandas da América do Sul, da Argentina, e porque não permitir-se, do Mundo. Sem essa de Eurocentrismo, se a onda do momento é um orgulho latino-americano, porque não?!

A banda lançaria em 1990 aquela que seria sua Magnum Opus, a canção "De musica ligera", e cuja versão pouco conhecemos no Brasil. Mas outra banda, essa reconhecida por estas paragens, e que na época foi muito próxima do cenário musical argentino, lançaria naquela década uma versão que se tornaria um hit no Brasil. Com efeito, Os Paralamas do Sucesso lançariam sete álbuns no Exterior, quase todos para Portugal e países de língua espanhola, incluindo uma versão argentina para o álbum "Severino", de 1994, que seria chamado lá de "Dos Margaritas".

Essa proximidade com os profícuos e efervescentes cenários roqueiros nas bordas do Rio da Prata não tardariam à gerar frutos, e esse fruto seria exatamente uma versão, bastante fiel mas poderosa, do hit de Soda Estereo. Veio como parte do álbum "Nove Luas", de 1996, que também ganharia uma versão em espanhol.

Muito tempo depois, a banda Capital Inicial lançaria uma versão, essa uma releitura, com mais peso e uma letra modificada. Esta é hoje mais lembrada no Brasil por conta, talvez, de ser mais recente, mas a versão dos Paralamas do Sucesso é, na opinião deste blogueiro, melhor.

Abaixo, veja a versão original, e em seguida a versão tocada no "El ultimo concierto", o derradeiro show de uma mega turnê que levaria Soda Stereo para nove países e venderia mais de um milhão de ingressos. Depois disso, se separaria em definitivo, daí o nome do show.

Versão Original, álbum "Canción Animal", de 1990:

Versão Ao Vivo, DVD "El ultimo concierto", de 1997:

Agora, os covers, em destaque o que dá título ao post.

Versão do Paralamas do Sucesso, do álbum "Nove Luas", de 1996:

Versão do Capital Inicial, do álbum "Rosas e Vinho Tinto", de 2002:

E abaixo, ainda, uma homenagem à Soda Estereo, com várias bandas tocando versões distintas da música. Vale à pena ver:

Em tempo, uma curiosidade. No seu blog, Pedro Valente falou sobre a semelhança da versão do Capital e de outra música, "Save Tonight", do sueco Eagle-Eye Cherry. Ele ainda juntou as músicas em uma só. Vale a pena conferir, pelo inusitado. Para ouvir, clique aqui e baixe a mp3.

E aí, curtiram? Espero que tenham gostado. Compartilhem e comentem.

Abraços e bom 2012.